Capítulo 1

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Point of view Melissa Santos.
Quinta-feira.

- Bora, Relíquia. - Balanço o corpo do indivíduo que parece mais uma parede cheia de músculos, mal se mexe.

Bufo sem paciência pelos minutos que estou perdendo, jogo quase todo meu peso em cima dele balançando o mesmo.

- Vamo, cara.. - Murmuro sem força. - PUTA QUE PARIU! - Perco o restante da minha paciência dando um tapa em seu ombro. Em uma fração de segundos sinto sua mão no meu pulso me puxando, fazendo que eu passasse por cima dele e fosse parar do seu lado. Solto um gritinho assustada.

- Tá me batendo por que, tio? - Pergunta com o corpo sobre o meu prendendo minhas mãos em cima da cabeça.

Ele acha que vai me fazer medo, observo bem o seu rosto, carinha de sono, olhos quase fechados por completo e voz rouca.

- Em, Melissa? - Sua voz rouca soa pelo quarto fazendo que eu acorde do pequeno transe.

- Deu sua hora, Relíquia. - Mexo desconfortável quando sinto o gelado da sua correntinha passando de raspão sobre minha pele. - Nem era pra você ter ficado.

- Deu minha hora o escambau, vou tomar café, filhona. Tá achando o que? - Abusado. - Engraçado que quando eu tava te fodendo ninguém falou nada.

Flashes de horas atrás invadem minha mente, automaticamente junto as pernas quando sinto um formigamento entre elas.

- Licença, Relíquia. - Me mexo debaixo dele para que ele saia de cima de mim. - Agiliza o meu lado.

- Acordou com a língua bem afiada hoje, daqui a pouco faço ela voltar ao normal. - Sinto sua mão querendo entrar dentro do meu short de dormir.

A tentação é grande, mas nessa eu não cairei. Deus é mais.

- Douglas! - Falo com o resto de sanidade, sentindo ele soltar meus pulsos saindo de cima de mim.

- Já falei pra tu. - Aponta me fazendo erguer a sobrancelha. - Última vez que te aviso. - Fala com a cara fechada tombando o corpo novamente se deitando.

Sempre é assim, sempre que o chamo pelo nome ele fica "puto". Se não quisesse que eu o chamasse de Douglas, era só não ter me falado o seu nome, simples assim. Eu que não vou ficar me estressando com homem velho, não faço por mal, as vezes saí sem querer.

- Espero não te encontrar aqui quando eu sair do banho. - Deixo claro pegando minha toalha em seguida saindo do quarto.

Tomo um banho rápido para acordar e tirar o suor, já que depois do sexo eu apaguei por completo. Além do mais, já acordei atrasada e perdi bons minutos tentando acordar o indivíduo.

Volto para o quarto enrolada na toalha, encontrando quem eu achava que estaria quilômetros longe de mim deitado na minha cama enrolado no cobertor. Respiro fundo não rendendo assunto, me troco rápido de costas para ele que até no momento que entrei no quarto estava de olhos fechados.

Reviro minha necessaire na procura do corretivo não achando o mesmo, parece que quando a gente está com pressa tudo some.

- Assim tu vai quebrar os bagulho. - Ouço a voz rouca. - Tá procurando o que?

- Corretivo. - Digo procurando na minha bolsa achando um de cobertura leve, é o único que acho então vai esse mesmo. - Estou mais do que atrasada.

- Atrasada mais tá passando maquiagem? - Olho para ele através do espelho vendo ele sentado na cama me analisando

- Eu não iria precisar caso alguém não tivesse aparecido no meu apartamento três da manhã. - Falo espalhando o corretivo nas olheiras. - Assim eu não iria ficar com essas olheiras de panda. - Observo meu reflexo vendo as olheiras bem marcadas. - E muito menos atrasada.

Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora