Capítulo 39

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(...)

Vai fazer cerca de dez minutos que ela está me olhando com a mão na boca sem nenhuma reação, ora ou outra ela soltava uma risada. Ela ficou sem reação alguma, aquilo pegou em cheio de surpresa. Foi fazer uma suposição na brincandeira e acabou acertando.

- Caralho! - ri. - Você está falando de plantação, plantação mesmo? - concordo segurando o sorrisinho. - Porraan, esse gosta da erva mesmo.

Solto a risada que eu estava segurando, o pior de tudo é que ela falou seria, o que me fez rir ainda mais.

- Empreendedorismo, né gostosa.

- Gente, eu estou chocada, passada. Não sei nem o porque eu estou assim, não duvido nada de você, mas.. caralho! - ri.

- Sempre no combate pro ponto de venda. Fazer o que né, se a minha droga é a melhor do mercado.

- Aquele dia lá que você me deu pra relaxar, era a sua?

- Claro né pô, só uso da minha, maconha é pura com qualidade, aquelas coisa.

- Então quer dizer que você fornece mesmo?

- Não tô te falando caraí?

- E como funciona isso tudo? No Brasil ela não é legalizada, então quer dizer que você vende ilegalmente?

- Califórnia. - ela abre a boca chocada e eu riu ainda mais. - Na Califórnia a erva é liberada, tenho o meu esquema lá. Como você mesma disse, aqui no Brasil não é legalizada, querendo ou não, forneço ilegalmente.

- Então é meio a meio, meio ilegal e meio liberado. Próspero.. a maconha que vende também na comunidade é a sua?

- Hurum, lá e em outras comunidades de aliados, fora os por fora e os lugares fora do Brasil.

- Porra.. agora eu sei o porquê do empresário do crime.

- Cê tá ligada. - sorrio de ladinho.

- Você vende outra coisa além da maconha?

- Não, não trabalho com outras drogas. Trabalho com a skunk puro, a maconha é medicinal e tem vários benefícios já as outras não.

- Além de foder com o pulmão todo.

- Isso daí já é consequência, toda ação tem a sua consequência.

- Ui, alem de emprendedor é filósofo.

- Vai se foder, Branquela. - dou um tampinha na sua testa rindo. - Mas fala aí, curtiu a minha maconha?

- Naquele dia eu estava com a cabeça tão cheia que não aproveitei, então não sei te responder.

- Cê tava tensa e nem aproveitou a onda.

- Fiquei um pouco receosa, acho que por isso que a onda não bateu.

- Foi a primeira vez que tu deu uns tapas? - pergunto sentindo os seus dedos passearem pela minha barba que está começando crescer.

- Foi.. o que foi? Eu sei que eu pareço ser um pouco assim.. mas eu nunca tinha fumado, não por falta de oportunidade, porque isso foi o que eu mais tive ainda mais na adolescência, mas isso nunca chamou a minha atenção, fora que o cheiro é muito forte e me deixa com dor de cabeça.

- Cheiro é mó gostosinho, melhor coisa quando tu acaba o beck e sente aquele cheiro, bom demais.

- Aah, você está acostumado e gosta.

Melissa fecha os olhos e fica brincando com a minha barba que está por fazer, também fecho os meus focando nos seus dedos que me trazem uma sensação gostosa.

Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora