53.

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Acordo sentindo um peso sobre meu corpo, não demora para cair a ficha e eu me lembrar da noite passada... Sinto uma vergonha súbita e resolvo me levantar antes que ele acorde, retiro seu braço da minha cintura calmamente, e depois me desprendo de sua perna, começo a me levantar em silêncio quando sinto sua mão me puxar, fazendo com que eu me deite novamente.

- Aonde ia? - ouço sua voz rouca de sono e me recuso a me virar.

- Eu... ia levantar. - digo gaguejando.

- Isso eu sei, mas por quê? - pergunta me abraçando e puxando para mais perto, novamente nossos corpos colados.

- Ah... Eu ia preparar o café. - digo a primeira coisa que vem em minha mente.

- Está tentando fugir. - diz simplesmente, o que me faz corar ainda mais, dou graças aos céus que estou de costas para ele. Mas me arrependo de agradecer logo em seguida quando William me força a virar de frente para ele e nossos olhares se cruzam.

- Oi. - digo envergonhado e desvio o olhar para um ponto qualquer na parede atrás dele.

- Fica aqui comigo. - diz rouco e passando a mão em meu cabelo de forma carinhosa.

- Tá bom. - digo e ele se vira de barriga para cima e me puxando para deitar a cabeça em seu peito.

- Está com vergonha de mim. - diz William tão baixo... e eu estava tão confortável que cheguei a questionar se estava realmente falando comigo. - Se fossemos medir os fatos quem deveria estar com vergonha sou eu, mas quero que saiba que foi a melhor noite da minha vida inteira. - diz ainda olhando para o teto, sorrio o analisando de lado.

- A minha também. - digo baixo.

- E a melhor chupada também. - diz se virando a tempo de me ver corar de vergonha. William sorri e me dá um selinho calmo.

- Temos que levantar. - digo mudando de assunto, William pega o celular e olha as horas.

- Ainda está cedo, mais cinco minutos e a gente levanta. - diz ele me encarando de forma maliciosa.

- Tudo bem. - digo sorrindo e William me beija, aliso seu peito enquanto William mordisca minha orelha me fazendo arrepiar. Ouço batidas na porta e levanto em um pulo, William começa a rir e eu o encaro bravo. Coloco a camisa que estava na cadeira e abro a porta, suspiro aliviado ao ver que é Emma, toda descabelada e com cara de sono.

- Achei que estivessem dormindo ainda, só vim acordar vocês. - diz Emma esfregando os olhos e bocejando.

- Acabamos de acordar, e o negão já acordou? - pergunto e ela nega com a cabeça.

- Ainda não, vou dar um soco na cara dele se eu tiver que chamar ele de novo. - diz Emma rindo, em seguida sorri maliciosa e coloca a cabeça para dentro do quarto. - Vocês são uns safados do caralho. - diz me deixando boquiaberto, dá uma piscadela para mim, voltando em seguida pro quarto de hóspedes rindo.
Fecho a porta do quarto e me viro para William meio atônito. Será que fizemos barulho???

- Não, não fizemos. Ela só jogou um verde e você caiu. - diz William se levantando e rindo.

- E se fizemos? - pergunto constrangido com a situação.

- Não fizemos baby, vamos tomar banho juntos? - pergunta William me fitando, coro de vergonha.

- Tudo bem, mas sem demora ou vamos nos atrasar pra escola. - digo e Felipe afirma, seguimos para o banheiro e retiramos nossas roupas e iniciamos nossos banhos. Sinto o olhar de William em meu corpo o tempo todo, sinto minha bochecha esquentar, mas afasto esses pensamentos. Termino meu banho primeiro que William, então saio do box e começo a me secar, saio do banheiro em seguida e procuro minhas roupas para ir pra escola, me visto e quando estou amarrando o tênis ouço batidas na porta, seguida da voz de minha mãe.

Você pertence a mim (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora