32° capítulo.

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Letícia

Acordei mas juro que não queria, passou uma semana, desde todo o ocorrido e os dias estão indo de mal a pior.

Já tinha ido pra minha casa, me sentia incomodada na casa da minha mãe, era anos sem morar com ela e não iria me acostumar em um dia morando com ela.

Mas te falar? Tô nem conseguindo fazer nada aqui, não consegui ir no hospital ver o Fernando, sei lá sabe? Eu só não consigo nem sair de casa.

Mas decidi que iria hoje ver ele, precisava ver ele de perto, sentir ele, sei que ele está em coma, mas preciso ver ele.

Sim em coma , quando recebi essa notícia do castanha, chorei horrores, mas Deus sabe oque faz, oro todo dia para ele sair daquele hospital.

Ele e muito novo, tem muitas coisas boas para viver ainda. Tenho fé que ele vai sair de la.

Dois dias aqui no morro os polícias invadiram, mas não deu em nada aja que os meninos estavam tudo preparado, é carregamento chegando de dois em dois dias, guerra tendo por saberem que o Terrorista está mal.

Alguns até julgam que ele está morto, ninguém se pronunciou, mas a todo tempo tem policiais em vários hospitais procurando por ele.

Ele está em um hospital particular, pagaram uma conta autissima só pra ele ficar lá e melhorar, o Comando vermelho tá bancando tudo lá, sei que quando ele sair vai ter várias dúvidas com os mesmos.

Mas pelo menos eu sei que estão cuidando bem do meu menino.

Levantei da minha cama, tomei um banho, sai coloquei uma calça branca e um cropped cinza com listras brancas, coloquei um tênis branco e arrumei meu cabelo.

Sai de casa com os meus pertences e fui descendo o morro. Muita gente me olhava, uns falavam comigo, outros me olhavam torto, outros estavam fofocando sobre mim.

Ignorei todos os comentários e segui meu rumo, sai da favela e fui para ao ponto de ônibus, assim que o mesmo chegou, entrei e me sentei.

Tava maior trânsito, estava olhando pela janela e começou a chover, fiquei pensando em tudo que se passou na minha vida e toda suas coisas que eu fiz.

Logo vi umas luzes vermelhas e azuis quando percebi era enquadro dos policiais, estavam parando vários carros e revistando.

Falei tá tudo uma merda, eles acham que o Terrorista está bem e está tentando fugir para outro estado ou país sei lá.

Isso me dava um ódio, porque querendo ou não atrapalha a vida de trabalhadores, as vezes a pessoa está atrasada pra Air trabalhar e vai e é parada por esses vermes, vão se foder mano.

Cheguei no hospital quase duas horas depois, assim que entrei já fui direto na recepção.

Recepcionista:Boa tarde, como posso ajudar? - perguntou assim que me aproximei.

Lelê: Boa tarde, vim visitar o Fernando Souza- falei e ela olhou no sistema.

Tinha Oi urra recepcionista atendendo um menino ao meu lado e quando eu falei o nome do Terrorista ele me olhou de cima a baixo.

Nosso Santo Se Bate (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora