Capítulo 3

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Point of view Melissa Santos.
Domingo.

Mesmo de olhos fechados sinto que tudo está rodando, esfrego os olhos me espreguiçando na cama. Sinto um cheiro diferente, diferente do que estou acostumada sentir ao acordar, um perfume forte e gostoso. Eu conheço esse cheiro.. Relíquia!

Sento na cama rápido abrindo os olhos com tudo, coloco a mão na cabeça ao sentir uma fisgada quando sou atingida pela iluminação e solto um gemido de dor. Tampo os olhos e pisco algumas vezes acostumando com a claridade. Olho ao meu arredor, mesmo sabendo, tenho a confirmação que não estou em casa.

Como eu vim parar aqui? Tento puxar na memória alguma coisa da noite passada, mas tudo que eu consigo lembrar são de borrões, como se aquilo tudo que eu vivi tivesse sido excluído da minha mente.

Observo o quarto lembrando que já estive aqui com Relíquia, se eu me recordo umas duas vezes.

Olho pra baixo conferindo as minhas roupas, estou vestindo apenas uma camisa masculina. Meu Deus! Eu não posso ter transado bêbada, e seu não tiver usado camisinha? Porra, Melissa! Merda, merda!

Olho o meu arredor encontrando uma porta o que julgo ser o banheiro, não me lembro direito, as vezes que vim aqui estava de noite e nunca prestei atenção, já que estava ocupada com outras coisas.

Eu preciso de uma água gelada no rosto para poder raciocinar melhor. Tiro os cílios postiços e colo na cabeceira da cama. Levanto sentido os meus pés doloridos pelo salto da noite anterior ao entrar em contato com o chão frio, entro na porta acertando o banheiro. Encontro um sabonete na pia, molho o sabonete fazendo espuma espalhando pelo meu rosto. Tiro o máximo de maquiagem que consigo, os resíduos vão sair só com demaquilante. Seco o rosto na toalhinha branca e encaro o meu reflexo agora limpo.

Pego a pasta de dente e passo no dedo, deixo ela do lado da escova de dente que tem. Escovo meu dente com o dedo mesmo.

Apoio na pia tentando lembrar de tudo que aconteceu ontem.

- Merda! - Esbravejo não conseguindo lembrar de nada.

Prendo o cabelo no topo da cabeça em um coque. Respiro fundo saindo do banheiro, tomo um susto quando vejo Relíquia descarregando a arma, bato conta a parede por causa do susto, hoje não é o meu dia mesmo.

- Bom dia. - Limpo a garganta e sento na cama.

- Até que enfim a bela adormecida acordou. - Deixa a arma sobre a cômoda e me olha. - O quê que tá pegando?

- Relíquia, como eu vim parar aqui? - Sou breve, falo com calma mas por dentro estou surtando.

Ele ri passando a mão no maxilar.

- Tu não se lembra não? - Nego. - Porra, desse jeito fico até chateado, pô.

- É sério, Relíquia! - Passo a mão no rosto impaciente. - A gente transou?

- Transar é uma palavra muito fraca para o que fizemos ontem a noite, teu pescoço tá todo marcado aí ó. - Aponta - Tu deu teu nome ontem, heim? Se louco.

- Meu Deus, eu não acredito que fiz isso. - Nego passando a mão no pescoço.

- Pois é, branquela, pode começar acreditar. - Dobra o braço deitando em cima. - Qual foi, Melissa? Vai ficar assim mesmo? Agora não adianta não caraí.

Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora