CAPÍTULO DOIS

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Armando era um homem frio e calculista, mas para Alfonso sempre foi um herói, sua mãe sempre enaltecia seu pai, até quando houve a separação, ele sabia ser muito bem fingindo, Ruth só culpava a Anahí que ela nem conhecia como culpada pelo fim de seu casamento embora seu marido sempre tivera diversas amantes, a verdade era que era uma mulher completamente abalada emocionalmente e psicologicamente e isso interferiria nos planos de Armando, por isso, se livrou da mesma antes da sua eleição como governador, era um homem riquíssimo, mas completamente ambicioso e com sede de poder, agora após dez anos quis que seu filho retornasse pois tem planos para o mesmo.
       Alfonso na verdade sempre foi dependente do carinho do pai, já que pela instabilidade de sua mãe sempre foi deixado de lado pela mesma, apesar de ter bastante autonomia principalmente nos negócios mesmo tão jovem, o que mais ele procura é a aprovação do seu pai, até por isso ele aceitou esse chamado e também porque sentiu que era hora de voltar à seu país, fora que seus amigos sentiam a mesma necessidade de mudar de ares e era o que pretendia fazer. No entanto, dentro dele guardava um ódio e uma sede de vingança por essa menina que não ao menos conhecia. Estava no chuveiro perdido em seus pensamentos e meio chocado com o primeiro contato com Anahí. Precisa observar essa mulher atentamente e conhecer seus pontos fracos. Termina seu banho e vai comer algo na cozinha, entra devagar e encontra Anahí cantarolando uma música animada enquanto mexia na panela, ela se assusta ao perceber sua presença.

-Desculpe, não queria te assustar.

-Eu não havia te visto. Quer algo?

-Margarida me disse pra comer um lanche, estou faminto.

-Ah, ela deixou um sanduíche pra você na bancada ali e tem suco na geladeira.

Ela segue suas instruções e senta no balcão enquanto come fica a observando.

-Cozinha?

-Ah sim, mas na verdade no momento só tô dando uma olhada na panela, a Maria cozinheira se sentiu mal e a Margarida foi levá-la pra descansar.

-Entendi. Me surpreendeu uma moça como você estar tão envolvida com os afazeres domésticos. - Ele fala com ironia

-Uma moça como eu?  - Anahí o olha curiosa.

Ele percebe que falou bobagem e conserta- Uma moça tão bonita e que parece tão delicada.

-As aparências enganam Senhor Herrera.

-Sim, enganam ( Principalmente as que tem cara de anjo e são umas vadias como você) ele sorri cínico e completa: Alfonso

-O que disse?

-Alfonso, pode me chamar de Alfonso, senhor Herrera é muito pomposo e não combina comigo.

-Humm - ela ia responder algo quando Armando entra na cozinha animado.

-ora, se não é o filho pródigo. Bem vindo de volta Alfonso.

Ele aperta a mão do seu filho, depois vai até Anahí e lhe dá um tapa na bunda a constrangendo e a deixando possessa por dentro, odiava ser tocada por aquele homem, odiava sua voz, odiava seu perfume, odiava tudo nele e o que viesse dele ela respirou fundo e continuou a mexer na panela.

-De novo nessa cozinha, não temos empregadas pra isso?

Ela sorri falsamente e o responde fazendo uma voz mais melosa possível- Eu gosto de cozinhar meu bem, você sabe disso.

Alfonso os observava atentamente. E Armando puxa Anahí pra perto dele colocando a mão em sua cintura com posse. - Veja meu filho, as mulheres, damos tudo a elas e elas ainda gostam de fazer serviços, essa aqui ama essas coisas, parece que é pra me irritar. A função da mulher de um homem como eu é estar linda, cheirosa e maquiada quando eu chegar, mas Anahí tem idéias próprias.

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