Turbulência em jogo

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Capítulo não corrigido




- Sua cauda, bichano. – O alpha disse quando o ômega estava prestes a fechar a porta do carro com partes de sua longa cauda de longos pelos lá dentro. Louis riu de si mesmo, puxando sua cauda rente às suas pernas quando fechou a porta, ouvindo o suave som do alarme. – Tão desatento.

- Ei! Sua cauda é maior que a de caninos mas não chega perto do tamanho da minha. – Louis resmungou com um meio sorriso, virando-se de costas para seu alpha e atrevidamente exibindo tal parte de seu corpo, deixando a cauda reta de modo que a curvatura final tocou o chão, a pelagem se espalhando ali. – Viu só? É difícil cuidar disso.

Styles se aproximou rapidamente, seus olhos escuros quando pareceram varrer todo o espaço ao redor deles no estacionamento, então trazendo o ômega para seu peito para que pudesse se reclinar sobre ele com uma mão disfarçadamente – longe do olhar de todos – deslizando por entre os pelos macios e pálidos do felino, puxando a cauda para erguer-se curva novamente, não importando-se com a respiração sôfrega e o rosto subitamente avermelhado de Louis.

- Hazz! – O felino sussurrou, os olhos crescidos em seu rosto quente. – Estamos no estacionamento...

- Não exiba sua cauda assim em público, Louis. – A voz do alpha veio lenta e baixa, sussurrada rente à sua orelha e fazendo mesmo o pescoço do felino se arrepiar. – Eu me certifico de que ninguém está olhando... embora-

Ele trouxe e levou os dedos perdidos na pelagem excessivamente clara, os olhos naturalmente omnipotentes firmes nos azuis arregalados em sua direção.

- Eu não considere de forma negativa se alguém nos visse aqui... um alpha tocando em uma parte tão íntima de seu ômega em público, em plena luz do dia... isso soa tão incorreto. – Styles mordeu o lábio do felino quando Louis deixou um sopro manhoso escapar ao sentir os dedos grandes fecharem-se na base de sua cauda e exercer ali alguma pressão. – Entretanto, bichano, eu poderia permitir que vissem isso? Sendo tão louco e possessivo, eu não conseguiria sequer imaginar, sob hipótese alguma, compartilhar as expressões que você faz quando eu toco sua cauda da maneira que eu quero... não, essas expressões são minhas.

Louis quase despencou quando o alpha se afastou, abrindo os olhos rapidamente e sentindo seu rosto queimar ainda mais com a sombra de um sorriso coberto por luxúria atravessou não só os lábios do alpha mas também o seu olhar. Ele abriu a boca, em choque.

- Ha-Harry! – Exclamou em seu lugar, sua cauda arrepiada atrás de si e seus olhos atentos na figura alta que caminhava com todo o controle do mundo sobre seus ombros. Louis se apressou, rapidamente se pondo lado a lado com o alpha conforme andavam pelo campus extremamente movimentado. – Pulguento rabugento...

- O que disse? – O alpha perguntou ao seu lado, uma de suas mãos sendo rápida em alcançar a do ômega e entrelaçar seus dedos conforme caminhavam. Sua expressão era a mesma: inexistente. Mas seus olhos atingiram algum nível de diversão quando encararam o felino.

- O mesmo de sempre, unguento feito de coentro e etc.

- É coisa de gatos mentir dessa maneira tão petulante?

- É coisa de cachorros ser tão chato? – Louis rebateu com um sorriso atrevido, o alpha enviando-lhe um sério olhar embora o ômega conseguisse observar o mínimo, pequeno, mini, sorriso no canto de seus lábios.

Louis sabia o que seu alpha estava fazendo. Desde que terminaram o café da manhã e se organizaram para a universidade ele vinha se sentindo um pouco inquieto e ansioso, afinal teria uma seleção que iria declarar se ele era ou não apto para jogar futebol pela UCL no Campeonato Esportivo Universitário daquele ano. Sentia que poderia por seu reforçado café da manhã para fora de seu estômago a qualquer momento.

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