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Aviso de gatilho.

Felipe narrando...

Depois de sair da escola fui todo o percurso caminhando, Emma insistiu para que ela e negão me levasse, porém achei descabido já que o caminho era completamente contrário do AP.
Cheguei em casa cansado, então só subi pro quarto e me deitei, William não saiu da minha cabeça a manhã toda, acabo chorando novamente com tudo que aconteceu ontem.
Cochilei por 1 hora e acordei assustado, tomei um banho demorado e coloquei apenas um shorts moletom curto, fiquei lendo um livro novo por um bom tempo até meu celular vibrar, pego ele na cômoda e vejo a identificação, suspiro e o coloco na cômoda novamente. Não demora nada e ele começa a vibrar novamente, atendo no terceiro toque.

- Achei que não ia atender. - diz William do outro lado da linha e concordo, não deveria tê-lo atendido.

- O que você quer? - pergunto tentando esconder a mágoa que estou sentindo.

- Emma. Precisa de você. - diz William me deixando preocupado porém sei que pode ser só mais um dos seus infinitos joguinhos de conquista.

- William, se você estiver bêbado e tentando me enganar eu... - começo mas deixo a frase morrer no meio, meus olhos já estão marejados e não quero chorar de novo.

- Por favor, estou falando sério. - diz William e eu respiro fundo, em seguida desligo o telefone, não poderia dizer uma única palavra sem que ele percebesse a voz embargada.
Me acalmo um pouco e então procuro uma camisa azul clara e visto um tênis cinza. Chamo um Uber ainda do quarto e desço quando ele já estava na frente de casa. Será que aconteceu alguma coisa com Emma depois da aula? Minha mente cria suposições atrás de suposições então, me obrigo a parar quando chegamos ao prédio, pago o Uber e desço do carro, o porteiro já me conhece então subo direto para o AP.
Toco a campainha e ouço passos depois de um curto tempo, William abre a porta me deixando surpreso.

- Você está fumando? - pergunto alternando meu olhar entre o cigarro e seu rosto, desde quando ele fuma?

- Estresse, entra. - diz William me dando passagem e eu o faço, William tranca a porta o que me assusta um pouco.

- Onde está Emma? - pergunto de imediato, coloco as mãos no bolso percebo William me olhar de cima abaixo e acabo corando com isso, ele dá um gole em sua cerveja antes de responder.

- No quarto, vamos conversar primeiro na sala. - diz William indo para a sala e eu o sigo, me sento de frente para ele do outro sofá.

- Emma não está bem, eu quero te contar, mas... não posso! Isso tem que partir dela. - diz William sincero, o que me deixa preocupado.

- Tudo bem. - digo rapidamente.

- Você está bem? - pergunta William e eu fico sem graça.

- Vou falar com Emma. - digo e o olho por alguns segundos, em seguida me levanto e sigo para o quarto em que Emma está, abro a porta e entro. Emma está deitada na cama dormindo, o quarto está todo revirado e sinto um aperto no peito. O que foi que aconteceu aqui? Opto por acorda-la.

- Emma, sou eu Lipe. - digo baixo e toco seu braço calmamente, Emma se assusta e levanta rapidamente, me olha surpresa e vejo seus olhos marejar de súbito me abraça forte, eu retribuo.

- Como... Como chegou aqui? - pergunta Emma depois de me soltar.

- William disse que você não estava muito bem. Ele me ligou e pediu para eu vir, não entendi nada... enfim, eu estou aqui estou na sua presença. - digo a fazendo sorrir por um instante.

- Preciso te contar uma coisa. - diz Emma me olhando sério, seus olhos se inundam novamente e percebo que ela está se segurando para não chorar.

Você pertence a mim (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora