Capítulo 46

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Point of view Douglas Gonçalves.

Após chegarmos na casa de Melissa, ficamos conversando no seu quarto e acabamos dormindo. A branquela queria comprar alguma coisa para dar para a menininha do hospital, quando ela fosse ver a tia iria entregar o presente para a garotinha.

- RELÍQUIA! - Assusto tirando o olhar da sua bunda, olhando em seu rosto. - O que você achou desse daqui?

- O quê que é isso? Parece que o urso foi atropelado e ficou sequelado. - ela solta uma risadinha devolvendo o urso drogado para a prateleira.

- Eu já falei! Eu quero esses! - um garotinho grita no meio do corredor.

- Mas fi..

- EU QUERO!

Aah se fosse comigo.

Assisto o show do moleque, no fim a mãe acaba levando os três brinquedos. Se fosse na minha época, a minha mãe faria eu engolir o brinquedo e descia o pau em mim aqui mesmo.

- Meu Deus.. - Melissa sussurra abismada.

- Se fosse comigo eu descia logo um tapão. Tá doido.. criança mimada, por isso que eu não quero ter filho.

- Nem todas crianças são mimadas.

- Mas são insuportáveis. Ô branquela, olha esse bicho aí. - aponto para uma abelha que está no alto dá prateleira.

- Aah meu Deus, que linda! Pega pra mim? - Apoio a mão esquerda na sua bunda e estico a outra pegando a pelúcia.

- Você acha que ela vai gostar? - dou de ombros.

- Não sei man, não entendo dessas coisas. Acho que essa abelha combina mais contigo, não era ela que tava te chamando de abelha?

- Ela disse que o meu nome lembrava mel, um trem assim, aí ela começou a me chamar de abelha.

- O nome pode até lembrar, mas mel mesmo é o que tu tem entre as pernas. - sussurro no seu ouvido.

Quando Melissa faz menção de falar algo, um garotinho aparece no começo no corredor chamando a nossa atenção, ele abre a boca olhando para nós, só agora percebo que ele está olhando para a minha mão na bunda de Melissa.

Melissa tira a minha mão rapidamente. Sei nem porque o moleque ficou desse jeito, daqui alguns anos é ele, ele que não conheceu a oitava maravilha ainda.

- Estamos em um loja de criança. - me repreende.

- O quê que tem? O moleque ficou assim agora, daqui uns anos ele vai tá dá mesma forma.

- Dá mesma forma pode ter certeza que não, ninguém te supera.

Solto uma risadinha que sai rouca e deixo um beijo no seu pescoço antes murmurando um gostosa.

- Sem vergonha.

- Eu sei que tu gosta. - ela sorri me olhando pelo cantinho do olho.

Não estou mais aguentando ficar nessa loja, é muita coisa colorida e sem graça, não sei como tem gente que gasta dinheiro nessas coisas, uns negócios que na cara dá pra ver que é perca de dinheiro. Diferente de mim, Melissa está empolgada olhando todos os brinquedos, parece que estou com uma criança de seis anos.

Por fim ela acaba comprando a abelha mesmo.

Entro no carro esperando ela entrar, viemos no carro do pai dela, ela foi me guiando no caminho. Estava parecendo que ia cair um temporal, falei com Melissa mas ela garrou na loja, foi só a gente pegar a pista que começou a chover. Não conheço a cidade então tudo fica pior, umas ruas cheias de buracos.

Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora