Capítulo 50

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Como havia dito no meu perfil, hoje terá maratona. Peço carinhosamente que deixem o votinho de vocês, não ficou uma maratona grande porque estou com o tempo corrido. Mas enfim, espero que gostem dessa mini maratona. É simples mas é de coração. Uma boa leitura a todos.❤️

Maratona 1/4.

Point of view Douglas Gonçalves.

Saio do carro e encosto no capô, passo a mão por baixo da blusa conferindo a arma na cintura. Hoje marquei com o informante que tenho dentro da federal, Gafanhoto disse que ele queria trocar uma ideia pessoalmente. Estou sozinho, até porque o assunto diz respeito a mim, caso ele estiver pensando em planejar algo ele vai junto, ele sabe disso.

Cruzo os braços quando vejo o carro preto entrar no estacionamento, que já foi de um mercado, mas hoje em dia é abandonado. Não demora para o homem de cerca de 1,70 sair do carro, ele ajeita a gola da jaqueta preta e caminha os poucos passos de distância.

- Bom te ver. - diz assim que para na minha frente estendendo a mão para mim. Encaro o fundo dos seus olhos e pego na sua mão em um aperto.

- Ainda não posso dizer o mesmo. Disseram que você queria me encontrar pessoalmente, aqui estou eu.

- O circulo está começando a se fechar, Guardia está em cima do comandante da operação. Eles sabem que quem está aqui, está agindo dentro de uma favela. Se pressionarem mais um pouco, eles vão atirar para todo lado.

Sain, o homem em minha frente é um federal, que está trabalhando junto de Pavanelli. Em troca de informações e se ele agir corretamente, logo, logo ele quem vai estar no comando da federal. Para ele conseguir, ele precisa de mim. Nada melhor do que você se aliar com os seus inimigos, nesse jogo estamos jogando juntos, mas de lados diferentes.

Para muitos que estão do lado de fora isso seria fácil, muitos acham que seria apenas consumir com o comandante e pronto, mas a situação aqui é bem mais lá embaixo. Como dizem, toda ação tem a sua reação, nesse caso não seria diferente.

- Quero que me coloque lá dentro.

Sain franze o cenho e tomba a cabeça um pouco para o lado me analisando, provavelmente procurado rastro de brincadeira. Creio que ele tenha esquecido que aqui não estou para brincadeira.

- Você está doido? - ri coçando o queixo. Riu igual a ele, como se estivesse achando graça.

- Hora de provar a sua lealdade, Sain. - sorrio forçado.

- Provar minha lealdade? Se eu quisesse ter te entregado eu já teria feito isso faz tempo, isso já é uma grande prova, não acha?

- Hm.. - finjo pensar balançando a cabeça. - Não. Além do mais, você não me entregou porque sabe o que aconteceria. Pensa comigo, você vai acabar saindo ganhando nisso tudo, não acha? Vamo colocar na ponta do dedo. Dinheiro. - estico um dedo. - Respeito dos demais da sua corporação. - estico outro. - Vai ganhar o que mais quer, o comando da federal. - estico mais um. - Aah, já estava esquecendo. Último não menos importante. - estico mais dois dedos ficando com a mão aberta. - A minha família.. como aliada. Isso são motivos demais para você provar a sua lealdade, não acha? - repito a sua pergunta.

Sain passa as mãos no cabelo curto parando atrás da nuca. O único que sairia perdendo nesse jogo é ele, e ele sabe disso. O mesmo balança a cabeça depois de um longo suspiro.

Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora