Você pertence a mim (ROMANCE GAY)

25.

- Não vamos começar de novo Emma, não quero ser rude com você. - digo com raiva e ela se cala, termino minha bebida e peço outra, Emma faz o mesmo.

Bebemos em silêncio por um tempo e eu percebi que ela ficou sentida com a forma que a tratei. - Desculpa Emma, não queria ter sido um babaca ainda mais com você. - digo e ela dá um riso forçado.

- Não se preocupe Will, estou acostumada com seus chiliques. - reviro os olhos e dou um leve soco em seu braço, Emma faz uma careta de dor super dramática e caímos na risada. - Sabe gosto mais de você quando você é você. - diz ela depois de um tempinho e eu ergo uma sobrancelha.

- Isso sem sombra de dúvidas foi a coisa mais confusa que ouvi até hoje e olha que não foram poucas. - digo rindo e ela me bate.

- Você entendeu muito bem engraçadinho, e sei que gosta também. - ela diz e eu sorrio, realmente Emma me conhece.

- Que tal uma cerveja? - pergunto e ela concorda rapidamente, então peço duas Heineken pra gente que não demora a chegar .

- William do céu, esqueci de falar que hoje dei um mega, super, hiper tapa na cara da vadia da Krista. - fiz Emma eufórica batendo palminhas.

- Para sua louca, as pessoas estão nos encarando. Mas, como foi isso?

- Você acredita que aquela vagabunda me xingou de lésbica? - ela pergunta indignada e eu caio na risada enquanto Emma me olha de cara feia e eu paro. - Desculpe Em mas, não vejo nenhuma mentira.

- Vai se ferrar William, eu estava com o sangue quente e fazia tempos que eu queria dar aquele tapa, desde quando ela fez aquela canalhice com você tá bom. - diz e eu concordo.

- Então, obrigado queria poder fazer o mesmo que você. - digo rindo.

- Eu acho ela uma cadela mesmo mais homem não pode bater em mulher meu amigo, ela merece apanhar de mim isso sim. - diz Emma fazendo posição de lutinha e eu rio ainda mais.

- Senti falta disso. - digo sem conseguir evitar e Emma me olha com aquele olhar de " a culpa foi sua. " - Já sei o que vai dizer nem precisa começar.

- Que bom que sabe seu idiota, mas eu te amo mesmo você sendo um completo babaca as vezes. - diz e eu sorrio para ela. Há tempos não me sentia tão bem, Emma tem esse poder nas pessoas é um dom.

- Eai como estão as coisas na sua casa Em? - pergunto e ela pede mais bebidas pra gente.

- Bom, uma porcaria como sempre. Daqui umas semanas ele chega e aí tudo vai ficar pior. - ela diz com um tom triste fazendo eu me arrepender de ter perguntado.

- Talvez você possa passar uns dias na casa do seu amiguinho. - digo tentando achar uma solução.

- Talvez você pudesse criar coragem pra gente alugar um ap juntos seu bocó. - ela diz me encarando.

- Ambos sabemos que isso seria um desastre. - digo.

- Mas também sabemos que haveria paz no desastre. - ela diz e eu afirmo com a cabeça. Ficamos em silêncio por um tempo apenas saboreando das nossas bebidas e Emma mexendo no celular. - O que acha de chamar o Felipe pra se juntar a nós. - diz Emma depois de um tempo largando o celular.

- Não acho uma boa ideia. - digo.

- Que pena. - ela diz fazendo cara de triste e depois um sorrisinho malicioso brota em seus lábios. - Ele vai chegar em 5 minutos. - completa e eu bufo de raiva fazendo ela rir.

- Sua vaca, quando foi que você chamou ele? Traidora. - digo bravo e ela cai na risada.

- Faz um tempinho, sabia que você não ia concordar. - ela diz e eu reviro os olhos. - aliás ele também não sabe que você está aqui. - diz ela rindo vitoriosa.

- Você é uma idiota sabia? - pergunto.

- Quer dizer que eu sou a única entre nós dois que faz exatamente o que tem vontade ao invés de me calar. - diz com toda certeza na voz e eu a ignoro.

Ficamos bebendo em silêncio por um tempo, meu olhar percorre o bar e no exato momento que olho para a entrada Felipe chega. Ele parece perdido e procura pelo bar Emma, não demora muitos e nossos olhares se encontram ele parece surpreso.

- Emma seu amigo chegou! - digo e me levanto indo ao banheiro tirar uma água do joelho. Entro no mesmo e lavo o rosto, o álcool já está fazendo efeito, vou para o mictório e tiro água do joelho. Saio do banheiro em seguida e vou pro bar, o otário do Felipe está no meu lugar e vai ter que sair.

- Você está no meu lugar. - digo colocando a mão em seu ombro e ele me olha assustado.

- Oh... Me desculpe. - diz se levantando e eu me sento pegando minha bebida.

- Para de ser chato Will, que tal pegarmos uma mesinha? - pergunta Emma e eu reviro os olhos.

- Tanto faz. - nos levantamos e vamos para uma mesa e então nos sentamos. Felipe está de frente para mim sem me olhar e eu sinto vontade de rir da sua cara de medo. - Emma peça mais bebidas. - digo e ela chama o garçom que vem rapidamente.

- Lipe você vai beber o que? - pergunta Emma .

- Uma água. - ele diz e Emma revira os olhos.

- Talvez eles tenham um copo de leite com chocolate. Que tal " Lipe "?. - digo sínico e Emma me mostra o dedo meio, Felipe se limita a me olhar rapidamente.

- Para de ser idiota William. - diz Emma me encarando. - Duas caipirinhas, duas cervejas e uma água por favor. - diz Emma se dirigindo ao garçom que anota e se vai.

- Emma não vou ficar muito, amanhã temos aula cedo. - diz Felipe para Emma e eu bufo de raiva me lembrando que estou suspenso daquela droga de escola.

- Verdade nós temos, William foi suspenso então não tem está nem aí com o horário. - Emma diz e Felipe me olha como se quisesse dizer alguma coisa.

- Eu sinto muito William, não queria que você se... Se prejudicasse por causa de mim. - diz sincero e eu dou de ombros. Nossas bebidas chegam e eu dou um longo gole na minha cerveja.

- Não sinta, não estou nem aí. - digo e Emma me chuta por baixo da mesa e eu disfarço uma careta de dor. - Não se preocupe já estou acostumado. - digo com um sorriso sínico nos lábios e Felipe desvia o olhar.

- Vocês poderiam ser amigos. - diz Emma rindo e Felipe arregala os olhos para ela.

- Não força a barra Emma, eu só fiz aquilo porque não suporto o Peter e você sabe disso. - digo e reviro os olhos para ela que dá um rostinho sacana.

- Não estou forçando só estou dizendo o que eu acho Will querido. - diz Emma debochada. - Temos que marcar isso mais vezes meus amigos, podemos nos surpreender. - diz Emma e toma um gole de sua caipira fazendo careta em seguida e Felipe dá risada.

- Isso deve estar super forte, você é louca Emma. - ele diz.

- Que tal você experimentar Lipe? - pergunto e ele nega com a cabeça.

- Não, não eu não sou forte para bebidas como vocês. - diz rindo e eu fico o olhando por uns segundos até esticar o copo com a caipirinha.

- Vai Lipe só experimenta, vai que você gosta. - diz Emma e ele pega o copo da minha mão me olhando e toma um gole, soltando o copo na mesa em seguida e fazendo careta, seu rosto fica todo vermelho e Emma dá risada de sua cara tirando uma foto. Não me seguro e solto uma risada também, Felipe me olha surpreso e eu fecho a cara.

- Isso é horrível, mas é bom. Desce queimando pela garganta. - diz Felipe e toma mais um gole, não conseguindo disfarçar a careta.

- Não se empolga. - digo pegando meu copo de sua mão e bebendo um longo gole, enquanto chamo o garçom pedindo mais uma rodada de caipirinha e dessa vez para Felipe também. Bebemos e conversamos por um bom tempo, quero dizer eles conversaram mais entre si enquanto eu observava, particularmente o Felipe.