A prova não foi tão difícil, mas pelas expressões de confusão no rosto de Emma e William acho que eles não se saíram bem. O professor passa recolhendo e Emma bufa entregando a prova, olho para ela e ela junta sua mesa na minha já que a aula acabou.
- Fala sério, que droga de prova foi essa? Eu não entendi nada. - diz frustrada e eu reviro os olhos.
- Podemos estudar juntos antes das provas, assim você não se sai tão mal, o que acha? - pergunta e Emma nega rindo.
- Não mesmo, eu não tenho paciência para estudar Lipe e nem tempo. - diz e eu reviro os olhos.
- Então, vai arrumar tempo. - digo e pego meu celular que vibrou.
Mensagem de William!
William: como se saiu na prova?
- Me saí bem até e você? - envio a mensagem e ele não demora a me responder.
William: Péssimo :(. - visualizo a mensagem e olho na sua direção, William está visivelmente frustrado com essa prova.
- Vocês estão trocando mensagens agora? - viro pra Emma que me encara boquiaberta e nego. - Estão sim Lipe eu vi no seu celular. - diz.
- Ele só perguntou como eu fui na prova Emma. - digo revirando os olhos e ela me olha atenta.
- Por enquanto né. - diz com um sorrisinho pervertido e eu coro.
- Você fala cada coisa Emma, até parece que... Deixa pra lá. - digo sem completar. Até parece que quer que fiquemos juntos! Será!?
As seguintes aulas foram um completo tédio, fizemos um trabalho em dupla Emma e eu e depois fomos para o intervalo comer alguma coisa já que estávamos famintos.- O que vai querer Lipe? Eu pego pra gente enquanto você acha uma mesa.
- Pode ser suco e um hambúrguer. - digo e Emma vai pra cantina enquanto me sento em uma mesa sozinho.
Vejo William e seus amigos adentrarem o refeitório, estão indo na direção da cantina. Benjamin me olha por uma fração de segundo, porém sem expressão.
Fico sentado sozinho até Emma voltar com nossos lanches e de cara fechada, espero ela se sentar para conversarmos.- Por que está com essa cara? - pergunto e ela bufa.
- Peter aquele insuportável estava me irritando, porém William chegou e ele parou. - diz e revira os olhos.
- Não gosto nem de ouvir o nome desse cara, ele me assusta! - digo e dou uma mordida no meu hambúrguer, Emma faz o mesmo. Comemos nossos lanches e Emma vai conversar com uma garota que a chamou em outra mesa, fico sentado esperando ela e William senta à minha frente.
- O que vai fazer depois da aula? - pergunta William me encarando.
- Nada e você? - digo sem graça.
- Vou te levar embora. - diz e dá um meio sorriso, o olho sem entender nada e ele revira os olhos. - Só me espera na saída ok? - pergunta e eu afirmo com a cabeça, ele se levanta e pisca para mim indo pra sala.
Emma não se demora na conversa com a garota da outra mesa, e então voltamos para a aula.
Assim que chegamos à sala conto para Emma sobre William me levar embora hoje, ela fica eufórica com a ideia, estou um pouco nervoso com isso, da última vez que William me levou para casa não deu muito certo porém, vamos ver o que acontece.
As aulas parecem se arrastar até o horário de ir embora, Emma sai antes já que não vai me levar e eu fico esperando William próximo ao portão e ele não demora pra vir, entretanto sua feição não está muito agradável.- O que aconteceu? - pergunto quando ele está próximo o suficiente.
- Nada, só a idiota da Krista que resolveu me encher o saco. - ele diz e eu olho por cima do seu ombro, Krista está logo atrás com uma cara nada boa nos olhando. - O que foi? - William pergunta e eu me apreço para sairmos da escola.
- Nada demais, só estava pensando um pouco. Você e ela não se dão bem mesmo, não é? - pergunto enquanto vamos para o seu carro.
- Krista foi um grande erro, queria não ter a conhecido. - diz e entramos em seu carro, ele logo da partida e saímos da escola. - Que tal um sorvete? - pergunta sem me olhar.
- Ah... Pode ser. - digo e ele para no semáforo.
- " Pode ser " de eu quero ir ou " Pode ser " droga vou ter que aceitar? - pergunta me olhando com curiosidade.
- Digamos que " Pode ser " eu quero ir tomar sorvete com você. - digo e ele sorri acelerando quando o sinal abre, ficamos em silêncio até a sorveteria mas, não foi tão constrangedor.
William estaciona em frente a sorveteria e então entramos e fazemos nosso pedido, tem uma praça/parque do outro lado da rua então, vamos pra lá depois de pegar nossos sorvetes, sentamos em um banco mais ao fundo.
- Vai dormir no apartamento hoje de novo? - pergunta William.
- Não sei, Emma não disse nada por enquanto. Você vai? - pergunto e ele dá de ombros.
- Provavelmente sim, não quero ir pra casa tão cedo. - diz e percebo frustração em suas palavras, então resolvo mudar de assunto.
- Por que está me tratando assim William? - pergunto e ele me encara, desvio o olhar me concentrando em meu sorvete que está derretendo.
- Assim como? - pergunta e eu reviro os olhos.
- No começo você não foi nada receptivo comigo e agora está sendo "amigável". - digo e ele dá risada me deixando confuso.
- " Amigável " não seria bem a palavra correta pra isso né Felipe. - diz malicioso e eu coro. - Mas, eu fui sim meio imparcial quando nos conhecemos. - diz e eu o olho com reprovação.
- Você foi cruel e um completo idiota quando nos conhecemos. - digo antes mesmo de pensar e William me olha surpreso. - Desculpa. - digo constrangido.
- Você está certo, não precisa se desculpar eu é quem te devo isso. - diz meio sem graça e então ficamos em silêncio até acabar nossos sorvetes.
- Vou falar com Emma pra saber se vamos pro apartamento. - diz jogando sua colher na lixeira ao nosso lado.- Talvez eu vá. - digo jogando a minha também e William se aproxima, sua mão vai até a minha boca e ele passa o dedo suavemente pelo meu lábio.
- Estava sujo de chocolate. - diz e eu percebo que estava prendendo a respiração, William me olha sacana e eu coro.
- Obrigado. - digo com vergonha.
- Vem, vou te levar pra casa. - diz William e pega na minha mão, quando percebe isso solta imediatamente e coça a cabeça.
- Vamos. - digo e seguimos pro seu carro que está logo adiante, não falamos quase nada no caminho de casa, William estava concentrado no trânsito e eu pensando.
Paramos em frente de casa e eu tiro meu cinto, pegando minha bolsa no banco de trás.
Não sei como me despedir então espero William dizer algo, só que ele não diz e fica me olhando fixamente, não consigo desviar meu olhar do dele, William se aproxima lentamente e sua mão vai para a minha nuca, sinto um arrepio percorrer meu corpo, nossos lábios estão muito próximos.
- Felipe... - William sussurra e seus lábios encostam no meu, me afasto rapidamente e saio do carro andando depressa, escuto William gritar meu nome e vir atrás de mim, porém já estou abrindo a porta de casa.
William me emburra para dentro e fecha a porta, me prensando na parede, minha respiração está entrecortada, sinto as mãos dele em minha cintura apertando, William me olha com desejo, então ele beija meu pescoço me causando arrepios, nossos corpos estão colados.- William... - sussurro sentindo um calor pelo meu corpo, as mãos de William me apertam mais, e seus lábios passeiam pelo meu pescoço.
- Quer que eu pare Lipe? É só me dizer o que quer que eu faça. - ele sussurra no meu ouvido, se afasta um pouco para me olhar, seu olhar vai para a minha boca e ele se aproxima, quando nossos lábios de encostam ele se afasta me deixando frustrado. Que se dane!
Puxo William de volta e o beijo, suas mãos voltam para minha cintura e eu levo as minhas para sua nuca acariciando seus cabelos.
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Você pertence a mim (ROMANCE GAY)
Ficção AdolescenteWillian Collins é um garoto de 18 anos cujo a rebeldia sempre foi uma válvula de escape. Com uma relação familiar conturbada Will cresceu sem muita demonstração de afeto tornando-o um garoto extremamente grosseiro. Will sempre foi muito possessivo...