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*Despertador

Droga!!! Nem abro os olhos e automaticamente desligo a merda do despertador que insiste em me irritar as 06:00 da manhã. Levanto me arrastando da cama e me dirijo até o banheiro, tiro toda a roupa e entro na água fria para despertar. Termino meu banho e faço minha higiene bocal, coloco uma calça preta justa, uma camisa branca, tênis preto, corrente e boné, pronto!
Desço as escadas já preparado para enfrentar meu pai caso ele esteja, e para total surpresa olho em volta assim que chego na sala, não havia ninguém ali.
Chego na cozinha e minha mãe está tomando seu café da manhã, a olho e dou um sorriso forçado.

- Bom dia! - Lhe olho e ela sorri para mim.

- Bom dia Will, tome seu café antes que se atrase. Hoje é o primeiro dia de aula.

- Tá, eu sei! - Reviro os olhos evidentemente, e me sirvo. Estou cansado destas conversas mecânicas e ensaiadas.

Minha mãe se chama Melissa Collins, está no auge dos seus 40 anos, apesar da idade tem um corpo esbelto, olhos cor de mel que combinam perfeitamente com seus lindos cabelos escuros que iluminam sua pele morena.
Minha mãe conheceu meu pai na adolescência aos 16 anos, meu pai já estava com com seus 24 anos, havia acabado a faculdade e estava começando a assumir os negócios da família. Minha mãe se apaixonou por aquele homem que jurava mundos e fundos para ela, adolescente e ingênua.
Bom, de classe média alta, meu pai achou ela um bom partido então, logo assumiram namoro. Então, 2 anos depois minha mãe engravida de seu primeiro filho, foi algo inesperado mas, para ambas famílias já estava na hora de eles se casaram e, assim foi feito. Apressaram o casamento, 7 meses depois meu irmão nasceu Jonas Collin, o orgulho do meu pai, o filho querido e adorado, o primogênito!!!
E, 3 anos depois para total surpresa e desgosto do meu pai, minha mãe engravida novamente. Pelo meu pai ela teria abortado mas, minha mãe cresceu na igreja e acredita que o aborto seja um pecado abominável aos olhos de Deus! E foi ai que eu entrei em cena, o filho não tão querido assim.
A maior parte da minha infância foi aos cuidados de minha vó, já que meu pai estava no auge de sua carreira como empresário e frequentemente havia eventos, do qual ele fazia questão de levar sua mulher e filho primogênito!!!

- Bom dia! - Fui retirado dos meus devaneios do passado, com meu pai adentrando a cozinha com sua voz grossa e sem emoção de sempre.
Ao seu lado estava Jonas, calado como sempre fez apenas um aceno com a cabeça.

- Bom dia meu amor, vou servir o seu café. Fiz como você gosta, bem forte. -Diz minha mãe lhe servindo, mudando totalmente de personagem para a esposa adorável.
Jonas e meu pai se sentam a mesa sem me dirigir nenhuma palavra, apenas olhares, e então o silêncio é quebrado.

- Espero que esse ano você não seja um delinquente mais uma vez ou você irá perder toda a mordomia que eu te dou. Acredite, estou falando sério com você!

Permaneço em silêncio e lhe olho com nojo. Nem sei porque ainda espero algo desse homem.

- Claro papaizinho! - Sorrio sarcástico para ele que me olha já com raiva nos olhos.

- Você acha que estou brincando Willian? Estou farto das suas irresponsabilidades. Eu errei tanto com você, porque não é como seu irmão Jonas?

- Ah! Tava demorando mesmo, igual ao meu irmão? Você quer dizer um cão de guarda que cumpre suas ordens? - Olho para Jonas com desprezo evidente. Ele só abaixa a cabeça e continua calado. Me assusto com o barulho do soco que meu pai desfere a mesa.

- CHEGA!!! Você tem tudo do bom e do melhor, e mesmo assim é um filho ingrato e vagabundo. Nunca te faltou nada nessa casa e nem agradecer você é  capaz seu delinquente!

- Ah! Papaizinho, você está tremendamente enganado. Faltou tudo aquilo que uma família de verdade tem, afeto e AMOR!!! E eu to pouco me fodendo pra essa familia de merda! - Me levanto e saio o olhando com ódio, pego a mochila e a chave do carro e saio batendo a porta.
Entro no meu carro e saio cantando pneu em alta velocidade nas ruas, e freio bruscamente quando o sinal se fecha, meu carro derrapa mas, eu consigo parar antes. Sinto um olhar sobre mim e olho pro lado, tem um garoto me olhando, encaro ele e já começo a me irritar porque ele não tira os olhos de mim e aquilo me incomoda. Então ele olha pro outro lado e eu saio cantando pneu de novo. Paro na frente da escola e resolvo ficas uns minutos no carro para me acalmar, quando estou pronto saio do carro e vou caminhando em direção ao pátio quando logo a frente, vejo o mesmo garoto que me encarava no sinal, ele está parado me olhando, que cara de mané, passo por ele e vou em direção aos meus Brothers, Thomas, Kaio e Ben!

Você pertence a mim (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora