Desejos Verdadeiros

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Capítulo editado e corrigido por: @dayandrann






 Louis levou algum tempo relativamente longo até que estivesse em condições de voltar a emitir sons compreensíveis que não os soluços baixos. Ele estava sentado em meio aos lençóis quentes, afundado entre as pernas abertas do alpha, que nesse momento parecia extremamente nervoso em assisti-lo em um estado tão chateado.

Louis respirou fundo, ciente de já deveriam ser por volta de meia-noite e que eles teriam algum problema para acordar cedo se não dormissem em breve. Mas, no momento, tudo em que sua mente conseguia focar eram nas informações que recebeu a pouco tempo.

- Um lúpus... - Ele sussurrou mais uma vez, não importando o quanto repetisse tal palavra, sempre parecia estranho em pronunciar. - Um felino lúpus de Maine Coon.

- Sei que parece estranho-

- É totalmente estranho! - O felino rebateu, erguendo o rosto para olhar diretamente nos olhos verdes. - Até algumas horas atrás tudo que eu sabia sobre lupinos se resumia ao que todo mundo sabe, ao que é ensinado na escola e- em nenhum momento foi explicado sobre... sobre tudo isso.

O alpha não respondeu, parecendo não ter algo suficientemente capaz de acalmá-lo sobre agora.

- Caninos podem ser lúpus se forem de raça pura, até aí eu super entenderia, mas felinos?

- Você levará um tempo até se acostumar.

- E se eu não me acostumar? E se tudo não passou de um sonho fantasioso e eu não ter realmente escutado sobre a pureza da minha família.

- Louis, sabemos que não foi apenas um sonho.

- Deve haver uma maneira de descobrir isso de forma mais segura. - Louis continuou. - Um exame sanguíneo ou algo do tipo?

- Me escuta. - Styles inclinou-se sobre o corpo pequeno, segurando-o mais próximo e tocando-o nas bochechas, olhando tão firme que Louis sentiu-se diminuído. - Você não pode apenas sair por aqui falando sobre ser um lúpus, não é assim que as coisas funcionam.

- Eu não iria fazer isso, apenas para os médicos responsáveis em realizar o procedimento do exame.

- Isso não pode acontecer, Louis. - O alpha rebateu novamente, o ômega lhe encarando confuso, virando-se em meio as pernas do maior para que pudesse avaliá-lo melhor. - Você não entendeu nada da história? Você é um felino lúpus, um ômega felino e lúpus, você tem ideia de quantos lupinos alphas estariam dispostos em... Você não é marcado, Louis, o que dará o direito por lei de ser informado a coroa sobre sua existência.

Louis tinha os lábios entreabertos em espanto. Custava-lhe acreditar que estava mesmo passando por tal coisa. Era como se de um dia para a noite ele houvesse sido arremessado para longe da realidade e agora estivesse em algum filme de terror e ação.

- Está dizendo que eu tenho que ficar escondido?

- Não exatamente, enquanto ninguém souber sobre a pureza do seu DNA, ninguém tentará encontrá-lo, é por isso que deve evitar exames do tipo. - O alpha respondeu, seus olhos tão cansados quanto sua voz rouca e baixa.

Finalmente Louis pareceu notar, havia uma cerca de névoa escura e densa em meio ao olhar do alpha, suas expressões podendo facilmente ser descritas como exaustão e culpa. Acima de tudo, culpa.

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