Capítulo 64

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Point of view Douglas Gonçalves.

- Mas eles não entraram recentemente? - pergunto sobre os novos membros da facção que estavam presentes no dia que me encontrei com Santino.

- Irmão, eles estavam direto no galpão, ninguém sabia direito o que eles tanto faziam lá. Essa cachorrada aí faz tempo. Obrigado lindinha. - Borges provoca Pérola quando ela estende a planilha para ele.

- Estava marcando o perímetro perto do presídio, essas são as quatro primeiras ruas que eles passariam. Entrei no mapa pelo notebook, aproximando mostra algumas residências, pelo o que vi a gente consegue as filmagens, caso não tiver câmera nas quatro ruas principais a gente procura a câmera mais próxima. Mas só tem um problema, como a gente vai conseguir?

- Tsc, simples. Com uma arma? - Borges olha como se fosse óbvio.

- Claro, isso mesmo, com uma arma. - bate palma e coloca a mão na cintura. - E depois a gente se ferra, porque se a polícia estiver junto de Santino já era. Não queremos chamar atenção, mas já que você insiste vamos chegar lá sacando uma arma, quer chutar a porta também?

- Ouu.. A gente tem uma ajudinha. - Martin fala chamando atenção. Olho para onde ele está olhando e nego na mesma hora.

- Ela não vai entrar nessa.

- Poderia ser Pérola, mas Melissa seria mais convincente.

- Pensa em outra coisa.

- Pensa comigo caralho, ela é estrangeira, você sabe como esse pessoal é com visitante, para eles são como celebridades. Pode ter certeza que eles não negariam a filmagem, ainda mais se ela inventar uma boa desculpa.

- Um de vocês poderiam ir junto se passando por policial, vai por mim, essa é a melhor opção. É essa ou ir na de Borges com uma arma pra cima. - Pérola completa.

- Gente, o pão de queijo já está pronto. - Melissa aparece na porta da cozinha. - O que foi? Estão me olhando assim por quê?

- Nada. - levanto indo para cozinha, ouço vozes de reclamações mas não dou confiança.

- Está tudo bem?

- Sim. - mordo o seu pão de queijo e sorrio com o seu olhar de reprovação, me afasto para pegar café quando o resto do pessoal entra na cozinha. A cozinha fica em um tremendo silêncio.

- Ok, já acabou com a palhaçada, por que vocês estão me olhando assim?!

- Pergunta pro seu homem aí. - Borges fala e Melissa me olha com a mão na cintura e ergue a sobrancelha.

- Precisamos da sua ajuda. - Martin toma frente, olho para ele me segurando para não enfiar o pão de queijo na sua boca. - Creio que saiba da nossa situação, precisamos urgente das filmagens próximas ao presídio, é nisso que você entra, também precisamos de alguém para pegá-las e você se encaixa perfeitamente nisso. As pessoas daqui são simpáticas com os estrangeiros, podemos dizer que você foi furtada e o prejuízo foi alto ou que você tinha algo muito importante que você precisa urgentemente, sendo assim você precisa das filmagens para ir atrás de quem te roubou. O que for melhor pra você, se você quiser apelar para o sentimental é melhor ainda.

- Eu corro algum risco?

- Nenhum, um de nós iria com você se passando por policial. Você não corre nenhum risco, não estaria te pedindo para fazer isso se você corresse. Mas é que realmente precisamos muito disso, Relíquia sabe disso, mas não quer te envolver.

Melissa me olha sugestiva, nego sabendo o que ela pretende falar.

- A gente arruma outro jeito, isso está fora de cogitação.

Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora