Capítulo 52

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Maratona 3/4.

Point of view Douglas Gonçalves.

Batuco a ponta dos dedos no joelho ouvindo atentamente a pessoa do outro lado da ligação.

- No, todo a su debido tiempo. Ya estoy haciendo mi parte, irme de aquí está fuera de discusión. - falo para o homem que está milhares de quilômetros de mim.
(Não, tudo no seu devido tempo. Já estou fazendo minha parte, sair daqui está fora de cogitação.)

- Órdenes de paizão, sabes que solo confía en ti. Las cosas se complicaron, la familia necesita ayuda.
(Ordens de paizão, você sabe que só confia em você. As coisas complicaram, a família precisa de ajuda).

- Tres semanas, necesito tres semanas para arreglar las cosas aquí y salir.
(Três semanas, preciso de três semanas para consertar as coisas aqui e sair).

- Luchando por la familia hasta el final. Hermano por hermano. Los diablos prevalece en sangre.
(Lutando pela família até o fim. Irmão por irmão. Los diablos, prevalece no sangue).

- ¡Siempre! Hasta pronto hijo de puta. - desligo jogando o celular na cama.
(Sempre! Até logo filho da puta).

A família precisa de ajuda, as coisas no México não estão fáceis. Não bastando Pavanelli e a Guardiã, estamos com outros problemas. Paizão, o pai da família está preso a anos, sempre comunico com ele, mesmo de longe e com ele preso nos falamos. Faz alguns dias que ele não entra em contato, e agora recebo a ligação de um dos primos da família.

Pelo jeito as coisas não estão nada boas, ele não entrou no assunto, mas sei que é algo sério e de grande urgência, para ele me convocar sei que fui a sua última opção, o último lugar para ele recorrer, e se ele recorreu..

Cazzo!

Tenho três semanas.. Porra! Três semanas não serve pra nada.

Passo o estilete na caixa e abro, tiro de dentro a roupa forte e reforçada. O que era para eu fazer no mínimo em um mês, vou fazer em três semanas. Tempo é a última coisa que tenho, e agora cada segundo é precioso.

Troco de roupa e saio pela garagem, pego o carro preto blindado que chegou a poucas horas. Nesses momentos, os pequenos detalhes fazem diferença. Desligo o meu celular e guardo no porta-luvas, ligo o outro depois de inserir o chip novo. Deixo o celular na perna enquanto ele está ligando.

A partir de agora, tenho aproximadamente quinhentos e quatro horas. Que comece o cronômetro.

Pego a via principal pegando um pouco de trânsito. Depois de vinte minutos estou passando pela porta, entrando na toca dos ratos. Vejo todos que estão no local, com uniforme da polícia federal. Paro em frente de Pavanelli, que provavelmente, estava a minha espera, já que ele está parado no meio da sala com uma cara não muito das boas.

- Pavanelli. - não consigo conter o meu sorriso cínico. - Eu disse que nos veríamos novamente.

- Soldado, Alencar! - diz contra gosto esticando a mão para mim, pego em um aperto firme.

- Por onde começamos? - finjo interesse, fazendo parecer que ele está no comando.

Coitado, mal sabe ele.

- Estamos indo muito bem em nossa investigação, mas já que o comandante insistiu para colocar um dos soldados para ajudar. Você pode se sentar aí. - balança a mão fazendo pouco caso.

Quando Pavanelli vai continuar, um rapaz com um distintivo no pescoço para do seu lado falando algo, não consigo saber o que é, já que o rapaz falou tão baixo que Pavanelli teve que pedir para ele falar novamente. Os dois saem entrando em uma salinha, com um plástico fazendo a divisória.

Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora