Capítulo 70¹

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Verifiquem se vocês leram o capítulo anterior, infelizmente o Wattpad não notificou todo mundo.

Boa leitura!
(...)

Não vou negar, depois de duas horas de viagem achei que Pavanelli iria atrapalhar os meus planos por não dar nenhum sinal. Já estava planejando o que fazer quando ele me ligou, me fazendo colocar o meu lado ator em ação. E agora estou eu nesse aeroporto enorme esperando pela criatura de meio metro, que até agora não deu um sinal de vida. Nesse meio tempo cheguei a dar algumas cochiladas no banco.

Quando estava cochilando acordei com uma movimentação estranha, quando fui ver tinha um velho esquisito sentado do meu lado me olhando. Eu hein, sai pra lá Jão, tomei o maior surto. Até saí de perto, se louco vai que o cara quer aproveitar do meu corpinho.

Confiro a hora no relógio quando vejo Pavanelli desembarcar, estamos dentro do tempo.

- E aí, chegou a muito tempo? Tive alguns problemas para embarcar.

- Cheguei agora mesmo, achei que eu que estava atrasado. - mal sabe ele que fiquei mofando nesse aeroporto, estava quase fazendo parte dele. Pavanelli demorou tanto que estava quase indo eu mesmo buscar ele. - Você estava eufórico demais na ligação, não entendi direito o que você me disse.

- Vamos andando, no caminho eu te conto, não podemos perder tempo. No caminho de lá pra cá arranjei um contato e aluguei um carro, todos lugares estavam fechados, foi difícil arranjar um, mas nada que eu não consiga resolver. - diz convencido. - Tem tantos carros aqui..

- Qual é a marca do carro?

- Não me lembro, sei que ele é azul.

- Você está falando daquele carro? - aponto para o carro azul chamativo, que de longe da para vê-lo. Como um animal desse arruma a porra de um carro azul para uma operação sigilosa?! Puta que pariu, é de foder mesmo. Ainda bem que não dependo dele.

Atravessamos a rua e em frente do carro tem um homem, provavelmente de onde Pavanelli alugou o carro, ele entrega a chave e Pavanell destranca o carro para que eu possa entrar, aproveito que ele está conversando com o homem e coloco o aparelho de bloquear celular debaixo do meu banco, deixando com acesso para eu ativá-lo quando for a hora certa.

- Esses mexicanos são uns ladrões! - Pavanelli reclama entrando no carro. - Paguei tudo adiantado, dei uma boa grana e eles ainda querem me cobrar por esse idiota ter trago o carro!

- Que roubo! Esses mexicanos.. - lamento negando.

Pavanelli me dá o seu celular e me fala o endereço para que eu possa colocar no GPS. E começa a me contar o que já sei, mas é claro, não deixo que ele saiba disso, então me mantenho focado na sua fala. Gafanhoto fez perfeitamente como combinamos, até eu se tivesse o nível baixo de inteligência de Pavanelli acreditaria. A foto que mandamos de Borges de costas com a minha jaqueta que está com a marca da facção encaixou perfeitamente.

Bloqueio a tela depois de ver as horas e ligo novamente para ver a foto. Vejo de plano de fundo da tela do celular Pavanelli junto da sua família, olhando assim nem parece que ele mete uma gaia fodida na mulher, deve ser complicado quando ela passa pela porta.

Não sei o que leva esses caras a trair, geralmente os que mais fazem isso tem filhos, um peso a mais para pensar quando for trair. Pavanelli, González.. todos, todos tinham uma família, mas mesmo assim isso não impediu que eles fossem infiéis. Hoje em dia é o que mais tem, ainda mais no mundo do crime, o que mais tem é cara que trai a mulher. É foda.

Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora