|Eu vim me entregar|

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Todos estavam na sala esperando eu começa a falar, meu irmão, Thaylise, minha mãe. Eu estava de pé, vendo eles me olharem curioso.

- Eu tomei uma decisão_dei uma pausa_Nada que vocês forem falar pra mim, vai me fazer mudar de idéia, eu vou me entregar_Vi todos me olharam confusas, e meu irmão negar com a cabeça.

- Como assim se entrega filha_Disse minha mãe.

- Eu vou me entregar pra polícia_Falei de uma vez, vi a Thay me olhando como se eu tivesse duzentas cabeças, minha mãe estava estática me olhando.

- Você não vai_Disse minha mãe_Você não vai se entrega pra polícia

- Já está decidido, eu vou amanhã de manhã_Eu disse.

- Você tá drogada_Disse meu irmão, e se levantou_Eu entendo a Carol ter sido Sequestrada, mas se entregar você tá louca vai ser anos na prisão irmã

- Eu sei, tô ciente disso irmão, a minha única ajuda foi a polícia eles tem jeitos que possa achar a Carol

- Não não, você não vai se entregar_Disse me irmão_Eu não vou deixar

- Você não tem que deixar, eu sei o que estou fazendo_Eu disse, já ficando irritada.

- Eu vou no seu lugar_Ele disse.

- E quem vai ficar com o morro? você fica aqui, você é o sub dono do morro, vai ficar aqui e cuidar da mamãe, ficar a sua namorada, eu vou me entregar e ninguém vai me fazer mudar de idéia, ei vou trazer Carol pra casa_Eu disse e subi as escadas ouvindo meu irmão e minha mãe me chamar.

[...]

O carro no meu sogro parou em frente a delegacia de SP, alguns viaturas estavam por ali, e alguns policiais entravam e saiam da prédio.

- Tem certeza disso?_Perguntou novamente Isaías.

- Eu tenho, eu vou me entregar_Disse e encarei ele_Obrigado por me trazer aqui

- De nada Day, olha você não vai ficar muito tempo aqui, vou te tirar da prisão o mais rápido possível_Disse Isaías.

- Ok, não sei como me despedi, então tchau até logo_Eu disse, e Isaías assentiu, fiz um aperto de mão com ele, soltei sua mão e abri a porta do carro, assim que fechei a porta encarei o prédio.

Com certeza Carol ia odiar isso, ia estar me chingando de todas as formas e me trancando em um quarto com 6387373 fechaduras. Subo os degraus, e olho pra trás vendo o carro do Isaías, olho pra frente novamente e abro as portas do prédio. Pelo salão tinhas vários policiais andando pra lá e pra cá. Caminhei até a moça no balcão, e ela sorriu simpática.

- O que deseja?_Ela perguntou.

- Eu vim me entregar, me chamo Dayane Lima Nunes_Eu disse, e ela não falou mais nada apenas pegou o telefone ligando pra alguém.

[...]

- Olá eu sou o delegado, Mariano_Disse um homem mais velho de farda.

- Olá senhor Mariano_Eu disse com respeito.

- Dayane Lima Nunes, você está presa por cometer vários crimes_Um policial veio pra trás de mim e me algemou_Você tem o direito de permanecer calada, tudo o que disser poderá ser usado contra você num tribuna_o policial fez sinal pra eu andar pra frente, e logo comecei a andar com ele me acompanhando e o delegado também, logo eu estava andando no corredor onde havia várias celas cheias_Vou te deixar aqui, e depois vai para um presídio feminino_Disse e eu assenti entrando na cela vazia, assim que ele trancou a cela, eles viraram e foram embora, suspirei cansada e me sentei na cama olhando pela cela, por longos anos essa vai ser a minha "casa".

[...]

Alguns dias depois
Ponto de vista Carol

Sede, fome, medo, É isso que eu sentia aqui nesse quarto escuro e frio, ontem teve uma chuva horrorosa, o que fez o quarto ficar mais frio, os capangas do Matheus até me davam "comida" e água mas eu negava, não queria nada que ele trouxesse, medo dele me drogar de novo, eu tô me sentindo fraca mas não viu comer nada que eles me derem. Eu estava sentada encolhida na cama tentando me esquentar de alguma forma, eu estava com medo, sempre fico com vontade de chorar mas não posso demonstrar estar fraca. Levanto o olhar ouvindo a porta ser destrancada, a porta se abriu e ali entrou um cara com aquela máscara assustadora, ele fechou a porta e trancou a mesma, e logo veio caminhando na minha direção com uma bandeja, ele se sentou na cama me fazendo encolher mais, observei ele coloca a bandeja na minha frente, só que dessa vez não tinha pão velhos. Água, tinha uma bolacha doce e copo de Nescau.

- Eu não vou comer_Eu disse baixo, eu já estava sem voz, observei ele levar as mãos atrás da cabeça e logo tirar a máscara, me fazendo arregalar os olhos_M-miranda_falei seu nome gaguejando, ele sorriu pequeno pra mim e se aproximou colocando as mão no meu rosto.

- Você precisa comer, foi a única coisa que achei pra você aqui_Miranda disse_Você está muito fraca, vai acabar morrendo nesse merda de quarto

- O-o que você está fazendo aqui?_Perguntei e ele negou.

- Come primeira, depois te explico tudo_Ele disse, peguei a bolacha e abri , peguei a bolacha e coloquei na boca suspirando, ao sentir sabor na minha boca, rapidamente peguei outra bolacha e coloquei na boca_Bebe um pouco do leite com Nescau, foi feito por mim em_Peguei o copo leite e bebi quase a metade.

- Está muito bom Miranda_Eu elogiei e ele sorriu_Mas me conta, o que faz aqui?

- Ok_Miranda disse_Eu estou aqui porque...

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Gente vocês se lembram do Miranda?

A dona do morro [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora