CAPÍTULO DEZENOVE

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Três dias se passam e Poncho finalmente consegue voltar pra casa, ele deu esse tempo pra se acalmar e conseguir ser frio com o pai, Armando o recebe feliz da vida e ele respira ao máximo pra aguentar seu abraço e cumprimento. Anahí se surpreende ao vê-lo de volta no jantar. Ele não havia contado que voltaria. Armando não parou de falar à noite toda e ele fingiu interesse. Do nada começou à falar de política e dizer que já vai iniciar sua campanha pra presidência, e solta que quer inserir Poncho na política, é seu filho e herdeiro, portanto quer passar seu legado. Poncho e Anahí o encaram e ele segue falando.

-Filho, tenho ideias ótimas pra você, inclusive o partido se interessou pelo seu perfil, jovem, empreendedor, estudado, meu filho, capa de revista de economia e etc. Não fugiu ao meu legado em nada. Enfim, tem meu sangue- Ele fala todo orgulhoso e Poncho engole em seco e se auto repreende mentalmente ser como ele. - Tenho reunião com o partido por esses dias e vou citar seu nome.

Poncho o encara e fala calmamente- Então era essa a urgência para minha volta papai? - Sorri falsamente.

-A urgência sim, porque precisamos fazer trâmites, você se afiliar, começar à ser colocado em evidência, por isso te quis acompanhado Anahí em eventos.

-Então se eu aceitar eu terei que fazer média na mídia, aparecer em eventos e consequentemente precisar de Anahí para isso?

-Sim, basicamente filho. Olha eu sei, que não se dão muito bem, mas as pessoas não precisam saber disso.

-Eu aceito!

Anahí o olha incrédula e ele ignora seu olhar e continua a falar com o pai.

-Me interessei, imagina eu mandando em uma cidade, ou estado, um dia na presidência? - Ele fala fingindo animação e deslumbre pelo poder, Armando fica em êxtase.

-Enfim, é meu filho. Ainda vamos conversar muito filhão. Agora me desculpem, mas tenho negócios à tratar, até mais. - Ele dá um selinho em Anahi que fica enojada, Poncho se vira porque a vontade era de tirar perto dela e aperta sua própria mão deixando vermelha por conta das unhas. Armando se vai e Anahí se levanta irritada. Ele logo vai atrás dela.

-Espera Anahí.

-Pra quê? Pra continuar falando da maravilha em se tornar um corrupto igual ao seu pai? Sabe quem financia essa merda de campanha dele? O tráfico. Sabe por quê? Porque ele e seus amiguinhos simplesmente liberam tudo pra esses bandidos, é uma grande troca de favores. Troca essa que acaba matando um monte de gente, pobres pra ser mais específica. Ah, mas você não se importa né? Porque quer é ser o poderoso. Você não é diferente dele.

-Você entendeu tudo errado meu amor. - Os dois se entreolham, Anahí estava mais alta, pois estava degraus acima, estava visivelmente irritada.

-Entendi errado? Ata.

-Deixa eu te explicar, mas antes, é melhor sairmos do meio da escada, alguém pode nos escutar.

-Ok, vamos ao escritório.

-Caramba como você fica ainda mais gostosa irritada.

-Nem comece com suas gracinhas, se não, nem te escuto.

-Prometo me comportar.

Anahí e ele vão até o escritório do fundo e Poncho sorri maliciosamente ao entrar no local.

-Amei a escolha do lugar, pois enquanto te conto eu fico vendo todo o redor- Ele a puxa e começa a sussurrar em seu ouvido- Fico recordando dá última vez aqui dentro, de como te fodi naquela mesa, caramba, só em falar meu pau já tá duro.

Anahí tira todo o auto controle de dentro dela e o afasta- Você prometeu se comportar e isso não inclui me tocar e ficar falando pornografias.

-Desculpa- Ele levanta as mãos e fala frustrado.

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