2.

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Os pia me acorda pro intervalo, então largamos. Vou pra cantina comprar uma Coca-Cola e no meio do caminho sou barrado por a última pessoa que eu queria ver. Aff!
 

Olá Will, eu estava com saudades de você. - diz sorrindo.

- O que você quer Krista? Eu não estou com paciência para os seus joguinhos.

- Will, pare de me tratar assim. Você sabe que eu te amo.

- Eu não acredito no seu amor, você foi uma vadia comigo. Vai achar um bocó por ai Krista! - saio andando e os meninos vem comigo na direção da cantina.

- Eai, quem vai pegar nosso lanche esse ano?  - Ben pergunta olhando pra mim.

- O novato! - digo rápido. 

- Demoro! - respondem juntos. Vamos em direção ao novato. Chego por trás dele e o empurro, ele se vira pra ver quem é e quando me vê fica me encarando.

- Presta atenção que eu só vou falar uma vez, pega 4 sanduíches e 4 Coca-Cola. Estaremos na mesa esperando.

- O que? Eu não vou pegar o lanche de vocês. - diz bravo.

- Vai sim porque eu estou mandando, entendeu? - o intimido chegando bem perto. E ele dá dois passos para trás. E concorda com a cabeça.

- E não demora porque eu to cheio de fome porra! - jogo o dinheiro na direção dele que deixa cair. Algumas pessoas estão rindo, to pouco me fodendo. Saio e vou para a mesa com os cara. Me jogo em uma cadeira, é os cara fazem o mesmo.

- Acho que ele é bicha. - diz Ben.

- Com certeza, tem tipo de viado mesmo. - diz negão rindo.

- Foda- se aquele viado! - digo entredentes. - Vai pegar meu lanche todos os dias a partir de hoje e sem questionamentos. Ainda mais sendo cotista. - Eles me encaram mas eu nem ligo, eles não me conhecem. Conversamos coisas aleatórias quando o viadinho chegou com nosso lanche.

- Coloca na mesa e vaza do meu campo de visão. - digo o encarando.
Ele ponha na mesa as bandejas e o troco e sai apressado.

- Esse Will ta muito maldoso. 

- Vai se foder Kaio! - rosno. Termino meu lanche e vou no banheiro, abro a porta e entro. O viado tava lavando as mãos, ele me olha de canto de olho. Vou direto pro mictório, termino e vou para a pia lavar as mãos e o viado ainda estava lá enrolando.

- Olha eu não quero arrumar confusão, será que vocês não podem achar outra pessoa... - interrompo ele pegando ele pelo colarinho e o jogando contra a parede, segurando seu braço apertado.

- Não dirija a palavra a mim se eu não permitir seu viadinho do caralho. E não eu não vou escolher outra pessoa. Eu escolhi você e farei sua vida um inferno.

- Porque? O que foi que eu te fiz? - pergunta chorando.

- Porque esse lugar não é pra cotista, ESSE LUGAR NÃOÉ PRA VOCÊ! - grito a ultima parte e o jogo na parede, logo em seguida saio do banheiro.

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Felipe

Eu ainda estou no chão do banheiro, só que dentro da cabine. Já se passaram 20 minutos, lágrimas escorrem pelo meu rosto incessantemente. Porque? Só por eu ser gay? Porque ele me odeia?
Já percebi que foi um erro vir para essa escola, para essa cidade. Ele não vai me deixar em paz. E eu não fiz nada pra ele. Me levanto devagar, e vou na pia lavar meu rosto e as mãos. Meus olhos estão um pouco inchados e ficou um pouco roxo meu braço pela forma como ele apertou mas, acho que ninguém vai reparar.
Saio do banheiro e vou em direção a sala, o professor já está lá e eu peço autorização para entrar, dei a desculpa de que estava na sala do diretor. Entrei e de cabeça baixa segui até a última carteira, mal me sento e Emma cola sua mesa na minha.

Você pertence a mim (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora