10.

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Chegamos em casa e meus pais já chegaram, adentramos a casa e os encontramos na cozinha.

- Oi papai, oi mamãe. - digo e eles se viram sorrindo para me ver.

- Oi filho! Vejo que temos visita. - diz meu pai sorrindo.

- Ah Emma já é de casa! - diz mamãe e vem nos abraçar, meu pai faz o mesmo.

- A gente trouxe sorvete. - diz Emma e levanta a sacola.

- Estávamos conversando sobre pedir uma pizza ao invés de cozinhar, o que acham?  - pergunta mamãe.

- Por mim tudo bem, e você Emma? - pergunto e Emma concorda.

- Pode ser, ai depois a gente toma sorvete. - ela diz.

- Isso! - diz papai.
Pedimos pizza e não demora para chegar, sentamos na sala e comemos enquanto conversamos sobre a escola e trabalhos dos meus pais. Não demora muito e mamãe levanta para pegar sorvete para todos nós enquanto eu coloco um filme de ficção científica.

- Ah!! Mas, porque a gente não assisti um de terror? - pergunta meu pai parecendo uma criança.

- Porque ficção científica é menos horror e mortes, já que vocês não gostam de romance como eu e o Lipe. - diz mamãe entrando na sala novamente.

- Verdade. - digo voltando a me sentar e Emma me belisca.
A noite foi ótima e divertida, meus pais realmente gostam de Emma e eu também. Comemos sorvete e assistimos dois filmes, mamãe já estava bocejando de sono na metade do segundo filme, então papai a leva para cima.

- A Rosinha vai me matar, eu disse que não ia demorar e olha que horas são!!! - diz Emma mostrando seu relógio e o ponteiro marca onze da noite.

- Nossa, já é tudo isso? - pergunto realmente chocado.

- Não! Eu gosto de mudar o horário as vezes por brincadeira. - diz Emma e eu taco uma almofada na cara dela.
- Ai doeu caralho! 

- Era pra doer mesmo sua grossa! - digo e ela dá risada.

- Lipe eu vou indo tá? Você tem 2 dias para pedir permissão para ir a festa gatinho! - diz com deboche.

- Amanhã eu vou pedir, não quer ficar mais um pouco Emma?  - pergunto.

- Não, não dona Rosa já está preocupada. - diz e nós nos levantamos indo em direção a porta.

- Tudo bem então, amanhã você vai pra escola?  - pergunto.

- Vou sim, passo aqui no horário de sempre. Sem atrasos por favor! - diz Emma e vai para seu carro, fecho o portão e entro, indo direto para meu quarto. Durem quase que imediatamente, o dia foi cansativo...

Os dois dias que antecederam a festa correram normalmente, meus pais deixaram eu ir e o combinado foi que Emma dormiria na minha casa após a festa. Na escola William me provocou de todas as formas possíveis em apenas dois dias, desde derrubar meu lanche até me derrubar na aula de educação física, em uma dessas vezes Emma estava comigo e ela ficou muito brava com ele, eu tentei impedir que ela desse início a uma discussão já que era notável a aglomeração de adolescentes a nossa volta esperando por barraco. 
Depois desse acontecido Emma pegou no meu pé mesmo, para que eu no mínimo me defendesse das ofensas e ameaças do William mas, como eu poderia? Como é que eu enfrentaria ele? Eu simplesmente travo assim que ouço sua voz, William me dá medo, a forma como ele me olha as vezes refletem o ódio que ele sente por mim, e eu não quero gerar mais perseguições de sua parte tentando enfrenta-lo, simplesmente vou deixar pra lá.
Hoje é o dia da festa, daqui exatamente 1 hora Emma virá me buscar e eu não tenho ideia do que vestir, não quero parecer o nerd da escola nem o falso descolado.
Então, vou optar por minha calça jeans preta, uma camisa branca com uma caveira enfeitada por flores, tênis preto e prontinho. Vou tomar meu banho calmamente tentando relaxar, o fato de nunca ter frequentado uma festa antes não está ajudando muito. Saio do banho e coloco minha roupa, passo perfume e estou pronto, desço as escadas para esperar Emma na sala.

Você pertence a mim (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora