Capítulo editado, revisado, corrigido e cobrado - especialmente cobrado - por dayandrann<3 p.s Já disse que te amo Hoje? <3 Caso eu tenha cometido tal barbaridade, saiba que eu te amo <3
- Hazz?
Louis se esgueirou pelo corredor até que finalmente estivesse diante da porta do quarto já conhecido por si. Ele sentia seu corpo trêmulo, não um tremor fácil de lidar ou já sentido em algum outro momento passado de sua vida. Era uma sensação forte, quase poderosa demais, o bastante para que seus passos tivessem sido difíceis, desequilibrados, o que o fez demorar mais do que o previsto para chegar até ali.
O motivo sendo os adultos na casa, que assim que o viram foram rápidos em mandá-lo embora, o que o deixou extremamente assustado, visto que o felino nunca havia sido tratado de forma tão séria pelos avós Styles. Ele sempre surgia no meio da tarde e, quando não o fazia, era Harry quem aparecia em sua casa. Então por que não o permitiram entrar?
Louis, por alguma razão, não aceitou facilmente.
Algo o dizia que ele precisava encontrar Harry naquele dia, que não poderia simplesmente ir embora hoje, não sem vê-lo. Ele confirmou que essa sensação, esse desejo súbito de seu interior, deveria ser mantida quando notou que algo estava errado.
Ele estava sendo mandado embora com uma mera resposta de que "Harry não está se sentindo muito bem hoje, querido, você precisa ir", e Louis ficou parado quando a porta se fechou, tendo ficado aberta apenas o suficiente para que o avô Styles lhe respondesse tal coisa por uma única brecha.
Brecha essa que havia sido mais que suficiente para que o aroma tocasse seu corpo. Havia sido por apenas dez segundos, no máximo, e Louis já sentiu o tremor se espalhar pelo seu corpo. Ele não pôde se importar menos com isso, não quando o pensamento de que Harry pudesse estar com algum problema sério lhe atormentava a mente.
Por alguma razão, Louis sempre sabia quando o mais velho precisava dele.
Não sabia como ou quando começou, mas a muito tempo ele simplesmente sentia algo no fundo de seu subconsciente, como uma voz que chama por seu nome, uma voz pertencente a Harry, ela vinha primeiro, então ele sentia em seu peito o que quer que o alpha pudesse estar sentindo, indicando o que poderia estar errado.
Ele lembra da última vez que ouviu aquela voz sussurrada e quase inaudível chamando por si, então ele sentiu algo como raiva, frustração, os sentimentos tendo o pego de surpresa, surgindo em seu peito de forma tão repentina que ele soube imediatamente que embora fosse ele quem os estivessem sentindo, tais sentimentos não lhe pertenciam.
Ele correu para Harry aquele dia, encontrando o alpha rosnando alto, olhos marejados enquanto olhava para um pequeno desastre sob seus pés. Haviam pedaços de cerâmica espalhados pelo chão, próximos ao pequeno forno que o avô Styles costumava usar para criar seus belos vasos de barro e cerâmica, também vendidos junto as lindas e saudáveis flores do campo.
Harry tinha uma linha de sangue pingando de sua palma para os dedos, dos dedos para o chão. Em algum momento, depois que Louis o havia ajudado a limpar o machucado e reclamado com o alpha em uma promessa de que estava irredutivelmente proibido de que Harry tornasse a se machucar, o pequeno Styles resmungou que estava planejando dar ao ômega um vaso feito por si próprio, como um presente de dia dos namorados, porque ele havia visto sobre esse dia em algum programa na televisão velha de uma das salas da casa de campo, imaginando que Louis gostaria daquilo e que deveria ser o alpha o primeiro a lhe dar um presente para tal data comemorativa.

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COWA
FanfictionSer um ômega nunca foi fácil em inúmeros aspectos, isso é um fato quase biologicamente comprovado ao longo dos anos, entretanto, em meio a uma sociedade canina predominante, ser um ômega felino - que representa menos de 2% da população mundial - sig...