8° capítulo

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Letícia

Quando cheguei perto do carro, vi que não era minha mãe, mas sabia que tinha possibilidade dela não vir, porque iria trabalhar.

Ela disse que quem viria me buscar provavelmente era o terrorista, gato pra cassete inclusive.

Ela tinha mandado uma foto dele, e nossa senhora, Deus abençoou essa perfeição.

Dei tchau para as meninas, mais uma vez.

Lelê: Aí madrinha vou sentir tanto a sua falta- falei abraçando ela já com lágrimas nos olhos.

Fernanda: Eu também meu amor, me liga tuda vez que tiver tempo pra me contar tudo viu? Se precisar de mim me liga que eu vou correndo te ajudar- falou e eu concordei.

Lelê: Fala pro meu padrinho que eu amo ele tá? E é pra vcs irem lá me ver viu?- falei e ela assentiu me abraçando.

Fui abraçar a Helô e ela tava morrendo de tanto chorar.

Lelê: Desconheço alguém mais chorona que você parça- falei e ela riu entre o soluço.

Helô: Promete não perder contato com a gente? Eu te amo demais amiga, meu irmão é um cuzão filho da puta- falou e eu concordei mais com a última parte do que tudo.

Lelê: Sim, ele foi mas a vida ensina amiga, prometo sempre que der marcar alguma coisa pra gente se ver- falei e ela concordou me abraçando.

Abracei os meninos.

Lelê: Cuida da Helô pra mim, por favor seu chefe é um filho da puta, mas ela tem um coração enorme e eu não quero que nada de ruim aconteça com ela- falei no ouvido do PL e ele concordou.

PL: Se cuida lá em maluca- falou quando eu já estava entrando no carro.

Eu ri e entrei no carro.

Terrorista: Vamos?- falou e eu concordei.

Ele saiu com o carro e eu não olhei para trás, não quero parecer clichê.

Limpei minhas lágrimas e fiquei vendo a paisagem passar.

Ainda não caiu a fixa de tudo, acho que nunca vou me acostumar com isso.

Nós tinhamos tudo pra dar certo, mas ele quis do jeito difícil.

Sai dos meus pensamentos com o terrorista falando comigo.

Terrorista: Já está sentindo saudades ?- falou puxando assunto.

Lelê: Pra falar a verdade não sei, tô me sentindo aliviada de ter saído de lá, mas ao mesmo tempo queria continuar lá.- falei meio pensativa.

De fato não queria ir embora de lá, mas também não aguentava ficar mais lá.

Terrorista: Então porque não fica? Vai ficar se martirizando aí pô- falou e eu ri fraco e neguei.

Lelê: Eu não era mais feliz ali, não do jeito que eu estava vivendo- falei mais pra mim do que pra ele.

Terrorista: Eu tô ligado no que aconteceu contigo e pá, mas assim pô o melhor a se fazer é superar e seguir em frente- falou e eu neguei.

Lelê: Como supera alguém que vc amou tanto ao ponto de virar as costas para sua família, só por ele e simplesmente, por conta de uma mulher ele joga tudo par ao alto?- falei já com lágrimas nos olhos.

Eu precisava desabafar com alguém, s então uma hora ou outra eu iria explodir.

Terrorista: Mano assim- falou e parou pra pensar um pouco- se você se ama mais do que qualquer pessoa, você vai parar e perceber que não vale a pena se dedicar a uma pessoa que não quer nada contigo- falou e eu suspirei ouvindo ele.

Lelê: E oque acontece se no caso você ama mais a pessoa do que a si mesmo ? - falei limpando minhas lágrimas e ele me olhou e depois voltou a olhar para a rua.

Terrorista: Aprenda a se amar, antes de qualquer coisa e qualquer pessoa- falou e eu olhei pra ele.

Lelê: Eu não seu oque fazer da minha vida sabe ? Eu ainda amo ele demais e vai ser difícil supera-lo e começar a me amar- falei sendo sincera.

Eu amo o Luan mais que tudo.

Terrorista: Deixa tudo fluir naturalmente, o universo vai tirar ele da sua vida sem você nem perceber, tente só cuidar de si mesma, viva pro si mesma e pra si mesma.- falou e eu dei um sorriso leve.

Ele tá me fazendo abrir um pouco mais a minha mente.

Terrorista: Tô ligado que a história de vocês não vem de hoje, mas tenta sei lá mudar um pouco, não tô falando pra vc sair por aí pegando tudo mundo e pá- falou e riu um pouco- mas conheça gente nova, faça amizade novas, comece a curtir coisas que você não curtia antes, muda o seu jeito, se quiser é claro- ele disse e foi falando e falando mais e mais e eu prestando atenção nele e em tudo oque ele me dizia.

Esse menino é bandido mesmo ?

Ficamos conversando o caminho todo, sinceramente gostei dele, ele não é o típico bandido, chato e arrogante.

Ele sabe conversar, ouvir e entender.

Isso é bom demais!

E essa conversa era tudo que eu precisava, pra abrir minha mente e acalmar meu coração.

Cheguei em casa ele me ajudou a colocar as malas pra dentro e foi para a boca.

Comecei a passar pano pela casa, quando fui ver, já estava tudo arrumado e no seu bendito lugar.

Gosto da coisas tudo no seu bendito lugar, tudo arrumadinho.

Isso trás paz para minha alma.

Uma ótima terapia.

Tomei um banho e deitei pra dormir um pouco, alem do dia ter sido cansativo, eu acordei cedo demais.

Deitei na cama e capotei.

Nosso Santo Se Bate (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora