57° capítulo

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Letícia

Acordei com o LN me chamando.

LN: Ae vida acorda- falou mexendo em mim, me virei e continuei dormindo.

Virei meu rosto para o outro lado e fui pegando no sono, até que ele mexeu comigo de novo.

LN: Letícia pô, já deu a pernoite, vamo embora, o menor tá esperando a gente na minha coroa pô- falou e eu respirei fundo.

Lelê: Me deixa Luan, que saco!- falei e me virei na cama.

- Luan? Cê tá me tirando? Tá sentindo falta daquele pau no cu? - falou e eu fiquei meia hora pra reconhecer a voz.

Quando percebi oque eu fiz, levantei e dei de cara com o Terrorista.

Lelê: Amor, eu....- ele nem deixou eu falar nada e virou as costas pra mim.

Terrorista: Levanta que daqui a pouco vamo brotar- falou indo para outro lugar do quarto.

Lelê: Vida, pera, eu não falei por mal, eu juro, não sei oque me deu- falei e ele nem me olhou.

Terrorista: Vai tomar teu banho, já paguei tudo e a gente só tem mais uma hora aqui- falou e eu olhei pra ele.

Lelê: Fernando olha aqui pra mim- pedi e ele nem se abalou.

Pegou o celular e ficou mexendo.

Lelê: Vida, olha aqui, é sério meu- falei e ele me ignorou- amor! Eu juro- falei e ele me olhou de cara fechada.

Terrorista: Vai tomar teu banho que a gente tem que ir embora- falou todo grosso e eu fui.

Nem rendi mais assunto, até porque eu tô errada.

Tomei meu banho pensando no que aconteceu. Não estava entendo o porquê eu chamei ele de Luan?¿?¿

Ai meu Deus, eu tô fodida.

Sai do banheiro já trocada, penteei meu cabelo e fui colocar meu chinelo.

Guardei minhas coisas na minha bolsa e olhei pra ele.

Lelê: Não vai falar comigo?- perguntei e ele me olhou com uma cara nada boa.

Terrorista: Não vou falar nada pra não falar besteira- falou e eu fiquei morrendo e vontade de chorar- já tá pronta?- perguntou e eu concordei.

Lelê: Você já arrumou suas coisas?- perguntei e ele concordou se levantando.

Ele olhou o quarto todo pra ver se a gente não tinha esquecido nada, e depois saímos de lá.

Ele entregou a chave na recepção e fomos para o carro.

Ele ligou o carro e saiu de lá em alta velocidade.

Lelê: Amor eu sei que eu tô errada, mas eu juro que eu não sei o porquê eu chamei você de...- ia falar e ele já veio me cortando.

Terrorista: Letícia já disse, não quero falar agora, tenta me escutar mano!- falou e eu concordei quase chorando.

Lelê: Eu só tô tentando te falar que não foi por mal meu, não precisa me tratar assim!- falei e limpei as lágrimas que caiam.

Terrorista: E tu quer que eu faço oque? Dou risada e finjo que nada aconteceu? A para mano- falou bravo.

Lelê: Tá bom, mas me escuta meu, eu juro que não sei o porquê- falei e ele negou respirando fundo.

Terrorista: Tu sabe que desde antes dele morrer ou dele fazer oque for contigo eu já não gostava do cara mano, aí tu acorda já chamando ele, a para mano quer que eu fique como? Sai dessas Letícia- falou bravo e eu só sabia chorar.

Não sabia oque dizer, eu sabia o tamanho da raiva que Fernando tinha pelo Luan.

Terrorista: O mano, o cara nem morto sai da sua cabeça, para com isso mano- falou cheio de raiva.

Lelê: Amor me escuta, eu não sei o porquê disso meu Deus- falei limpando minhas lágrimas e olhando pra ele.

Terrorista: Pode pá, é oque você quiser- falou e acelerou mais o carro.

Lelê: Para Fernando! Independente de tudo, a gente tem um filho que depende de nós dois, quer se matar? Se mata sozinho!- falei segurando o volante.

Terrorista: Quer que eu morra também?- falou e riu de lado- pode pá pô tá certinha você- falou e continuou na mesma velocidade.

Lelê: FERNANDO!!- gritei com ele e ele repsiriu fundo- Para pelo amor de Deus- falei chorando horrores.

Na hora ele passou o sinal vermelho e um carro passou com tudo por nós. Por sorte não bateu.

Lelê: MEU DEUS, VOCÊ QUER MATAR A GENTE?- falei e comecei a chorar de desespero.

Ele não parava de jeito nenhum, olhei pra ele e ele tava com uma cara que eu não conseguia decifrar.

Nunca vi ele tão transtornado assim.

Lelê: Amor por favor, para com isso, você tá me assustando meu- falei e ele nem se abalou.

Ele não parava e a velocidade só aumentava. Tava ficando desesperada.

Peguei o freio de mão e puxei com força, na mesma hora o carro parou, fiquei com medo dele capotar e coloquei minha mão no rosto.

Nosso Santo Se Bate (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora