24° capítulo.

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Letícia

Acordei com uma puta dor de cabeça e uma ressaca do caralho.

Vai vagabunda beber até não se entrar de nada.

Porque é isso que tá acontecendo, a última lembrança que eu tenho é de estar conversando com o terrorista no camarote e a Helô me chamando pra gente descer.

Depois disso não sei mais de nada.

Olhei pro terrorista e ele tava sem blusa, respirei fundo e fui me virar de vagar pra não acordar ele.

A cara de morto tava exposta, mesmo ele dormindo.

Na hora que eu tava virando reparei que eu estava sem roupa, olhei pra ele debaixo das cobertas e ele também estava.

Aí meu caralho.

Lelê: Aí meu Deus do ceu- eu falei e fiquei umas meia hora tentando raciocinar onde estava as nossas roupas e porque a gente tava pelado.

Aí caiu minha ficha.

Lelê: puta que pariu, terrorista- falei mexendo ele, e ele nem se abalou- Terrorista acorda caralho- falei e ele resmungou mais nem abriu os olhos.

Como tudo isso aconteceu? 

Lelê: Fernando porra acorda- falei alto e ele levantou no susto.

Terrorista: De qual foi Letícia tá maluka mano? - falou de cara fechada- acorda os outros direito mano, quase morri de susto pô- falou e colocou a mão no peito.

Lelê: Eu também- falei e sorri sem mostrar os dentes e ele ficou sem entender- a gente dormiu junto- falei e ele fez careta.

Terrorista: Que que tem? Tu sempre me chama pra dormir contigo- falou e eu suspirei.

Lelê: Mas hoje foi em outro sentido- falei e ele franziu o cenho e olhou pro corpo dele debaixo das cobertas.

Terrorista: Puta merda- falou e passou a mão na cabeça.

Lelê: Tu lembra de alguma coisa que aconteceu? Porque eu não tô lembrando de nada- falei e ele me olhou.

Terrorista: A última coisa que eu lembro é da gente virando umas garrafas de whisky- falou e eu passo a mão no rosto.

Lelê: Tecnicamente se a gente não lembra, a gente não fez né?- falei e ele riu sem graça.

Mano eu não tô entendendo nada.

Terrorista: Oque você não lembra, teu corpo mostra- falou e apontou para o meu pescoço.

Olhei pro lado e vi a camiseta dele jogada no chão peguei e coloquei no meu corpo.

Levantei e fui até a penteadeira, e meu pescoço tava todo marcado.

Lelê: Como é que eu vou aparecer assim hoje lá na casa da sua mãe?- perguntei e ele me olhou e balançou os ombros.

Terrorista: Passa maquiagem, ou sei lá mano - falou e eu me sentei do lado dele na cama.

Nosso Santo Se Bate (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora