CAPITULO SESSENTA

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Anahí tinha planejado tudo na sua mente, era sábado e o barco saia às sete da manhã. Ela observava que Armando estava no quarto e Luiz também. Arrumou os travesseiros como se fosse ela e os cobriu. Saiu de mansinho por volta das seis e se escondeu nas pedras que em suas caminhadas eram as que achou melhor. O barco já estava atracado, em alguns minutos os empregados começariam a embarcar. O comandante saiu pra caminhar como costumava fazer e era a hora que ela esperava. Correu até o barco e se escondeu na parte de baixo que servia como dispensa estava toda encolhida e orando que saíssem logo dali. Ouvia vozes e as pessoas começavam a entrar, as empregadas animadas pois iriam se divertir na cidade como de costume e só voltar na segunda cedo. O barco já ia começar a andar e ela já estava completamente feliz e sorrindo pra si. Quando de repente o compartimento que estava abriu e dois homens seguravam ela cada um de um lado e levaram até a casa onde Armando aguardava com um sorriso nos lábios.

-Achou mesmo que travesseiros na cama iriam enganar? Pensei que fosse menos amadora. Eu sabia o tempo todo, só esperei pra te dar o gostinho e você se tocar que daqui não há como fugir. Tá vigiada de todos os lados boba.

Ela o olha com raiva e vai pra o quarto possessa. Luiz logo entra no quarto.

-Veio rir de mim também?

-Não, saber se está bem. Anahí achou mesmo que seria fácil fugir daqui? Porque acha que ele deixa você andar livre na praia. Por ter certeza que você não irá sair daqui.

-Que inferno! - Ela põe a mão no rosto desolada e Luiz se aproxima fazendo carinho em seus cabelos.

-Eu quero vê meus filhos, o meu amor, minha família. Eu odeio esse lugar, odeio vocês.

-Se quiser ele pega os meninos você sabe.

Ela o olha com ódio- Eu nunca vou trazer meus filhos pra esse inferno!

Ela levanta se afastando dele - Dá pra me deixar sozinha?

Ele assente e se vai ela fica triste jogada na cama o resto do dia e jurando pra si mesma que sairá dali.

Já no México, Torres trás as últimas atualizações pra Poncho.

-Descobri que tanto o advogado, quanto a clínica de reabilitação foi paga por seu pai, quer dizer pelo senhor Armando, e que a Luíza tentou matar sua mãe por ciúmes. Ela e Armando tiveram um caso, contatei uma das ex companheiras de cela da Luíza e ela afirmou que a amiga dizia ter um filho com Armando.

Adriano aperta o ombro do filho e diz: - Então as viagens pra Guadalajara eram pra encontrar essa mulher.

-Ao que parece sim, ele comprou uma casa no nome dela em Guadalajara há exatos 22 anos atrás. O filho Luiz tinha 6 anos e ela estava na cadeia. Quem viveu lá até ela voltar quando o menino tinha 12 anos foi a avó e garoto.

-Como nunca desconfiei que meu irmão tinha outro filho. Na verdade único agora sabemos.

-Então esse desgraçado do Luiz é meu primo e filho do miserável. Eu não tenho dúvidas que ele tá vivo.

-Muito menos eu, meu irmão é envolvido com o narco, compra polícia, certamente aqueles policiais e o detetive no dia de sua suposta morte eram todos comprados e forjaram tudo. Por isso, fugiram aos protocolos aquele dia.

-Mas a Dulce e o Carlos também fizeram encenação?

Duvido filho, acho que atiraram e realmente acharam que o mataram.

-Bom de qualquer forma eu como detetive, os aconselho a contratarem seguranças.

-É o que faremos e também avisaremos aos nossos amigos. Por favor, sua equipe achem onde levaram minha mulher.

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