Point of view Melissa Santos.
Quarta-feira.Meio da semana já andado, amanhã já é quinta graças ao bom Deus. Estou combinando com Heloísa o que vamos fazer nesse final de semana, estamos pensando em sair no sábado para pegar uma praia se estiver fazendo sol, ou sair a noite. Não sabemos ainda.
Tomo um gole do suco de laranja observando o movimento da rua, estou almoçando no mesmo restaurante que tenho costume, ele é só alguns minutos da clínica. Aqui tem uma varandinha com algumas mesas, sempre almoço nessa parte.
Acabo de almoçar e faço minha hora de almoço aqui mesmo. Continuo conversando com Heloísa para passar o tempo. Quando o relógio bate meio dia e quarenta e cinco, levanto para pagar a minha conta e pegar o meu rumo. Se eu quero as minhas coisinhas, tenho que trabalhar, então lá vamos nós que não só de vida boa se vive Melissa.
Sento na cadeira atrás da mesa que eu passo o dia todo. Falando nisso, comprei uma cinta para usar quando eu estiver no trabalho, para ajudar na minha postura, porque se não, vou chegar na casa dos trinta com as costas toda arrebentada, com vinte e um ela já não é boa, imagina com trinta? Deus é mais.
Passo o restante do meu dia recepcionando os pacientes, atendendo ligações e agendando horário, fora as outras pequenas coisas que Michelle me pedia.
Entro na faculdade no horário de sempre, encontrando Heloísa me esperando no primeiro corredor após a portaria. Agora estamos na quarta aula, a aula do professor que passou o trabalho fora de hora com pouco tempo para fazer, o mesmo que eu quase joguei tudo para o ar de tão exausta que eu estava no dia. Sinceramente, já estou preparada para a minha nota, o trabalho vale nove, se eu tirar quatro está de bom tamanho.
— Então, acabei de avaliar o trabalho ontem a noite. Esperava mais, já que passamos duas aulas inteiras estudando sobre, dei diversos exemplos e dicas, dicas as quais eu não encontrei.
— Não sei qual é pior, esse professor ou o Leandro. — Heloísa sussurra amarga do meu lado, seguro a risada olhando atentamente para o professor.
Esse professor e o professor Leandro, são os mais exigentes, nada para eles está bom, qualquer errinho já é motivo para eles descontar na nota. Tirar nota alta com eles é quase impossível.
O professor tira da sua posta um bolo de folhas, creio que seja os nossos trabalhos que ele imprimiu, quem pode, pode né negoh, haja dinheiro para imprimir isso tudo, xerox hoje em dia está caro, ainda mais o colorido.
Ele sai de trás da sua mesa ajeitando o óculos redondo de grau no seu rosto, começando a distribuir o trabalho de cada um, mesa por mesa.
— Não sei porque eu ainda fico nervosa. — Helô se abana quando o professor está quase chegando em nós.
— Minha ansiedade ataca.
O professor entrega primeiro a folha de Heloísa para depois entregar a minha, quero nem ver a minha nota.
— Você tirou quantos? — Olha para Helô com receio de ver o meu trabalho.
— Cinco... Achei que ia tirar menos. E você?
— Se você que é você, tirou cinco, imagina eu. — Olho para o meu trabalho sem nenhuma esperança. — Mentiraaa!! — Rio nervosa colocando a mão na boca.
— Deixa eu ver... Oitoooo? Como você conseguiu tirar oito filha da mãe?
— Nem acredito, olha isso direito, não é um três não? — Pego a folha conferindo, estava um oito bem feito no canto da folha.
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Doce Tentação
Ficțiune adolescențiMelissa Santos, uma grande mulher com opiniões fortes e dona de si. Melissa se mudou para o Rio de Janeiro, em busca de conquistar e correr atrás dos seus sonhos. Mal sabia ela que o seu destino no Rio, não fosse apenas correr atrás de seus sonhos. ...