Linhagem Desperta

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Capítulo não corrigido

Dedicatória: Dedico esse capítulo para um leitor bastante querido e antigo de cowa, @IvanMoreiraSilva,  feliz aniversário MUITO atrasado! Obrigado por todo o apoio para com minha obra e espero que tenha tido um aniversário maravilhoso! Sz



Louis não demorou a perceber que não haveria muitas chances de que sua irmã ou amigos fossem capazes de se aproximar adequadamente de si ou dos filhotes por algum tempo. O modo com que seu alpha parecia rugir do outro lado do cômodo evidenciava que, provavelmente, visitas não seriam negociáveis.

Após a noite com a companhia apenas dos seus pais, os filhotes precisavam receber visita médica para a continuidade dos procedimentos necessários que procedem o nascimento. Por isso, poucas horas depois do dia amanhecer e Louis sentir-se extremamente cansado dado aos últimos acontecimentos, o alpha recebeu uma mensagem que informava sobre o doutor Robert esperar poder avaliar os filhotes naquela tarde. Desde então Styles se mantinha irritadiço, e Louis apenas não sabia o que fazer.

Como ômega, era natural sentir-se recuado e amedrontado em seu pós-parto, mais do que fora durante a gestação, onde ômegas costumam desejar cada vez mais a presença dos seus alphas para sentir-se mais seguros e, consequentemente, sentir que seus filhotes estão seguros também. Com seus pequeninos lobinhos e gatinho aninhados ao seu redor, ressonando baixo entre suaves miados e ganidos manhosos, balançando suas miúdas caudas com pouca pelagem e agitando as pequeninas mãos e pés revestidos por sapatinhos de tecido e luvas, Louis não conseguia relaxar realmente com a ideia de que outro alpha estaria se aproximando em breve e tocaria em seus bebês. Como mãe ômega, ele não conseguia se sentir confortável em não ter apenas a presença do pai dos seus filhotes por perto, mas seus instintos não eram, ainda assim, capazes de fazê-lo esquecer-se da necessidade daquilo, afinal seus filhotes eram recém-nascidos e por tanto ainda haveriam muitos exames, acompanhamentos e vacinas a serem tomados.

Seu alpha, por outro lado, não parecia conseguir lidar tão bem com isso quanto Louis.

Styles já havia aromatizado seu ômega, cada um dos filhotes e todo o cômodo mesmo antes de começar a rosnar irritadamente ao provavelmente ouvir os passos que se aproximavam. A princípio Louis tentou chamar sua atenção, fazendo-o deixar de caminhar de um lado para o outro em meio aos rosnados baixos mas lascivos para sentar-se ao seu lado e permitir-se ser aromatizado pelos feromônios aromáticos de Louis, que conseguiu aliviar um pouco de toda a pressão que os instintos perigosamente aflorados do lupino estavam fazendo-o sentir... mas não fora o suficiente.

Em dado momento, Louis percebeu que haviam pessoas no corredor, aguardando atrás da porta por qualquer sinal de que pudessem entrar, provavelmente sendo expelidos pelos fortes feromônios do lupino. O felino notou a presença alheia quando percebeu o momento em que seu alpha enrijeceu ainda mais ao seu lado.

— Está tudo bem, Hazz. — Ele tentou, sussurrando baixinho quando Styles mostrou os dentes perigosamente alongados ao olhar com seus verdes escaldantes e escleras enegrecidas em direção à porta. Louis entrelaçou suas caudas juntas sobre os lençóis da cama, tocando nas bochechas pálidas do alpha e forçando-o a olhá-lo nos olhos. — Você vai estar perto de nós o tempo todo, não vai?

O alpha rosnou baixo, suas sobrancelhas se prensando como se achasse a pergunta quase ofensiva e Louis teve de rir, assentindo antes de lamber sobre o nariz do lupino, ronronando baixinho ao esfregar ambos os narizes juntos em seguida.

— Você é um alpha e papai tão protetor, amor, tenho certeza de que nossas sementinhas e eu estaremos muito seguros mesmo que uma dúzia de outros alphas entrasse aqui. — Louis disse com um olhar confiante, porque acreditava em cada palavra dita por si. Analisando a linguagem corporal do alpha, notou o modo como a rigidez em seus ombros pareceu diminuir ao menos um pouco, embora o olhar em seu rosto ainda fosse feroz. — Você vai ficar pertinho da gente o tempo todo, não vai?

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