Acordo no dia seguinte com a minha cabeça explodindo de tanta dor, me levando lentamente da cama e vou direto para o banheiro. Retiro minha roupa e entro na água quente, esperando que ela alivie um pouco da dor, fico uns 15 minutos deixando a água correr pelo meu corpo. Saio do banho e faço minha higiene bucal, vejo meu celular e checo as mensagens só por hábito, mas, haviam 4 ligações do Ben e isso me faz lembrar da noite de ontem. Saio do meu quarto e vou direto pro quarto que Emma dormiu, assim que entro noto que ela não está lá, desço as escadas e meus pais estão na cozinha.
- Bom dia! Vocês viram a Emma? - pergunto.
- Bom dia filho, ela saiu a mais ou menos 1 hora. Disse que tinha compromisso. - diz mamãe, colocando café sobre a mesa.
- Porque filho? Aconteceu alguma coisa? - pergunta papai.
- Não não, é que fui no quarto de hóspedes e ela não estava lá. - digo.
- Como foi a festa ontem? - pergunta mamãe. Me sento na mesa junto com eles e me sirvo de café.
- Bom, foi legal. - digo.
- Só isso? Legal! Você bebeu? - pergunta papai.
- Sim, acho que até mais do que deveria. Estou com uma dor de cabeça.
- É sempre assim a primeira vez filho, mas, não é bom ficar bebendo assim sempre. - diz mamãe.
- Beba esse remédio, logo você estará pronto pra outra. - diz meu pai rindo e leva um tapa da minha mãe, acabo por rir deles.
- Obrigado, vou tomar café da manhã primeiro. - pego o remédio e guardo no bolso.
- Nós vamos na praça hoje, quer ir com a gente? - pergunta papai.
- Acho que vou na casa da Emma, posso ver se ela quer ir.
- Isso, veja com ela se ela quer ir e nos encontre lá. - diz mamãe e eu assinto.
Termino de tomar meu café e tomo o remédio que papai me deu. Subo para trocar de roupa, enquanto me arrumo chamo um Uber. Não demora muito e ouço a buzina do carro, desço as escadas e vou à cozinha.- Estou indo, encontro vocês lá. - digo.
- Tá bom, cuidado. Qualquer coisa liga que a gente te busca. - diz mamãe.
- Tá bom, beijos! - digo e saio, o carro já está me esperando entro no mesmo e sigo para a casa de Emma.
Assim que chego, pago o Uber e toco a campainha.- Boa tarde. - ouço a voz de Rosa pelo interfone.
- Boa tarde Rosa, sou eu o Lipe. - digo.
- Ah claro, vou abrir o portão. - diz ela e logo o portão é aberto, vou em direção a porta e Rosa a abre para mim.
- Oi Rosa, eu vim ver a Emma. - digo.
- Olá Lipe, pensei que Emma estivesse na sua casa, ela não está lá? - pergunta Rosa.
- Não, faz uma hora que ela saiu. Eu ia perguntar se ela queria ir à praça comigo e meus pais. - digo meio triste.
- Se ela aparecer eu falo pra ela te ligar. - diz Rosa e eu me despeço, saio da casa e meu telefone vibra, vejo na tela o nome dele e sorrio." Oi Lipe, onde você tá? "
" Oi Ben, estou na frente da casa da Emma, por que? "
" Ah estava pensando da gente se encontrar o que acha? Eu posso te pegar aí. "
" Tudo bem, vou te esperar. "
Guardo meu celular e me sento na calçada, não demora muito e o carro de Ben vira a esquina, ele buzina para mim e eu entro.
- Oi Ben. - digo e ele dá um sorrisinho sacana, saindo com o carro dali em seguida.
- O que acha de comermos e depois cinema? - ele pergunta.
- Por mim tudo bem, só vou ligar pra avisar meus pais. - digo e ele concorda. Ligo para minha mãe e aviso que vou ao cinema com um amigo, assim que desligo olho para Ben e sorrio.
- Tudo certo, posso ir.
- Claro que pode, espera só até ela me conhecer. - diz rindo.
- Aí que ela não deixa mesmo. - digo e ele fecha a cara, vamos o caminho em meio a conversas aleatórias, não demora muito e chegamos no shopping, Ben estaciona o carro e vamos pra área de alimentação, fazemos nossos pedidos e Ben me encara, me deixando constrangido.
- O que foi Ben? - pergunto sem graça.
- Eu não quero parecer o tipo de cara que te cobra coisas, mas, ontem a gente estava se divertindo e do nada você sumiu. Eu te procurei, cheguei até a perguntar para o William se ele tinha te visto e... bom... ele disse que você tinha ido embora com outro cara...- Não, eu não faria isso. Eu fui embora sim, mas, foi com Emma. - digo sem graça.
- Tudo bem, eu só não queria parecer desesperado por uma explicação. - diz meio sem graça também, ficamos em silêncio por longos segundos, apenas nos olhando, somos tirados desse momento quando o garçom traz o nosso pedido.
- Aqui está. - diz um homem de meia idade, depositando nosso lanche na mesa e saindo em seguida.
- Nossa, eu tô com fome mesmo. - diz Ben se referindo ao seu pedido exagerado e eu dou risada.
- Sanduíche de hambúrguer, batatas fritas, um salgado e milk shake. Realmente está com fome. - digo rindo e dou a primeira mordida no meu sanduíche.
- Não comi nada ainda hoje, você não parece estar com tanta fome.
- Não, eu tomei café da manhã com meus pais antes de sair de casa. - digo e continuamos a comer em meio a risadas e conversas sem sentido. Terminamos nosso lanche e pedimos a conta. Assim que o garçom chega pego minha carteira para pagar minha parte.
- Não precisa Lipe, deixa que eu pago.
- Não mesmo, vamos dividir. - digo e entrego minha parte ao garçom e Ben faz o mesmo, nos levantamos e vamos em direção ao cinema. Optamos por uma comédia romântica. Ben para de andar e vai comprar algumas coisas para a gente.- Vamos, comprei alguns chocolates e suco pra gente lá dentro. - diz e entramos no cinema.
O filme era muito bom, teve algumas partes em que chorei, porém, acho que ele fingiu não perceber. Terminamos o filme e Ben faz questão de me deixar em casa, então saímos do shopping e entramos no seu carro. Vamos em silêncio pra casa, afinal ele já sabe o caminho. Assim que o carro para na frente de casa me despeço de Ben mas, antes que eu saia ele segura meu braço.- Lipe, foi muito bom hoje... Eu queria saber se a gente pode repetir? - pergunta com vergonha.
- Claro Ben, eu me diverti muito então, obrigado por hoje. - digo e ficamos um tempo nos encarando. Então, eu saio do carro e mando um beijo pra ele do portão de casa, ele sai com o carro e eu entro pra dentro de casa.
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Você pertence a mim (ROMANCE GAY)
Teen FictionWillian Collins é um garoto de 18 anos cujo a rebeldia sempre foi uma válvula de escape. Com uma relação familiar conturbada Will cresceu sem muita demonstração de afeto tornando-o um garoto extremamente grosseiro. Will sempre foi muito possessivo...