53° capítulo.

5.5K 269 50
                                    

Terrorista

Letícia passou tres dias no hospital e já foi liberada, estamos em casa.

Graças a Deus o Deryck é uma criança tranquila, minha mãe falava que ele iria passar a madrugada acordado, chorar o dia inteiro, a gente não ia poder fazer nada.

E te falar? Não tô fazendo porque não quero, ele nem acorda de madrugada, no máximo é às seis da manhã e é pra mamar, aí mamou e dormiu.

Igual a mãe dele né?

Mais papo sério? Esses dias estão sendo os melhores da minha vida, cada dia que passa é uma nova experiência.

É um bagulho doido a vida de pai.

Tô em casa pra ajudar a Letícia com ele e as coisas de casa, mas essa criança nem dá trabalho mano.

Fica suave o dia inteiro, só chora pra mama e tomar banho.

E te falar? É maneirão dar banho pô, ele solta umas risadinhas linda para porra.

Não vejo a hora de ver ele gargalhando pra porra e por nada, essa fase e a melhor papo reto.

E quando ele começar a andar?

A me chamar de pai e a lelê de mãe? Noooooossa.

Não vejo a hora de ver o crescimento dele, ver ele grandão já correndo pra lá e pra cá a todo momento.

É um bagulho muito louco, saber que a cada dia que passa ele cresce mais e fica cada vê mais esperto.

Mal nasceu e já tomou meu coração todo.

Papo reto? Tem as vezes que eu nem acho que eu sou bandido pô.

Caralho, ser pai é um sentimento inexplicável!

Ainda não deixamos o povo vir visitar, ele só tem dias e é muito pequeno pra ficar vindo várias pessoas aqui.

Muitos já chamaram a gente de chatos e pá, mas seis ligaram? Poisé nem nós.

Não acho certo meu filho ficar exposto por aí com poucos dias de vida, sou bandido e vai saber a maldade do ser humano?

Hãm confio não pô.

Lelê: Tá acordado ainda porque? Às seis ele acorda e tu vai ficar reclamando que tem que levantar- falou me abraçando na cama.

Terrorista: Tô na maior vontade de foder, mas tu ainda não pode- falei e ela riu.

Lelê: Ja não basta os boquete?- falou e eu neguei sem ela ver.

Terrorista: É totalmente diferente de você sentando devagarinho pra me enlouquecer- falei e ela riu e deu um beijo no meu peito.

Lelê: Logo, logo esse resguardo passa, e aí a gente vai para um motel aproveitar tá?- falou e eu fiz careta.

Terrorista: Pra que motel? Vamo aqui em casa mermo- falei e ela negou.

Lelê: Tu vai ficar um bom tempo só na mão e com a minha boca, quando essa tempo passar tem que aproveitar da melhor forma, e outra eu acho que a gente nunca chegou a ir em um motel- falou e eu parei pra pensar.

Nosso Santo Se Bate (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora