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William dirige enquanto negão vai explicando para ele onde fica a tal balada.

- Não vai mesmo dormir no AP? - pergunta Emma e eu nego com a cabeça.

- Não, mas se quiser pode dormir em casa hoje, minha mãe já disse. - digo e ela afirma.

- Acho que vou pro AP, mas o William te leva embora quando quiser. - diz Emma como quem não quer nada.

- Eu vou embora de Uber. - digo sério.

- Tá bom, chato. - diz Emma sorrindo sacana. William estaciona em frente a balada e descemos do carro, entramos no lugar depois de dar nossos nomes e mostrar o documento.
A boate tem luzes piscando para todos os lados, uma pista de dança mais adiante com várias pessoas dançando, ao lado da pista tem um bar e seguimos pra lá. William e negão pedem caipirinha, Emma e eu pedimos cerveja.

- Ah vou querer uma caipirinha também, não sou obrigada. - diz Emma para o garçom que afirma em resposta.
Ficamos encostados no balcão até nossas bebidas serem entregues, abro minha cerveja e dou um gole, Emma me entrega a caipirinha e eu experimento.

- Vamos pra pista? - pergunta negão e eu nego me recusando.

- Claro que vamos. - diz Emma animada e negão a puxa, os dois começam a dançar ao ritmo da música.
William me encara de cima a baixo e depois sai também em direção ao banheiro e eu fico ali, encostado no balcão e rindo da Emma que dança de um jeito estranho. Tomo outro gole da caipirinha de Emma e a coloco sobre o balcão.

- Vem Felipe, vamos dançar com a gente?! - pergunta negão vindo em minha direção e bebendo.

- Ah, eu não tô muito afim. - digo dando um gole na cerveja.

- Está sim. - diz negão me puxando e eu me deixo conduzir até a pista, Emma da gritinhos histéricos quando eu chego e me puxa pra dançar com ela, danço meio desajeitado no começo, mas depois pego o ritmo. Negão está dançando com um cara também e de repente os dois se beijam e Emma assobia.

- Não sabia que ele é gay. - falo no ouvido de Emma o mais alto que consigo por causa da música.

- E não é, ele é bi. - grita Emma no meu ouvido e eu dou risada. Vejo William de volta ao balcão, ele nos observa o que me deixa meio envergonhado, mas tento não pensar muito nisso, danço ao ritmo da música com Emma a minha frente.
Alguém segura meu ombro e de início penso ser William porém, quando me viro é um cara que eu não conheço.

- Oi. - falou um pouco alto por conta da música e ele retira a mão do meu ombro.

- Oi, estava te vendo dançar. - diz o cara flertando comigo e eu sorrio sem graça para ele. - Posso te pagar uma bebida?

- Na verdade eu já...

- Pode sim!! - grita Emma se aproximando e o cara pega em minha mão, fico vermelho de vergonha e agradeço por ser meio escuro ali, saio da pista com o cara e vamos até o balcão, um pouco distante de William que nos encara.

- Qual seu nome? - pergunta ele assim que pede duas caipirinhas ao garçom.

- Felipe. - digo e ele sorri. - Ah... e o seu?

- Lúcio. - diz e o garçom nos interrompe entregando as caipirinhas, dou um gole na minha e sinto o líquido queimar minha garganta. - Você tem alguém Felipe? - pergunta Lúcio e eu nego com a cabeça.

- Não. - digo e vejo William virar um copo de alguma bebida logo atrás de Lúcio.

- Eu também não, gostei de você. - diz Lúcio me fitando e eu sorrio para ele.

Você pertence a mim (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora