Capítulo 56

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Point of view Melissa Santos.

Entro na casa espaçosa direto na sala, quando a porta se fecha atrás de mim fazendo barulho, uma voz feminina junto do barulho de salto batendo contra o chão chama a minha atenção. Vejo uma mulher atravessar uma das portas e rodear o pescoço de Relíquia.

- Que saudade que eu estava de você! - a mulher diz quando é posta no chão novamente, segurando o rosto de Douglas entre as mãos. - Você cresceu desde a última vez.

Uau! Que genética do caralho! Puta. Que. Pariu!

A mulher deve ter em volta de 1.62, é um pouco mais escura que Douglas, seus fios de cabelo são pretos, cortados rente ao pescoço. O que me faz questionar se Douglas puxou a cor do cabelo do pai. Quando ela me olha, puta que pariu de novo! Os olhos são esverdeados. Agora eu sei de onde veio essa genética boa.

Essa mulher exala um ar de poder que puta que pariu. Dou em volta de uns trinta para ela, o que é impossível, já que o filho tem vinte e seis.

Ela me olha e sorri, parecendo não se incomodar com a minha presença, ou até mesmo não demonstra nenhuma reação de surpresa, parecendo que ela esperava por isso.

- Por que você não me disse que a sua namorada era tão bonita? - diz para o filho e se aproxima de mim. - Prazer, Anna. - sorrir me surpreendo com dois beijinhos na bochecha e um abraço.

- Melissa. - sorrio mais tranquila, vendo por cima do ombro Relíquia de braços cruzados e com um sorrisinho irônico.

Anna me puxa para a cozinha argumentando que era para eu comer alguma coisa, enquanto Relíquia foi buscar as malas.

- E a viagem? Foi tranquila?

- Foi sim. - falo sentando no banquinho. - Um pouco cansativa até chegarmos aqui, mas valeu a pena, o lugar é lindo.

Mesmo que eu tenha conhecido Anna, digamos, dois minutos atrás, não fiquei envergonhada, ou receosa na presença dela, muito o contrário, em poucos minutos parecia que eu lhe conhecia a um tempo. Além dela me deixar confortável.

- Olha, eu posso te ajudar. - repito pela quarta vez.

- Você acabou de chegar de viajem deve estar cansada. Digamos que isso seja um boas vindas, além do mais, não é sempre que tenho a oportunidade de conhecer a minha nora, para ser sincera, essa é a primeira vez.

Abro a boca, fechando logo em seguida sem palavras, sinto as minhas bochechas esquentarem embaixo do olhar de Anna.

- Ah, nós não somos.. namorados. - gesticulo, sentindo as minhas bochechas esquentarem ainda mais quando ela sorri.

Droga, Melissa. Falando desse jeito é claro que ela não vai acreditar!

- Ficantes então? - me olha sugestiva.

- Amigos.

- Então esse é o nome que vocês dão agora? Mesmo eu não sendo velha, me sinto perdida nesses nomes que vocês ficam dando a cada dia. Na minha época, amigo, era amigo mesmo, amizade..

Sinto que vou ficando cada vez mais vermelha. Não sei se é possível, mas sinto que o meu sangue está localizado todo na bochecha. Quando vou falar, Relíquia entra na cozinha, eu nunca senti uma felicidade tão grande ao ver esse homem, como estou sentindo agora.

Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora