Você pertence a mim (ROMANCE GAY)

45.

Chego em casa vou para a cozinha tomar água, mamãe e papai estão lá cozinhando.

- Oi querido, tudo bem? - diz mamãe me olhando por um instante.

- Parece triste. - diz papai e eu tento sorrir para eles. Entretanto não consigo então bebo meu copo d'água.

- Muita coisa acontecendo. - digo e mamãe vem até mim me abraçando, acabo sorrindo com isso e papai se junta a nós.

- Se quiser falar para a gente, estamos aqui filho. - diz meu pai baixo no meu ouvido e largamos do abraço. - O jantar está quase pronto, vá tomar banho.
Sorrio para eles e subo para o meu quarto tomar um banho, pego roupas confortáveis e entro no banheiro, sinto a água quente no meu corpo e relaxo um pouco, lavo meu cabelo e em seguida saio do banho, me seco e coloco minha roupa. Desço para comer com meus pais, o que me relaxa em 50%, porém, mesmo assim meus pensamentos voam até Emma.
Nunca imaginei que isso tivesse acontecido com ela, não sei como agir em relação a isso, mas vou estar ao lado dela independente de tudo.

- Filho, filho... Está no mundo da lua hoje em Felipe. - diz meu pai me tirando dos devaneios e eu dou um sorriso forçado.

- Desculpe papai, o que disse? - pergunto e ele sorri de lado.

- Estávamos falando que você poderia chamar seus novos amigos para jantarem com a gente querido. - diz mamãe me olhando e eu afirmo.

- Oh... sim claro. Vou falar com eles amanhã sobre isso. - digo sorrindo amarelo, não é uma boa hora para jantares em família.

- Isso! Como está indo na escola? - pergunta meu pai.

- Tudo bem, estou me dedicando ao máximo para ter notas excelentes. - digo e mamãe sorri.

- Não se cobre tanto Lipe, você é um ótimo aluno já. - diz meu pai em seguida e mamãe concorda.

- Eu sei, só não quero perder a bolsa. Tenho que me dedicar mais que a maioria dos alunos. - digo para ambos.

- Vai dar tudo certo querido. - diz mamãe me olhando com carinho, passamos o resto do jantar conversando sobre a escola e o emprego deles, após o jantar lavo a louça e mamãe me chama pra assistir um filme, o que eu nego indo para o meu quarto, estou aéreo demais para isso. Me deito na cama e fico ouvindo música nos fones enquanto meus pensamentos pulam de Emma para William então resolvo mandar uma mensagem para Emma.

- Oi Emma, como você está? - aperto enviar e a mensagem é visualizada, mas não respondida, fico meio preocupado, porém meu celular começa a tocar. Emma.

- Oi Emma. - digo assim que atendo.

- Sou eu. - diz aquela voz que reconheço instantaneamente. William.

- Ah... Oi. - digo a única coisa que passou pela minha cabeça.

- Emma acabou de dormir, teve uma crise de choro agora pouco. - diz William com a voz aflita.

- Ela está bem agora? - pergunto angustiado.

- Por hora sim, não sei quando acordar daqui a pouco. - diz William incômodo.

- Vão à escola amanhã? - pergunto.

- Não, o desgraçado pode tentar procurá-la na escola, vamos continuar aqui no AP. - diz William convicto.

- Depois da escola eu vou aí passar o conteúdo para vocês não perderem nada de importante. - digo em seguida.

- Venha com o negão, ele também vem pra cá depois da escola. - diz William.

- Tá bom. - digo e termino a ligação para não prolongamos qualquer assunto.
Não demoro a dormir apesar de todas as minhas aflições contínuas. Acordo com o despertador e o desligo, esfrego meus olhos e me levanto da cama, pela janela percebo um dia ensolarado e quente, vou pro banheiro e retiro minha roupa, entro debaixo de chuveiro e tomo meu banho como de costume, assim que termino enrolo a toalha na cintura e escovo meus dentes, saio do banheiro e coloco uma calça preta, camisa azul e tênis também preto, arrumo meu cabelo e passo perfume. Pego a mochila e arrumo os livros, pego o celular em cima da cama e desço para o café, entro na cozinha e encontro apenas minha mãe.