Capítulo 33

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Maratona (1/3)

Point of view Melissa Santos.

- Aah não Relíquia, como eu vou com esse vestido? - Murmuro aborrecida.

Hoje como de costume vai ter baile, e o indivíduo falou comigo só agora e disse para eu ir com o vestido que saí ontem. Sei que fiquei uma completa de uma gostosa, a própria burguesa safada naquele vestido, mas vou passar vergonha indo para um baile de vestido longo social, não que eu ligue, mas é até desconfortável.

- E a maquiagem? Saí com a bolsinha de mão, não tem nada lá.

- Ó o teu leque aí. - Aponta para a cabeceira da cama que está com o meu cílios colado.

- Não tem nem cola pra colar.

- Acho que tem super bonde aqui.

Fecho a cara e ele molha os lábios querendo rir, se aproxima da cama entrando no meio das minhas pernas deitando em cima de mim.

- Ó sem cara fechada. - Segura no meu queixo virando o meu rosto para ele. - Cê complica demais parceira, é só um baile, aquelas coisa.

- Aquelas coisa. - Imito ele. - Se for pra mim passar vergonha eu passo em casa mesmo.

- Que vergonha, Melissa? Tu que fica criando coisa, aquele vestido tá bom, nem precisa de maquiagem.

- Ninguém merece ver a minha cara de morta também, a gente foi dormir tarde você viu como as minhas olheiras estão?

- Um panda pô, achei tendência.

- Agora que eu não vou mesmo. - Faço menção de levantar o tronco, mas ele segura as minhas mãos em cima da cabeça me deitando de novo rindo.

- Não é tu que fala que gosta de panda?

- Eu falo que eu gosto de gatos.

- E não é a mesma coisa?

- Aah claro que é, são a mesma coisa. - Debocho. - Me dá um panda então.. Meu Deus, o arroz! - Chuto a sua perna e ele sai de cima de mim, saio do quarto correndo para cozinha. Suspiro aliviada mexendo o arroz que por pouco não foi queimado.

Aproveitei que Relíquia saiu e resolvi fazer um arroz temperado, usei o que tinha na geladeira, resgatei coisa que eu nem sabia que tinha, a geladeira dele só tem bebida. Quando estava cozinhando ele chegou e eu me distrai esquecendo do arroz.

-  Tu coloca o bagulho no fogo e sobe lá pra cima branquela.

- E eu fui lá pra cima por causa de quem?

Ele dá de ombros pegando o pacote de nuggets no congelador.

- Me responde tu. - Vem para perto de mim ligando a panela que ele usou mais cedo para fritar o empanado. - O que cê tá fazendo?

- Arroz temperado, gosta? Resgatei o que tinha e o que não tinha na sua geladeira para fazer, só tem bebida, como alguém sobrevive desse jeito?

- Hurum, o álcool dá uma levantada tá ligada? Dá aquela alimentada no fígado. - Riu abrindo a panela, pego a colher de madeira para mexer o arroz.

- Não joga desse jeito, vai espirrar gordura em tudo.

- E tu acha que eu vou enfiar a minha mão perto dessa gordura quente?

Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora