Sentimentos Decifrados

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Capítulo revisado e corrigido por: dayandrann











Louis sentia-se completamente sobrecarregado pelas sensações que o queimavam lentamente de dentro para fora, embora agora, após levar segundos longos até sua consciência se tornar pouco menos nublada pelo sono, ele pudesse confirmar que tudo o que sentia provinha de estímulos externos.

Estímulos que o fizeram ofegar antes mesmo que suas íris captassem os fragmentos de luz que deveriam vagar minimamente pelo local preenchido completamente pelo aroma que parecia ser o combustível vital para seu músculo cardíaco. Estímulos que alastraram tremores involuntários sob toda sua derme, cuja superfície experimentou o golpe lento do arrepiar. Estímulos que levaram seus músculos a se contraírem antes mesmo que sua consciência percebesse a intenção desejada de mover-se, pressionar-se e arrastar-se de encontro a causa para tudo isso.

Não era preciso abrir os olhos devidamente para averiguar. Ele sabia a partir do toque firme sob a camisa erguida em seu tronco, parecendo queimar com dígitos ásperos a pele quente de todo seu corpo, a partir da lubricidade calorosa que se espalhava com sons baixos e estalados próximos demais do local de sua rendição, a partir da rigidez grandiosa que repetia em sua coxa os movimentos que ele mesmo se atrevia a fazer contra o abdômen coberto por músculos. Ele sabia quem era exatamente a causa para tudo isso.

Com uma fraca brecha por entre seus cílios, ele esforçou-se para olhar um pouco mais abaixo de onde estava elevado com sua cabeça repousando sobre o travesseiro firme. Styles estava ali, com um braço abaixo do corpo pequeno que se movia regado à ronronos implorativos, a mão do mesmo braço sendo útil em trazê-lo mais para perto ao que estava firme em suas costas, uma das pernas grossas do ômega envolvendo o quadril do alpha, que tinha o rosto enterrado no pescoço do felino e era o responsável por cada ronronar exclamado por Louis ao que tinha a marca sensível de seu pescoço sendo chupada e mordida de maneira eroticamente lenta.

Ele podia sentir a lubricidade no short de tecido fino e agora pegajoso que usava, seu pênis dolorido gotejando por atenção conforme ele o esfregava desavergonhadamente contra os músculos rígidos do abdômen do alpha. Quando a surpresa pela situação em que se encontrava e a sufocada sensação de estar desperto sob tanta necessidade de seu corpo se acalmaram um pouco, ele fora golpeado pelo constrangimento. Não era preciso muito para entender que ele havia procurado pelo seu alpha durante o sono, seu corpo necessitado dos toques e sensações que apenas ele poderia o proporcionar.

E, aparentemente, Styles não havia se incomodado de modo algum com isso, deixando-o contornar seu corpo de forma tão deliberada e esfregar-se sem pudor contra sua pele, miando e ronronando em deleite enquanto tentava alcançar o ápice de contentamento.

Ele estava ciente, agora, de que sua pele esquentava com o constrangimento de suas ações, seus quadris antes destemidos em projetar sua pélvis para frente afim de que seu pênis fosse friccionado contra a musculatura úmida pelo pré-gozo que já ultrapassava o tecido de seu pijama, agora se detiveram em hesitação.

Talvez tenha sido isso o que delatou sua sobriedade ao alpha, ou talvez ele já estivesse ciente antes mesmo do momento em que Louis abrira os olhos. Não era importante agora, de forma alguma.

- Shh... – O alpha sussurrou, a voz rouca castigando a intenção de Louis de se afastar graças a sua timidez e condenando-a à inexistência. Os olhos verdes brilhando no escuro morno como pedraria mergulhadas em tinta fluorescente sob a luz negra. Ele olhou-o apenas o bastante para que Louis perdesse o fôlego, então lambendo um caminho perverso de sua orelha ao pescoço. – Continue, está tudo bem.

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