(...)
Vai fazer cerca de dez minutos que ela está me olhando com a mão na boca sem nenhuma reação, ora ou outra ela soltava uma risada. Ela ficou sem reação alguma, aquilo pegou em cheio de surpresa. Foi fazer uma suposição na brincandeira e acabou acertando.
- Caralho! - ri. - Você está falando de plantação, plantação mesmo? - concordo segurando o sorrisinho. - Porraan, esse gosta da erva mesmo.
Solto a risada que eu estava segurando, o pior de tudo é que ela falou seria, o que me fez rir ainda mais.
- Empreendedorismo, né gostosa.
- Gente, eu estou chocada, passada. Não sei nem o porque eu estou assim, não duvido nada de você, mas.. caralho! - ri.
- Sempre no combate pro ponto de venda. Fazer o que né, se a minha droga é a melhor do mercado.
- Aquele dia lá que você me deu pra relaxar, era a sua?
- Claro né pô, só uso da minha, maconha é pura com qualidade, aquelas coisa.
- Então quer dizer que você fornece mesmo?
- Não tô te falando caraí?
- E como funciona isso tudo? No Brasil ela não é legalizada, então quer dizer que você vende ilegalmente?
- Califórnia. - ela abre a boca chocada e eu riu ainda mais. - Na Califórnia a erva é liberada, tenho o meu esquema lá. Como você mesma disse, aqui no Brasil não é legalizada, querendo ou não, forneço ilegalmente.
- Então é meio a meio, meio ilegal e meio liberado. Próspero.. a maconha que vende também na comunidade é a sua?
- Hurum, lá e em outras comunidades de aliados, fora os por fora e os lugares fora do Brasil.
- Porra.. agora eu sei o porquê do empresário do crime.
- Cê tá ligada. - sorrio de ladinho.
- Você vende outra coisa além da maconha?
- Não, não trabalho com outras drogas. Trabalho com a skunk puro, a maconha é medicinal e tem vários benefícios já as outras não.
- Além de foder com o pulmão todo.
- Isso daí já é consequência, toda ação tem a sua consequência.
- Ui, alem de emprendedor é filósofo.
- Vai se foder, Branquela. - dou um tampinha na sua testa rindo. - Mas fala aí, curtiu a minha maconha?
- Naquele dia eu estava com a cabeça tão cheia que não aproveitei, então não sei te responder.
- Cê tava tensa e nem aproveitou a onda.
- Fiquei um pouco receosa, acho que por isso que a onda não bateu.
- Foi a primeira vez que tu deu uns tapas? - pergunto sentindo os seus dedos passearem pela minha barba que está começando crescer.
- Foi.. o que foi? Eu sei que eu pareço ser um pouco assim.. mas eu nunca tinha fumado, não por falta de oportunidade, porque isso foi o que eu mais tive ainda mais na adolescência, mas isso nunca chamou a minha atenção, fora que o cheiro é muito forte e me deixa com dor de cabeça.
- Cheiro é mó gostosinho, melhor coisa quando tu acaba o beck e sente aquele cheiro, bom demais.
- Aah, você está acostumado e gosta.
Melissa fecha os olhos e fica brincando com a minha barba que está por fazer, também fecho os meus focando nos seus dedos que me trazem uma sensação gostosa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Doce Tentação
Teen FictionMelissa Santos, uma grande mulher com opiniões fortes e dona de si. Melissa se mudou para o Rio de Janeiro, em busca de conquistar e correr atrás dos seus sonhos. Mal sabia ela que o seu destino no Rio, não fosse apenas correr atrás de seus sonhos. ...