William narrando...
Não deveríamos estar saindo do apartamento, aquele desgraçado pode estar de tocaia e por Deus se eu o encontrar, vou matá-lo. Felipe foi no carro de negão e isso está me deixando furioso, aperto o volante com força e Emma me olha o tempo todo já sabendo o que se passa pela minha cabeça.
- Você está ficando louco, para com isso William, pare agora. - diz Emma sério, à olho rapidamente e me concentro de novo no trânsito.
- Será que estou? - pergunto irritadiço, já arrependido de ter feito essa aproximação entre os dois.
- Não vai acontecer! Está surtando... se martirizando por algo que não vai acontecer William. - diz Emma me repreendendo.
- Ele pode se deixar levar... E... - sou cortado pela voz alta de Emma.
- Felipe não é Krista, para! - exclama Emma e eu fico em silêncio até o clube, quando estacionamos, percorro meu olhar em volta procurando alguma pista de que o desgraçado está aqui mas, não o encontro, desço do carro e abro a porta pra Emma descer, caminho ao lado dela, enquanto olho em volta, escuto Emma rir e a olho, ele está me encarando enquanto entramos no clube.
- Está parecendo um guarda costas meu bem, para com isso. - diz Emma descontraída e eu tento relaxar sorrindo em resposta, entramos e nos sentamos em uma mesa, chamo o garçom e Emma pede uma caipirinha, enquanto eu uma cerveja.
- Não vai beber caipirinha? - pergunta desconfiada e fazendo careta.
- Vou ficar na cerveja Emm, não estou muito afim de beber. - digo tentando disfarçar meu medo.
- Will, não quero que fique assim. Não vai acontecer nada. - diz Emma e eu vejo o medo em seus olhos também, estou a deixando pior, mas não consigo evitar minha tensão. Chamo o garçom novamente, peço uma caipirinha e Emma sorri para mim.
- Eles estão demorando. - digo e Emma dá de ombros.
- A casa do negão é longe da casa do Lipe, e nós acabamos de chegar Will, para com essa paranoia. - diz Emma e eu fico em silêncio, o garçom nos serve, e eu dou um gole na caipirinha de Emma, já que a minha ainda não veio.
- Tá bom Emm. - digo e sorrio pra ela que me olha de esguelha.
- Vai perdê-lo, é isso que vai acontecer. Não porque ele está com negão, vai perde-lo por não tentar. - diz Emma e me olha triste, meus olhos ardem e eu me seguro para não me desestabilizar com isso, Emma ainda me olha então, abro a cerveja e dou um gole.
- Não posso fazer isso Emm, não posso machucar ele ainda mais. - digo simplesmente e Emma revira os olhos.
- Tá bom William, não venha chorando quando perceber que fez a pior escolha da sua vida. - diz Emma amargurada, resolvo não dizer nada até porque não tenho o que dizer, Emma sabe exatamente o que dizer, eu nunca sei.
Ficamos bebendo e conversando trivialidades, a tensão momentos antes parece ter sido dissipada rapidamente, faz exatamente meia hora que chegamos, estou praticamente contando os minutos, então olho para a entrada e o vejo, ou melhor vejo os dois, estão rindo e conversando, meu olhar encontra o de Felipe e sinto meu coração bater mais forte, ele me olha e então, chama negão que estava nos procurando, os dois caminham em nossa direção e logo se sentam a nossa mesa.- Demoramos? - pergunta negão para Emma que nega com a cabeça.
- Não, tava te esperando pra entrar na piscina já que Will não quer me acompanhar. - diz Emma e eu a olho rapidamente.
- Tudo bem, vou pedir uma bebida e a gente vai, e aí Lipe o que vai querer beber? - pergunta negão para Felipe, quando o garçom chega na mesa.
- O mesmo que você. - diz Felipe meio alheio, pego um cigarro de Emma e acendo, bebo um gole da caipirinha.
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Você pertence a mim (ROMANCE GAY)
Novela JuvenilWillian Collins é um garoto de 18 anos cujo a rebeldia sempre foi uma válvula de escape. Com uma relação familiar conturbada Will cresceu sem muita demonstração de afeto tornando-o um garoto extremamente grosseiro. Will sempre foi muito possessivo...