CAPITULO CINQUENTA E SETE

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Anahí acorda cheia de dores, e com fome, mas não ia implorar pra Armando levar algo para ela comer ou algo do tipo, se ele está esperando isso, ele desista, ela toma mais água da torneira e fica deitada tentando focar nos filhos e em Poncho, para aplacar tudo que sentia no momento. Procura por algum relógio, mas aquele quarto não tinha nada além de uma cama, e guarda roupa, alguns livros numa estante também. Ela suspira e fica pensando como estariam agora.

Poncho estava desesperado pois Mia não queria comer nada, embirrou que só queria comida da mamãe e ele tentando fazê-la comer recebendo ajuda até de Miguel que tentava dar a irmã.

-meme manzinha, totoso midinha de papa

-É meu amor, come a comidinha com o papai. Olha como Miguel come tudo.

-não midinha mamá da Mia

Ele a pega no colo- eu sei meu amor que você tá com saudade da mamãe, o papai e o Miguel também estão morrendo de saudade, mas você tem que comer pra ficar fortinha e mostrar pra mamãe como tá bem. Você não quer que a mamãe volte logo?

-Mia que mama

-então, come um pouquinho. Se você comer o papai leva vocês pra passear um pouco.

Ela abaixa a cabecinha encostando no peito dele.

-então vai comer um pouquinho?

-meme

Ele consegue fazer ela comer um pouco e se acalma mais. Depois arruma eles e sai junto com Sophia e Mari pra levarem eles pra passear, estavam num parquinho próximo de casa e isso deu um ânimo a mais nos pequenos. Sophia rolava com eles na grama quando Poncho atende o celular.

-Alô?

-Senhor Herrera, aqui é Torres um dos detetives, está ocupado agora?

-Posso falar.

-Estanos refazendo os passos de sua esposa e achamos algo interessante, o senhor disse que ela havia pego as crianças na escola por volta das doze não é isso?

-Sim, é o horário que eles saem, não deixamos eles na creche.

-Pois não foi o que aconteceu, quando sua esposa estava na faculdade e tiraram as fotos dela beijando o doutor Luiz Garza, seus filhos já haviam sido pegos na escola e segundo funcionários pela sua esposa.

-O senhor quer me dizer que Anahí estaria com eles no mesmo momento que estava na faculdade?

-quero dizer que tem inconsistências aí.

-Um momento.

Ele chama Sophia.

-Sophi, você estava com Anahí na faculdade aquele dia. Por volta de que horas tudo aconteceu?

-Conversamos até as 10 na lanchonete, aquele dia eu não tinha aula, mas passei a manhã na biblioteca da faculdade dela, já que como estudante da escola do mesmo nome eu tenho direito. Anahí se despediu de mim e foi pra uma última aula e foi quando saiu dessa aula as 11:29 mais ou menos que tudo ocorreu.

-Obrigado, o senhor escutou minha cunhada?

Poncho havia colocado no viva a voz.

-Sim, então não bate com as informações da escola, segundo a diretora houve um problema elétrico na escola e ligaram pros pais, sua esposa os havia pego as 10:50 mais ou menos. Só se ela não assistiu essa última aula, vou averiguar na faculdade.

-mantenha-me informado por favor.

Eles se despedem e Poncho volta a atenção pra seus filhos que agora estavam imundos após a avó dar picolé pra eles. Ele sorri vendo a bagunça e depois voltam pra casa. Poncho estava deificando o máximo possível a seus pequenos, já bastava estarem sem a mãe. Mas todo o tempo se comunicava com os detetives.

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