Capítulo 54

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Point of view Douglas Gonçalves.

Observo o seu rosto sereno e angelical enquanto dorme, sua respiração calma perto do meu ouvido quase me fazendo dormir. Melissa remexe na cama afundando o rosto no meu pescoço, paro de brincar com a barra da sua calcinha para não acordá-la. Ela quando é acordada por alguém, fica um saco.

(...)

- Você sabia que a casa onde eles gravaram o seriado do Chris, aquela porta lá, atrás não era uma casa? - me olha por cima do ombro preparando o pão.

- Am? - Franzo o cenho olhando para ela tentando entender. - Fumou quantos?

- Deixa de ser idiota, Douglas. - resmunga, fecho os olhos na sua direção e ela ri fingindo que não é com ela.

Eu falo, não tem como você dar intimidade pra Melissa. Ela é de fato o ditado, você dá a mão e a pessoa quer o braço, se fosse só isso até que estava bom, mas ela é abusada, não falo nada, mas quando eu pegar ela de jeito não quero ouvir uma reclamação se quer, o foda é que a safada gosta.

Se você xingar, ela te olha com aquele olhar carregado de malícia. Se você bater, ela pede por mais. Se você apertar o pescoço, a filha da puta se transforma na própria atriz, nem preciso dizer em qual.

- Toma, cuidado que está quente. - Avisa colocando o pratinho na minha frente. - Se você quiser café ou suco você pega.

- Pô branquela, quebra aquela lá pra nós.

- Olha eu quebrando. - aponta mordendo o pão. - Ai meu Deus! Quente, quente! - Diz desesperada assoprando e ao mesmo tempo abanando com a mão.

Riu vento todo o seu desespero, vou até a geladeira e viro um pouco de suco no meu copo. Invés da inteligente beber água fica se abanando.

- Aiai, não quis pegar suco pra mim. - falo dando um gole no meu suco gelado. - Eu bem que poderia te dar um pouquinho, mas eu sou rancoroso. - riu vendo ela estender o dedo do meio pra mim.

- Vai se foder.

(...)

- Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! DOUGLAAAS! - Assusto com o grito e largo o controle da televisão, pulando para fora da cama, o lençol garra na minha perna me fazendo cair, ainda no chão cato a minha arma e saio com o lençol garrado batendo o quadril na quina da porta.

- Cadê? - pergunto sentindo o meu coração acelerado apontando a arma para a porta, passo o olho por toda a sala encontrando Melissa na porta da sacada.

- Aqui, aqui!

Vou até a porta da sacada olhando para onde ela está apontando, solto o ar que nem eu sabia que estava preso. Olho sério para Melissa que está chorando.

- Cê tá me tirando?! Que porra é essa?

- Ajuda ele! Faz alguma coisa! Larga essa porra de arma. - diz tirando a arma da minha mão.

- Eu vou fazer o que com esse passarinho? Pelo amor de Deus, Melissa!

- Você não está vendo? Ele está machucado!

- É, e eu quase que trouxe o chão comigo e deixei o meu quadril na porta. - nego aproximando do pássaro que está no canto do chão. - Calma amigão. - Assovio baixo passando o dedo na sua cabeça.

- Ele está bem?

Quase deixo o meu quadril na porta e a filha da puta vem me perguntar de passarinho, é de foder mesmo.

Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora