Capítulo 47

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Point of víew Melissa Santos.

Hoje é dia de visita, o médico liberou depois de três dias. Graças a Deus a minha tia está respondendo bem aos medicamentos e não houve nenhuma complicação após a cirurgia, ela está se recuperando bem.

Alívio e felicidade é o que me define nesse momento, estou doida para poder entrar no quarto e ver ela. A tia Rafa é uma das únicas pessoas da família que eu gosto, independente de qualquer coisa ela sempre esteve ao meu lado.

Só pode entrar duas pessoas de cada vez, e por coincidência praticamente todos os parentes resolveram vir, até parece mesmo que se importam, eu não falo nada, só observo.

Uma coisa que eu não aguento é falsidade e bajulação, por isso mesmo que estou do lado de fora do hospital, deixei que os bons samaritanos a visitassem primeiro, já que eles estão tão preocupados.

Larissa está na sala de espera, vou entrar junto dela quando for a nossa vez ela vai me mandar mensagem.

- Ô caraí, fica quieta. - Relíquia segura minha cintura me mobilizando.

Falando em Relíquia, não tenho palavras para descrever a gratidão que estou sentindo no momento. Esses dias não foram fáceis, e mesmo assim ele esteve do meu lado me dando apoio, olhando assim nem parece que as vezes ele é a grosseria em pessoa.

- Aaah, tô nervosa. - solto um gritinho e encosto a minha cabeça no seu peitoral, ele ri apoiando o queixo na minha cabeça.

- Sério, se tu não falasse eu não iria perceber. Olha a agressão! - ri quando dou um soquinho no seu abdômen. - Ou, mas fala aí, tu vai levar o negócio pra garota lá?

- Vou, depois que eu visitar a minha tia eu vou lá.. você vai comigo?

- Tu tá me perguntando ou me pedindo?

- Os dois, estou te perguntando e se a resposta for não, eu estou te pedindo. - ele solta uma risada nasal.

Quando ele vai responder uma voz diferente chama a nossa atenção, viro vendo que é a mãe de Anny, ela está com uma mochila nas mãos.

- Oi, tudo bem? - sorrio me afastando de Relíquia dando um abraço nela.

Não importa se nos conhecemos a pouco tempo e conversamos pouco, gostei dela então abraço mesmo.

A mãe de Anny, que inclusive se chama Paula, disse que foi em casa pegar mais algumas peças de roupa, conversamos por cima já que ela não podia ficar muito tempo longe, se não a fugitiva Anny colocaria o hospital de cabeça para baixo. Aproveito para perguntar se teria algum problema de eu ir visitar Anny, ela diz que não e comenta que a menininha iria adorar me ver, já que ficou falando de mim o tempo inteiro.

Sorrio me despedindo de Paula que acena para Relíquia também, combinei com ela que daqui a pouco passaria lá. O horário de visita são quase os mesmos, daqui à meia hora começa a dá ala das crianças com câncer.

- E aí, você vai comigo? - Pergunto rodeando a cintura de Relíquia com os meus braços, sorrio olhando para ele.

Ele passa um braço no meu pescoço e afunda um dos dedos na minha bochecha, bato na mão dele resmungando. Ele pegou essa mania de ficar enfiando o dedo na minha covinha.

Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora