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Estava deitado em minha cama quando o celular toca não tinha a intenção de atender, porém o fiz ao notar que era Emma a me ligar.

Falo brevemente com ela no telefone e foi o suficiente pra me deixar inquieto então, tomo um banho rápido me arrumo e pego as chaves do carro pra sair. Desço as escadas depressa e saio de casa entrando em seguida no carro. Saio cantando pneus.

Será que aconteceu alguma coisa?

Penso enquanto dirijo pelas ruas até chegar ao meu destino, um sorriso me escapa ao ver o que antes era um parque, agora é só um campo e mais aí fundo tem um lago, Emma e eu costumávamos fugir pra cá quando estávamos com problemas em casa. saio do carro e vejo Emma encostada no seu carro me esperando, me aproxima dela e seus olhos estão marejados. Não tenho nem tempo de perguntar o que aconteceu, Emma se joga em meus braços chorando compulsivamente.

Opto por não perguntar nada e apenas a abraço de volta, já sei do que se trata e isso me deixa irritado.

Emma se acalma aos poucos enquanto falo com ela, abraço ela mais apertado e ela se afasta devagar me encarando. 

- Vamos caminhar um pouco? - pergunto e ela confirma apenas. 

Seguimos caminhando pela grama em silêncio, não quero pressiona-la agora.

Emma sempre foi muito fechada, me admira até hoje ela se abrir comigo.

Adentramos mais pelo campo e já posso ver o começo das árvores que dão ao lago, caminhamos devagar, fito Emma por alguns instantes e então ela direciona seu olhar pra mim.

Não demora muito a chegarmos na beira do lago, nos sentamos e Emma começa a falar.

- Ele ... ele vai chegar essa semana. - ela diz tentando não gaguejar.

- Como assim? Já? - me altero um pouco e Emma me olha triste.

- Sim, não quero estar lá quando ele chegar. - diz não segurando algumas lágrimas.

- Emma você não pode ficar naquela casa. Por Deus se ele tentar alguma coisa com você... Eu - não termino e passo as mãos pelo meu cabelo nervoso só de pensar na possibilidade.

- E aonde eu ficaria? - pergunta Emma e eu me sinto culpado por isso.

Se eu não fosse um fraco nós já estaríamos longe daqui a muito tempo.

- Felipe, você pode falar com ele. Digo, ficar na casa dele até aquele... cara ir embora. - digo.

- Será? Eu teria que contar pra ele Will. Não sei se consigo. - diz e encosta a cabeça em meu ombro.

- Bom, Felipe é uma ótima pessoa tenho certeza que ele vai te ajudar. - digo e Emma me encara boquiaberta e depois dá um risinho travesso. 

Ela sabe! Droga!

- Eu sei de tudo. - diz e eu fecho a cara de imediato.

Por que o Felipe contou? Que merda.

- E não ele não me contou, eu joguei verde e ele acabou caindo achando que você tinha me contado. - diz e eu reviro os olhos, Emma acaba rindo.

- Foi um erro! - digo tentando me convencer também disso. 

- Sério William? Está bem talvez Benjamin não ache isso um erro afinal estava sorrindo para Felipe hoje mais cedo. - diz Emma cantarolando e eu cerro os punhos.

- Ele o que? - pergunto tentando controlar a raiva que estava sentindo.

- Isso mesmo que você ouviu. - diz como se não fosse nada demais.

Você pertence a mim (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora