COWA

Linhagens Reluzentes

Capítulo não corrigido

Louis não sabia dizer exatamente como estava se sentindo. Tinha plena consciência da clara expressão de choque em seu rosto, do modo com o qual até tentou falar alguma coisa, mas as letras de repente se perderam em algum lugar de sua mente, tornando impossível a união silábica que formularia palavras compreensíveis. Talvez ele estivesse ofegando de espanto e incerteza, descrente sobre o que ouviu. Talvez ele tivesse mudado de cor como um grande camaleão humano cuja a pele vermelha brilhava fluorescente em timidez. A única certeza absoluta presente naquele momento, fosse em seu interior ou no mundo externo que o cercava, eram os olhos verdes ardentes em sua direção, fixos nos seus.

Louis respirou fundo, enrolando-se um pouco mais no roupão. Umedeceu os lábios com a ponta da língua, sua cauda enrolando-se em sua própria perna em um sinal evidente de ansiedade e nervosismo.

— Você... — Começou, pigarreando um pouco dado ao som de sua voz. — está falando sobre... usar as bombinhas em mim você mesmo ou...?

Ele engoliu em seco, deixando o "ou" flutuar pelo ar em um suspense. Acontece que por mais que tentasse pensar que poderia sim ter entendido errado, ele não conseguia evitar supor o que significava estar certo no que compreendeu. Era assustador o modo com que seu corpo inteiro estremecia ao que imagens vinham em sua mente, fazendo-o queimar de forma que ele conscientemente entendia como um desejo absurdamente deleitoso que só então descobriu ter.

Porque... céus! Apenas... céus!

Seus olhos voltaram-se rapidamente para o alpha quando este se remexeu minimamente. Harry o olhava com toda sua natureza monstruosamente selvagem; olhos afiados, perigosos, naturalmente cruéis. Louis sentiu sua pele arrepiar de uma forma nova. Era como se o olhar do alpha fosse algo físico, até doloroso, mas completamente ambicionável. Percorria sua pele como um veneno doce que tinha como resultado uma morte lenta, mas possuía como efeito adverso a necessidade agonizante de consumir mais.

Louis mal havia percebido ter prendido a respiração até sentir a do alpha tocar-lhe a face, só então notando-o tão próximo. Uma grande mão cercou facilmente seu pescoço, exercendo ali alguma pressão, arrancando-lhe um ofego que pareceu ter sido sugado pelos lábios entreabertos do alpha quando este estendeu sua língua e usou-a para desenhar sobre os lábios finos do felino lentamente.

— Eu fui muito claro, ômega. Tenho certeza que sim. — O alpha sussurrou diante dos seus lábios, os olhos incendiários encarando-o diretamente e Louis mal conseguia abrir devidamente os seus agora. Suas mãos se arrastaram sobre os músculos tensos dos braços fortes dele, buscando algum lugar para se segurar ao sentir as forças se esvaírem de seu corpo. — Minha resposta, Louis... estou começando a ficar impaciente.

— Hazz... — Louis sussurrou completamente afetado, respirando puro ar picante, sentindo seus pulmões queimarem. Mordendo o lábio, atreveu-se a encarar devidamente ao alpha. — E-E se... você não gostar? — Perguntou, esfregando os dedos gelados em ansiedade contra a pele quente que recobria os músculos dos braços do alpha. — Não vai ser estranho? E-Eu posso tirar sozinho. Não quero que deixe de gostar... deles.

— Deixe-me ajuda-lo com isso. — O alpha rebateu, segurando-o cada vez mais firme conforme suas mãos se moviam para as coxas grossas, puxando-o lentamente por sobre seu colo. Louis miou completamente manhoso, o movimento em seu corpo lembrando-o da dor em seus seios pesados pelo leite que já pingava dos mamilos duros e inchados, sujando a fronte de seu roupão. — Eu consigo sentir seu incômodo, ômega... — Styles beijou-o no ombro quando finalmente o depositou sobre seu colo, a grande barriga distanciando seus troncos, mas isso não parecia o incomodar. — É meu dever como seu alpha ajudá-lo. Não concorda?