43.

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Paro em frente a porta, respiro fundo algumas vezes e então bato na mesma.

- Emma, sou eu... abre a porta! - digo alto o suficiente para ela ouvir, e não obtive resposta.

- Emma se não abrir vou arrombar. - digo impaciente, fico em silêncio tentando ouvir algo mas não ouço nada o que me deixa preocupado.

- Vou contar até 5 Emma, se não abrir vou arrombar essa porta. - digo me afastando um pouco.

- Um... Dois... Três... Quatro...

- Espera!!! - ouço Emma gritar e suspiro de alívio, já estava imaginando o pior, alguns segundos se passam e então a porta é destrancada mas, não aberta.
Abro a porta e entro no quarto, Emma está sentada no chão ao lado da cama, algumas coisas estão quebradas então, ando calmamente até Emma e me sento ao seu lado com cuidado para não me cortar, tem caco de vidro por todo lado.

- O que aconteceu? - pergunto e Emma soluça em resposta, me levanto e puxo Emma para a cama, me deito com ela abraçada a mim, seu corpo treme com os soluços, fico em silêncio acariciando seu cabelo.

- Ele... Ele chegou Will. - diz Emma entre soluços e sinto um ódio crescente, respiro fundo para não falar besteira.

- Ele ligou pra você? - pergunto.

- Ligou dizendo que está aqui, que não vê a hora de me ver e matar a saudade... Ele é um desgraçado. - diz Emma chorando e eu tenciono os músculos.

- Eu não vou deixar Emma. - sigo convicto e aperto Emma em meus braços, queria poder arrancar essa doer e esse medo que ela sente com minhas próprias mãos, queria poder matá-lo sem nenhum remorso. Queria ter impedido tudo isso. Emma não me responde, nem precisa. Fico abraçada reconfortando-a por um longo tempo, até que ela dorme. Me levanto com cuidado, vejo Emma estremecer, deve estar tendo um pesadelo, saio do quarto em silêncio e procuro seu celular pelos sofás da sala, assim que encontro faço a ligação.

- Fique longe dela filho da puta! - digo assim que ele atende a chamada.

- Quem fala? - pergunta com aquela voz cínica e sei que está rindo.

- Quero que fique longe ou eu mesmo mato você, sabe que não me importaria de fazê-lo. - digo ignorando sua pergunta.

- William, só quero ver minha sobrinha preferida. Estou com saudades de quando ela ainda era apenas uma menininha. - diz a última parte maliciosa e eu sinto repulsa.

- Você é um desgraçado Tony, não vai se aproximar dela. - digo e ouço ele rir.

- Mais cedo ou mais tarde, vou. - diz irônico.

- Filho da puta. - digo entre dentes e desligo a chamada, respiro fundo preocupado ainda com o celular de Emma em mãos, tem duas ligações perdidas de sua mãe, provavelmente para contactá-la da chegada do desgraçado. Guardo o celular de Emma em meu quarto, vai ser melhor assim.
Vou pra cozinha e bebo outra aspirina e um copo de água, volto pra sala e me sento irritado no sofá. Ouço a porta abrir e negão entra com algumas sacolas. Levanto e vou pra cozinha ajudar a guardar.

- Cara, eu vou ter que partir. - diz negão guardando as bebidas na geladeira.

- Por quê? - pergunto enquanto abro uma sacola.

- Minha mãe cara, chegou e quer me ver. Amanhã eu passo por aqui. Emma como está? - pergunta me encarando sério.

- Bem, pode deixar que eu cuido dela cara. Vai tranquilo. - digo e ele assente.

- Seria bom ligar pro Felipe. - diz negão sério e eu afirmo com a cabeça, ele dá um tapa de leve no meu braço, deixa a chave do carro na mesa e sai.
Mexo nas sacolas pra saber o que ele comprou, macarrão, pão, presunto, muçarela, legumes e outras coisas, ainda bem que trouxe o chocolate também. Guardo tudo isso nos armários e abro a geladeira, pego uma Budweiser e abro, sigo para o meu quarto e pego o celular. Disco o número já decorado e ligo, mas cai na caixa postal, dou um gole na cerveja e tento outra vez, no terceiro toque ele atende.

Você pertence a mim (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora