Capítulo 20

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Point of view Douglas Gonçalves.

- Vai, Relíquia, fala. - Me cutuca com o pé bebendo um pouco do seu vinho.

Maldita hora que Melissa me viu falando em outro idioma.

- Vou falar nada não. - Seguro no seu tornozelo mobilizando a sua perna.

- Por favor, o que custa, hm?

- Cê é chata pra caralho heim? Puta que pariu viu, não vai me deixar em paz até eu falar. - Ela sorri sapeca. - É claro que não vai.

- Se você falar eu paro de te encher o saco.

- Vai o meu pau, cê sempre inventa outra coisa.

- Fala, fala. - Me incentiva batendo palma. - Eu nem escutei direito quando você falou.

- Tú tem quantos anos irmão?

Passo a mão no maxilar rindo fraco, as vezes Melissa parece até uma criança.

- Quer que eu fale o que?

- Não sei, você quem sabe, sei lá, "Melissa é linda e maravilhosa". - Da de ombros como não quer nada.

- Melissa está muy deliciosa, además de pagar una buena mamada. - Levanto a taça sorrindo bebendo o restinho do líquido.

- Ai, fiquei fraca. - Se abana. - Acho que é o vinho. Porra! Que sotaque, senhor!

- Coloca a culpa do seu fogo no rabo no vinho não. - Ela ri me olhando sugestiva. - Acabou, vou falar mais nada não.

- Calma. - Franze o cenho. - Seu filho da... - Ri tentando me chutar com a perna que eu estou segurando. - Una buena mamada, Relíquia? - Sorrio apoiando o cotovelo no braço do sofá. - Não sei como ainda fico surpresa com você.

- Fala assim não Branquela, desse jeito cê me deixa chateado.

- E ainda é cínico, aí mesmo.. - Suspira aliviada quando pressiono o dedo no seu tornozelo. - Você faz uma massagem tão gostosa. - Fecha os olhos apoiado a cabeça no sofá.

- Não só a massagem.

- Você não vale nada mesmo. - Sorri. - Você quer mais vinho? - Pergunta levantando.

Nego com a cabeça, nunca fui muito chegado a vinho, bebo por beber mesmo e olhe lá.

- Aah, nem um pouquinho?

- Tá querendo me embebedar pra aproveitar de mim, né, sua safada?

- Poxa, como você descobriu? - Ri fazendo um biquinho.

- Desconfiava disso a um tempo, que tú era doida para se aproveitar de mim, precisa me embebedar não pô, vem cá que eu deixo.

- Ó, você deixou. - Aponta rindo indo para a cozinha. - Vou poder fazer de tudo?

- Não querendo me comer tá de boa.

Melissa solta uma risada alta parando no meio do caminho segurando o litro de vinho.

- Aah, por que não? Essa era a minha intenção, nem uma rapidinha? - Pergunta pegando a taça na mesinha.

Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora