𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐐𝐔𝐈𝐍𝐙𝐄

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NOTA: EAE! Sem atrasos hoje!

Não sei se disse aqui, mas estamos em 1969. Margot tem 31, Cecília 30 e Angelina 23. Algumas datas estão erradas no decorrer do livro, como a data do sumiço de Ophelia e Louise, o tempo que Cecília e Margot se mantiveram longe e etc. Vou ajeitar tudo isso com o tempo.

Boa leitura. 

Os dias passaram correndo

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Os dias passaram correndo. As coisas já não estavam tão pesadas entre Cecília e Margot, elas ainda mantinham certa distância. A distância necessária.

A empregada ainda estava lidando com o fato Margot não ter culpa em alguns erros causados em sua vida. Ela remoeu aquilo por tantos anos que via Margot como vilã da sua história. Mas agora quando olhava para ela a enxergava como uma coadjuvante ingênua que, assim como ela, apenas foi vítima de inconveniências do destino.

Já Margot estava a todo vapor, gostava de poder sorrir abertamente para Cecília e talvez falar algo bobo de seu cotidiano sem receber uma resposta rude ou uma sequência de "uhn" e "ok".

— Senhora, essa carta chegou para você. — Angelina disse sorrindo e a pousando sobre a mesa de escritório. Margot assentiu e pegou, vendo frente e verso e franzindo as sobrancelhas.

— Quem enviou isso? Não há remetente. — Margot resmungou colocando seu óculos de leitura e estreitando os olhos sobre as duas únicas palavras no canto inferior da carta.

Para Margot...

— Você viu quando isso chegou, Angelina? — indagou olhando com curiosidade para o papel.

— Não, quem pegou a carta no correio foi minha mãe. Eu estou apenas entregando, senhora.

Margot torceu o nariz, tirando o lacre do envelope branco e a abrindo. Ela tirou a carta e a desdobrou, correndo os olhos rapidamente pela folha e reconhecendo a caligrafia imediatamente. Sua respiração pareceu travar em sua garganta.

Merda. — murmurou apertando a carta em seus dedos e abaixando seus óculos. Ela suspirou e massageou os olhos, franzindo suas sobrancelhas com irritação.

— Algo de errado, Margot? — indagou dando um passo a frente, vendo que a viúva tinha um olhar preocupado e parecia prestes a hiperventilar.

— Me entregue imediatamente todas as cartas que chegarem endereçadas a mim. Entendeu? Não deixe Cecília ou sua mãe as verem.

Angelina assentiu.

— O que há na carta, Margot? É uma conta, uma dívida? — perguntou cheia de curiosidade, torcendo sua cabeça para o lado.

A viúva percebeu que estava se exaltando para a empregada e a deixando confusa e preocupada, por isso sorriu e se levantou.

— Não se preocupe, querida. — disse amassando a carta com força e a jogando na lata de lixo ao seu lado.

Cítrico | LésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora