Quando finalmente acabam as duas últimas aulas, começo a guardar meu material na mochila e o William faz o mesmo. Nos levantamos e saímos da sala indo para o estacionamento em frente à escola, William destrava o carro e entramos. Coloco a mochila no banco de trás e ponho o sinto.
- Baby... não quero magoar você mais do que já magoei...- diz baixo o William fazendo com que eu o olhe, seu olhar transmite culpa, o que me entristece.
- Eu entendo você William, eu sei que é difícil. Ninguém vai sair do armário de uma hora pra outra, só não me deixe no escuro. - digo sinceramente olhando em seus olhos, passo a mão em sua perna em gesto de carinho, William olha em volta e me dá um selinho rápido.
- Você é incrível Felipe. - diz William sorrindo em minha direção, me pergunto como ele pode esconder um sorriso tão lindo assim, dou um selinho rápido em seus lábios e ele liga o carro para sairmos dali.
- Você vem pro AP comigo? - pergunta me olhando de relance.
- Tenho que ir pra casa, estou ficando tempo demais fora. - digo e ele pega em minha mão, como quando viemos pra escola.
- Mas eu queria ficar um pouco mais com você baby... - diz fazendo uma voz manhosa e eu sorrio.
- Bom... Você pode ir em casa se quiser, ficamos por lá. - digo e ele me olha de soslaio, coro de vergonha.
- Tenho que ligar para o negão e ver se ele ainda está com Emma no AP, não quero deixá-la sozinha sabe. - diz William em um tom mais sério, esse cuidado dele com Emma realmente me deixa admirado.
- Tudo bem, se ele não for ficar lá você vai, traz ela pra minha casa se quiser também. - digo e ele aperta minha mão sorrindo em concordância, estacionamos em frente de casa e eu pego minha mochila no banco de trás, descemos do carro e entramos em casa, William me agarra de supetão me beijando quase que desesperado, o que me tira o fôlego, me fazendo afasta-lo gentilmente.
- Calma, liga pro negão e vê se ele está com a Emma. - digo o olhando envergonhado. William faz o que eu pedi enquanto vou a cozinha preparar algo para comermos, resolvo fazer o mesmo de sempre, lanches e suco de laranja.
Estou montando nossos lanches quando William adentra a cozinha, ele parece um pouco sério o que de imediato me preocupa.- O que foi? - pergunto o encarando ansioso.
- O porteiro interfonou dizendo que esteve um homem na portaria alegando ser o pai de Emma, o porteiro não permitiu a entrada já que negão disse para não deixar subir. - diz William irritado.
- Fica calmo, como Emma está? - pergunto já que isso deve ter à abalado psicologicamente.
- Está um pouco assustada, eu deveria estar lá! Se eu pego aquele desgraçado... Eu mato ele! - diz William passando a mão pelos cabelos com seus olhos quase saindo fogo de tão bravo. Caminho em sua direção e seguro seu rosto entre minhas mãos para que ele me olhe.
- Ei, você não vai matar ninguém. Se acalma, eles vão vir para cá? - pergunto e William respira fundo.
- Não sei se é uma boa ideia. - diz William receoso.
- Liga e fala para virem, vocês passam o dia aqui e depois vão pro AP. Aqui estamos todos juntos e também ninguém sabe onde eu moro. - digo o encarando sério, William afirma meio preocupado ainda, pega o celular e disca.
- Cara, pega a Emma e vem aqui pra casa do Felipe, vamos passar a tarde aqui na casa dele...- diz William assim que negão atende, ele fica em silêncio ouvindo a resposta e logo volta a falar.
- Irmão escuta, se qualquer cara se aproximar de vocês na saída do prédio eu quero que você desce a porrada e tira a Emma daí, nem que você tenha que pegá-la no colo. - diz William sério e em seguida fica em silêncio, ouve a resposta e espera novamente.
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Você pertence a mim (ROMANCE GAY)
Teen FictionWillian Collins é um garoto de 18 anos cujo a rebeldia sempre foi uma válvula de escape. Com uma relação familiar conturbada Will cresceu sem muita demonstração de afeto tornando-o um garoto extremamente grosseiro. Will sempre foi muito possessivo...