Você pertence a mim (ROMANCE GAY)

11.

- Ele é um idiota. - digo e só percebo o que disse quando vejo William parado praticamente do nosso lado, seu olhar está focado em mim e eu posso ver a raiva através deles, certamente ele ouviu o que eu disse. Droga!
Ben nem percebe William atrás dele, então me conduz até onde todos estavam e eu dou graças a Deus por isso. William não voltou para a roda depois daquilo, eu estou no meu quarto copo e já sinto meu corpo quente, estou mais animado e conversando com todos da roda.
No momento estamos eu, Emma, Ben, Kaio, Negão, todos estão de casal menos eu e Ben, o que dá a entender que eu e ele somos um, dou risada ao pensar isso.

- Do que está rindo?  - pergunta.

- Nada não, só uma coisa que passou pela minha mente. - digo e ele continua esperando uma resposta.
- Foi uma coisa idiota Ben.

- Vai me conta quero rir junto. - diz e eu vou ter mesmo que contar.

- Tá bom, é que tipo aqui na roda tá todo mundo em casal menos nós dois, e sugere entender que nós dois somos um. - digo e ele dá um sorrisinho de canto me deixando ruborizado. Ficamos nos encarando por longos segundos até que ouço Emma gritar.

- Vamos dançar, vamos animar essa porra. - ela grita e é notável que está quase bêbada.

- Vamos! - digo me levantando e todos fazem o mesmo. Vamos para a pista de dança e começamos a dançar uma música eletrônica animada, Emma me abraça e começamos a pular.
Ben fica dando risada e pula também, nós todos estamos nos divertindo.
A música acaba e assim começa outra e depois outra, até que começa uma música Internacional que eu não faço ideia de quem possa cantar ela. É uma música mais sensual então, Emma começa a rebolar e eu também, Ben está bem atrás de mim e nossos corpos estão próximos. Eu danço no ritmo da música, estou com vergonha porque nunca fiz isso na frente de ninguém, mas, me deixo levar. Então, vejo William me encarar de longe, ele me olha concentrado e seu olhar não me passa nada, desvio o olhar e me assusto quando sinto Ben me abraçar por trás.

- Vamos dançar juntos. - ele diz no meu ouvido e isso me arrepia.

- Eu preciso de um pouco de ar, eu já volto aí dançamos. - digo e me solto dele indo para o andar de cima procurar um banheiro. Assim que acho o banheiro entro e lavo o rosto, meu Deus que foi aquilo na pista? 
Seco meu rosto e saio do banheiro, me assusto e recuo ao perceber William no corredor me encarando com raiva, ele vem pra cima de mim e antes mesmo de eu conseguir recuar novamente. William me joga na parede, apertando fortemente meu braço, gemo de dor.

- Da próxima vez que eu ouvir você falar de mim daquele jeito eu quebro os teus dentes, seu viadinho do caralho!! - ele quase grita e aperta ainda mais.

- William... tá me machucando. - quase não consigo falar essas palavras de tanto medo, a forma como ele me olha, eu sou uma presa fácil ali.

- Isso é pra você aprender a não mexer com homem de verdade. - ele diz e me prensa na parede.

- Me... me desculpa... Eu nunca mais... - nem término de falar.

- Nunca mais mesmo PORRA! Você pode virar a cabeça do Ben mas, a minha não. Eu sou HOMEM CARALHO!!! - ele grita e soca a parede atrás de mim, quase perco o ar. Ele sai pelo corredor sem olhar pra trás e eu entro novamente no banheiro com as pernas trêmulas, lavo meu rosto de novo e quando percebo estou chorando de medo, as lágrimas escorrem pelo meu rosto e eu não as limpo. Essa sensação de novo, esse medo que me persegue. Eu não posso entrar em pânico! Calma Felipe, por favor! Tento acalmar minha respiração e depois de cinco minutos finalmente consigo, lavo e seco meu rosto e percebo que já parei de chorar, saio do banheiro e desço as escadas, passo direto pela pista e vou pra cozinha preencher meu copo, assim que termino volto pra pista mas, assim que chego nela vejo Emma no canto da sala tentando se soltar de um cara mas, ele não ta facilitando.

- Me solta cara! Eu não quero. - ela diz com voz de choro e então eu percebo que ele ta querendo forçar ela a alguma coisa.

- Você quer sim! - ele diz e prensa ela na parede, nem tenho tempo de reagir só vejo um soco cortar o ar e acertar o rosto do cara, quando olho pra ver quem foi vejo William.

- Emma você está bem?  - pergunto me aproximando e ela me abraça. Emma chora a plenos pulmões e eu tento a confortar.

- Vamos embora Lipe, por favor vamos embora. Eu não quero mais ficar aqui. - ela diz entre soluços.

- Vamos Emma, vai ficar tudo bem já passou. - digo e ela me solta ainda chorando.

- Obrigado Will, de novo né? - ela diz e ele da um sorriso meio sem jeito.

- Tudo bem Emma, você está bem?  - ele pergunta e eu fico surpreso.

- Estou sim, obrigada de novo. - Emma se vira para sairmos e eu dou uma última olha nele que me encara com um olhar indiferente. Saímos da casa e Emma entra no lado do passageiro, me entregando as chaves.
Entro no carro e dou partida, Emma se encolhe no banco e chora, assim que ela se acalma um pouco resolvo quebrar o silêncio.

- Está tudo bem mesmo? - pergunto e ela me olha sem jeito.

- Sim, agora está. Eu só quero dormir um pouco. - diz e eu não digo mais nada. Assim que chegamos na minha casa, guardo o carro na garagem e entramos em silêncio em casa.

- Está com fome Emma?  - pergunto e ela nega com a cabeça, então subimos e eu lhe mostro o quarto de hóspedes.
- Aqui que você vai dormir, tem toalhas no armário do banheiro caso queira tomar um banho, sua bolsa está aqui. - digo e entrego a bolsa pra ela que acena com a cabeça.

- Bom, boa noite então. - digo e me viro pra sair quando sinto Emma me puxar para um abraço, retribuo.

- Obrigada Lipe. - ela sussurra. Me despeço e saio do quarto fechando a porta, vou direto para meu quarto e entro no meu banheiro, sento no chão e choro descontroladamente enquanto a água quente escorre pelo meu corpo. Eu não posso negar, eu tenho medo do William, e de tudo o que ele pode fazer comigo.