CAPÍTULO QUARENTA E UM

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Carlos não desistia de sua investigação, o detetive que contratou descobriu que naquele dia havia outro barco próximo e esse barco ninguém sabe quem estava. Estava em casa quando é surpreendido pela visita de Adriano.

-Adri, quanto tempo não nos vemos, ao que devo a honra?

-Carlos, serei direto, acabei de saber que está investigando a morte de meu sobrinho, fique feliz que essa informação chegou à mim e não ao Armando. Qual o seu interesse nisso?

-Anahí me pediu, sabe que amo aquela menina como uma filha, e você sabe que ela e Poncho se amavam não é?

-Sim, descobri a tempo e em bom tempo. Carlos o que vou te confidenciar é sigiloso e não pode contar nem a Anahí, só vou te contar porque posso confiar em você e de verdade guardar tudo isso está me matando.

-Você sabe que pode confiar em mim.

-Sabia que era apaixonado pela Ruth.

-Sim, inclusive você queria casar com ela, mas ela infelizmente escolheu o irmão errado.

-Sim, nunca amei alguém como à amei, ela casou com o cretino do meu irmão e foi mais uma de suas vítimas, ele a enlouqueceu, Ruth só serviu de escada pra ele e o resto você já sabe, sempre amei o Poncho como meu filho- Ele se levanta e começa a andar de um lado pra outro- Acredita que descobri à alguns dias que ele realmente é meu filho- Ele fica emocionado e Carlos o abraça.

-Meu Deus, por essa eu não esperava querido. Como descobriu? Poncho não estando mais aqui, foram através dos seus netos?

-Meus netos, aqueles dois lindinhos são meus netos, eu ainda tô atônito, e nem fui vê-los, não sei se conseguirei aguentar a emoção. Mas não foi através deles.

-Não entendo.

-Sente-se, é melhor!

Carlos se senta e ele volta a história.

-Armando não desconfia dessa paternidade, arrogante como ele só, nunca imaginou que criou meu filho e da sua ex esposa como dele. Uma única noite de amor, e meu filho está ai com seus agora 27 anos e pai de dois lindos bebês.

-Você fala como se ele tivesse vivo, já estou ficando tonto.

-Meu filho está vivo Carlos.

Ele se levanta- Como? Amigo preciso de uma água.

Ele bebe e Adriano continua- No dia que Armando planejou a morte dele, eu escutei tudo pelo telefone da minha sala, agradeço a Deus todos os dias, fui rápido, ele enviou os capangas pra matá-lo e fingir depois um acidente no mar, por isso o iate explodiu, colocou uma bomba, mas pra todos os efeitos a lancha bateu numa rocha, como sempre molhou a mão de um e de outro e acha que tudo deu certo. Só que um dos seguranças é de minha total confiança e sempre me ajuda quando eu preciso, ele conseguiu ser inserido aquele dia, dentro do iate só ele e Poncho e dois seguranças que o mataria. Os outros ficaram no deck, como pra todos os efeitos esses homens morreriam, ele deu muito dinheiro pra sumirem, por isso ele nem desconfia que ambos morreram e Poncho está vivo, esse meu homem de confiança matou um dos seguranças e pois o colar de Poncho nele pra despistar, estavam os dois fugindo em outro barco quando o outro conseguiu se desamarrar e atirou neles já na outra embarcação. Poncho foi atingido na cabeça e Jorge esse homem que te disse, matou também o outro e rapidamente deu socorro a Poncho, eu os esperava no outro lado da marina, consegui levá-lo de helicóptero pra um hospital na Guatemala e durante o caminho ele ainda estava consciente, tonto, mas falando coisas, na verdade só chamava por Anahí, chegou ao hospital e apagou, fizeram uma cirurgia de sucesso nele, graças a Deus a bala ficou alojada em um lugar que com certeza foi Deus que colocou a mão.

-Eu estou chocado, Anahí está certa. Ela não acredita na morte dele. Meu Deus, acho que o amor é um elo incontestável mesmo. Como ele está? Porque não voltou e tentou comunicação com ela?

- Está em coma, pegou uma infecção no hospital, se curou, mas infelizmente está em coma. O quadro é estável, os médicos não entendem porque ele não acorda.

-Eu nem sei o que dizer.

-Por favor, não conte nada.

-Mas Anahí precisa saber disso.

-Não, não é por mal. Mas meu filho está numa cama, completamente vulnerável, sei que parece cruel, mas ela não vai aguentar ficar aqui sem vê-lo, acho que isso seria bem cruel, fora que não quero dar falsas esperanças. Os médicos não fazem ideia se ele acordará. Eu preciso protegê-lo. Me sinto tão culpado, fiquei tanto tempo longe dele, mesmo não sabendo que era seu pai horas, eu era seu tio.

-Não se culpe.

-Temos que destruir o Armando. O problema é que ele se acha dono do mundo. Compra tudo e todos, eu agradeço muito até hoje ele não ter descoberto que salvei Poncho, mas ele se acha tão esperto e acima de tudo que nem faz idéia de tudo isso.

-Como descobriu que ele é seu filho?

-A dias atrás a uma enfermeira estava lhe dando o banho de gato de hospital e eu estava presente, nunca tinha visto a marca que tem em uma das costelas, é a mesma que eu tenho, aquilo ficou martelando e pedi um teste de DNA, Ruth me disse que ele havia nascido prematuro quando desconfiei que podia ser meu, e essa informação de prematuro não batia com nossa noite, então esqueci.

-Fico feliz que ele seja seu filho.

-Sou o homem mais feliz do mundo. Inclusive vou agora mesmo vê meus netos.

Ele se despede de Carlos que fica impressionado com tudo que acabou de saber, fica também aliviado, Poncho vivo havia esperança. Faria de tudo pra ajudá-los.
   Adriano chega na mansão e Anahí fica feliz ao vê-lo, ele fica todo emocionado agora olhando os meninos como seus netos. Anahí toda boba lhe mostrava eles engatinhando e querendo andar, fora que toda hora os fazia balbuciar as palavras que sabiam já falar. Ela estava no quartinho de brinquedos com eles, Adriano se senta no chão com eles.

-Você precisa vê como tão animados e espertos esses meus filhotes. Olha vou te mostrar algo. - Ela pega a foto de Poncho e aponta pra eles- Bebês quem é?

Mia toda afoita pega a foto e babando nela começa a falar- Papa, papa, papa

-Isso meu amor é o papai. Miguel- Ela pega outra foto do Poncho e dá ao pequeno- E esse bebê?

-Papa, papa, mamama mama

Anahí cai na gargalhada toda orgulhosa e ele fica emocionado.

-Eles são muito lindos e espertos.

-Pode ser coisa de mãe coruja, mas são muito inteligentes esses meus piketuchos.

-Poncho também foi um bebê muito esperto.

-Marga me disse que ele andou com 10 meses, com um ano já era tagarela. A Mia é mais de tagarelar, o Miguel de se movimentar.

-Vejo que está feliz.

-Meus filhos sao tudo na minha vida. Eu tô gravando tudo deles sabia? Cada descoberta nova eu tiro foto ou gravo. Quando o Poncho voltar ele vai ficar horas vendo tudo- Ela falava assim na maior naturalidade. E ele se assusta.

-Por que diz isso?

-Eu tenho certeza que ele vai voltar, não me pergunte por quê.

Adriano impulsivamente ia contar tudo a ela, mas foi surpreendido pela chegada de Armando.

-Você está aqui, haviam me avisado que tinha chegado. Venha ao meu escritório, preciso de você.

Ele sorri pra Anahí, dá um beijo em cada uma das crianças e vai com ele. Anahí fica na gandaia jogada no chão com as crianças que enchiam ela de beijos babados na bochecha.

-Meu Deus, a mamãe ama ficar toda babada. - Ele os agarra e enche de beijos, os dois riam. Ela passava seus dias assim, aproveitando seus pequenos. Aquilo lhe dava a felicidade que precisava!

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