<3<3 Capítulo revisado e corrigido por @dayandrann <3<3Leiam as notas finais.
- Ele teve um imprinting aos vinte anos, cara, deve ter sido assustador. – Zayn sussurrou ao lado de Louis, os olhos amarelados do ômega canino pairavam de maneira alarmada para as imagens que se alternavam a certo período de tempo mais a frente, onde a professora explicava cuidadosamente sobre algumas figuras importantes na história da culinária ao redor do mundo, apontando para as fotos das pessoas citadas refletidas pelo retroprojetor.
- Não acho que esse tenha sido o foco, Zayn.
- Lou, ele, tipo, teve um imprinting aos vinte anos. – O canino sussurrou de volta, um pouco alto demais, recebendo alguns olhares incomodados por parte de alguns alunos mais próximos. – Eu não imagino como isso deve ter sido.
- Para sua sorte, você é um ômega, não terá que se importar sobre isso. – Louis suspirou. – Você não sofre imprinting.
Zayn pareceu pensativo, assentindo lentamente após um curto momento, então olhando para Louis.
- Em partes você está certo.
- E qual seria a parte em que eu estou errado?
- A parte em que eu não sofreria um imprinting, você sabe que não é exatamente assim, não é?
Louis ponderou sobre aquilo, dando de ombros, querendo evitar o assunto porque sim, ele sabia, mas ele preferia ignorar. Desde pequeno – pelo que vinha se lembrando – nunca chegou a pensar verdadeiramente sobre aquilo.
Na verdade, dizer que nunca havia pensando sobre seria uma mentira, ele havia sim pensado a respeito e, agora, tinha certeza sobre tais linhas de pensamentos visto que sua memória parecia cada dia mais disposta a voltar. Ele lembrava dos sentimentos que carregou por muito tempo pela mesma pessoa.
Aquela pessoa.
Mas ele não poderia assumir a si mesmo que pensou sobre isso, não nesse momento. Não quando ele já não era uma criança ou um simples adolescente, sem entender ou sentir o peso que carregaria – provavelmente – pelo resto de sua vida, apenas por ser um humano de classe felina.
Imprinting não lhe era uma opção, não com um canino, ao menos.
Ele sequer pensava sobre a sensação de algo tão incrível acontecendo com e para com ele.
Um alpha e um ômega poderiam se tornar parceiros a qualquer momento, era algo comum e natural, os chamados relacionamentos. Um alpha e um ômega poderiam se conhecer, se gostar, poderiam se relacionar, namorar, casar, ter filhos e tudo o mais que pudesse significar que estavam ou estiveram juntos em algum momento.
Mas havia algo que apenas aconteceria se o lado mais primitivo dentro de alguém permitisse, uma escolha feita primeiramente pelo interno traço animal dentro de cada um, para só então ser medida pela racionalidade humana e voluntária que, felizmente, eles ainda tinham em seu exterior.
Louis lembra de suas aulas de história, onde em um tempo muito distante, longe da evolução atual, alphas eram dominados totalmente pelos seus instintos e, no exato momento em que o animal dentro deles, o alpha dentro deles, rosnava e reivindicava seu parceiro, o chamado imprinting, eles simplesmente o faziam conforme eram estimulados pelos próprios instintos, cegos pela necessidade inata de se unir, de possuir.
O imprinting é o único meio para que um alpha consiga marcar um ômega permanentemente.
Os caninos de um alpha – maiores e mais fortes que os de um ômega – serviam como forma de defesa, ameaça, como meio de intimidação, ou até mesmo uma disputa por território. Isso não mudou mesmo com o passar dos séculos, mesmo que na atualidade alphas não tenham que lutar por território, ainda assim, mostrar seus caninos em meio a rosnados fortes seria sua primeira ação quando se sentisse ameaçado.
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COWA
أدب الهواةSer um ômega nunca foi fácil em inúmeros aspectos, isso é um fato quase biologicamente comprovado ao longo dos anos, entretanto, em meio a uma sociedade canina predominante, ser um ômega felino - que representa menos de 2% da população mundial - sig...