reencontro

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|Duas semanas depois

- Repassando o plano, vai tá rolando um baile do morro hoje a noite_Disse Júlio. Estávamos reunidos, eu e mais 19 policiais. Estávamos se preparando pra invadir o morro do Lima, morro do meu ex cunhado_Teremos mais fluxo de traficantes

- Podem meter bala em qualquer marginal que aparecer no meu caminho_Samuel disse. Vi ele me olhar brevemente.

- Não sei cê vocês sabem, mas tem crianças na comunidade_Eu disse séria_E que isso de meter bala em todo mundo? Pode claro atirar se tiver ameaça deles para vocês, mas fora disso, não atirem, ouviram?

- Carol está certa_O delegado disse_Nada de atirar, sem uma ameaça da parte deles, invadem esse baile, e prenda qualquer um que tiver no tráfico ali, menos os menores de idade, por enquanto eles são livres da gente, criminossos óbvio tragam ele para a delegácia, e claro moto e carros roubados, agora vão, rodando

Começamos a sair. Entramos nas viaturas, alguns carros e outros de moto indo em direção do morro. Dirigimos pelas ruas com a luz da sirene ligada. Estava no banco de trás, Alice ao meu lado, Marcos na ponta, com a arma aparente na janela. Samuel estava no banco da frente, Michel dirigia.

- Já dá pra ouvir as música de bandido deles_Samuel disse divertido. Sua arma também estava aparente na janela.

- Carol_Me chamaram no rádio. Era Stephen, líder da operação.

- Fala_eu disse.

- Vamos entrar por trás do morro, pelo mato_Stephen avisou.

- Positivo_Eu disse_Ouviu Michel?

- Sim senhora_Michel disse, virando o volante. Seguindo a viatura da frente. 

Chegamos por trás do morro. Estacionamos o carro, e descemos deles com as armas nas mãos. Nos juntamos para resolver como vamos invadir. O barulho de funk que estava um pouco abafado.

- Vamos todos invadir juntos, se conseguirem pegar alguém, revistem, pegam identidades, e fazem a identificação criminal_Stephen disse. Todos concordamos_Ok, vamos invadir quietos, quando ter o toque, podemos entrar e agir_concordamos novamente.

POV Dayane

- Senti saudades dos Baile_Eu disse sentada no carro do meu irmão, o mesmo estava ao meu lado.

- E o baile sentiu saudades de vocês_Vitão disse, batendo o copo no meu como blinde_E como sempre arrancando corações_comentou, quando uma menina passou me olhando.

- Tenho um filho, e uma mulher_Eu disse. Tenho isso, mas os dois não sabem da minha existência. 

- Sabe, gostei de ter participado com você daquela surra no boçal do Manuel_Vitão disse.

- Gostei de bater nele_Eu disse, e sorri.

- Quando vai falar com a Carol? e voltar pra sua família_vitão disse. Suspirei.

- Na hora certa, e ela está chegando_Eu disse.

- Chefe, chefe os tiras estão aí_Um soldado disse armado.

- Puta merda_Vitão disse.Desço de capô do carro.

Em segundos ouvimos um disparo. Um gás começou a surgir do meio da multidão,ouvi umas meninas gritarem, e povo começaram a se mover. Levantei a camiseta, tirando minha pistola.

- Vai pra casa, nenhum policial pode te ver_Vitão disse pra mim, mas olhava em volta.

- Não, vou ficar ao seu lado_Eu disse. Ele suspirou.

- Ok_ele disse, abriu a porta do carro, e voltou rápido_coloca_me entregou uma touca, com furo nos olhos. Rapidamente coloquei_Toma cuidado

Ouvimos outro barulho de disparo, o espaço aonde acontecia o baile estava cheio as pessoas corriam parra diferentes lugares. Vi os policiais começarem a invadir, eu corri no meio da multidão.

POV Carol

- Vão tudo pra casa!_Gritei, segurando firma o rifle. Enquanto eles corriam, na minha frente_Ei você parada!_eu disse apontando a arma_Vai, mão na parede

Ela fez o que pedi. Me aproximei dela, coloquei a arma de lado deixando pendurada.

- Abre as pernas_Mandei. Ela fez o que pedi. Revistei seu corpo_o que tem na cintura? levanta a blusa

Ela o fez levanta a blusinha decotada. Toquei a cintura, apertando. Encontrando dois saquinho de cocaína, peguei colocando no bolso na calça cargo_, vira pra mim, tem alguma coisa no bolso?_ela enviou a mão nos bolso da frente, não tinha nada, ela enfiou a mão no bolso de trás. Vi saquinho de maconha, ela ia colocando tudo na minha mão_não tem mais nada?_ela negou_certeza?_ela concordo.

Guardei o resto da droga que recolhi no bolso. Pedi sua identidade, verifiquei no celular seu nome. Não tinha nada no seu nome. Devolvi a identidade, coloquei algemas e a levei na viatura, colocando ela trás. Fechei a porta, coloquei suas droga em um saquinho separado, e anotei seus dois primeiros nomes que lembrava. Vi uma pessoa usando máscara, com arma na mão correndo longe da multidão. Me aproximei correndo.

- Ei você! parado!_Eu gritei já perto o suficiente. Vi ele me olhar brevemente, e correr mais ainda. Corri atrás_parado! deita no chão, ou vou atirar_eu avisei com a respiração acelerada.

Era foda correr, vestindo um monte de equipamento. Era pesado. Eu ainda corri atrás do bandido armado. Eu corria trás dele na rua. Tirei a pistola com dificuldade do coldre e apontei pra ele, baixei a pistola ainda correndo. Já perto o bastante mirei novamente, e apertei o gatilho. Lhe atingiu.  Vi ele diminuir por conta da perna aonde atirei. Corri mais ainda. Já perto vi cabelo de mulher, ok estava lidando com uma mulher.

- Deita no chão!_Mandei, estava ofegante. Vi ela deitar no chão, no meio da rua. Aproximei apontando a arma_solta a arma, levanta devagar e coloca as mãos na costas_eu disse, ela começou a se levantar_sem movimento brusco, ou atiro novamente

Já em pé, com as mãos pra trás, peguei sua arma, guardando no coldre livre.  Mandei se aproximar da parede. Ela olhava pra baixo. Coloquei a arma no coldre.

- Tira essa máscara_Eu mandei, vi ela me olhar brevemente.

- Eu não posso_Ela disse, parecia força a voz.

- Pode sim, você tem duas mãos_Eu disse_Anda tire_vi ela levantar as mãos puxando a touca depois pouco tempo. Ela tirou mas virou o rosto_identidade?

Vi ela mexer no bolso tirando uma carteira. Abriu a carteira e me entregou a identidade. Peguei, ele voltou a colocar as mãos na cabeça mesmo sem pedi. Comecei a olhar e....Dayane de Lima Nunes, franzi, que porra era isso. Olhei pra mulher.

- Anda roubando identidade dos outros?_eu perguntei_me dê sua identidade, vire de frente pra mim_mandei.

Vi ela virar de frente pra mim devagar. Ia começar a falar, mas me calei olhando seu rosto, me faltou ar, senti meus olhos embaçarem, a rua tinha iluminação o suficiente para ver que era minha namorada, mãe do Davi. 

- Sou eu_Day disse. oh my god. Me senti fraca, ía cair no chão mas ela me segurou pela cintura_você está bem?_perguntou.

- Você está aqui mesmo, viva?_Perguntou olhando seu rosto que tanto senti falta. toquei ele_você é real?

- Eu sou real, eu estou viva_Day disse. Eu só lembro da minha visão embaçar por completo.

A dona do morro [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora