𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐑𝐄𝐍𝐓𝐀 𝐄 𝐂𝐈𝐍𝐂𝐎

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NOTA: EAE GENTE LINDA! Tudo bem?

Demorei um tiquinho porque estou escrevendo todo o final de uma vez só. Achei que esse seria o último, mas teremos um amanhã e o epílogo na segunda-feira. Certo?

É isso, bebês! Vamo que vamo! E por favor, comentem e votem! Estamos em reta final, preciso daquele gás pra me animar.

Cecília respirou profundamente e engoliu seco vendo pela janela do quarto de hóspedes a mão ensanguentada de Michael caída pela janela do carro

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Cecília respirou profundamente e engoliu seco vendo pela janela do quarto de hóspedes a mão ensanguentada de Michael caída pela janela do carro. Correu os olhos por ele, não conseguindo enxergar muita coisa além do borrão vermelho que tingia seu corpo.

Prensou os lábios e respirou fundo novamente, levando a mão com a arma na testa. Seu olhar era de cansaço e medo. Seu coração batia acelerado, mas já estava se acalmando pois continuava a assistir aquela cena de horror por quase dois minutos.

Nada a preparou para aquilo. Aquele jogo de gato e rato. Sim, ela sabia usar sua arma, mas quando fora para a mansão juraram para a ela que nunca precisaria puxar o gatilho. Disseram que ela estava ali apenas para averiguar a situação e levar informações. A arma seria puramente de enfeite, apenas para caso as coisas saíssem do controle – coisa que também asseguraram que não ocorreria -. Ela sabia um pouco de autodefesa. Porém sabia o mesmo que todos; socar a garganta para atordoar a pessoa; chutar o saco para afastar um homem; e talvez enfiar o dedo nos olhos da pessoa. Esse último a pessoa deve ter coragem. Dizem que quando seu dedo entra na cavidade ocular é como se fosse gelatina.

Cecília não estava preparada para lidar com aquela psicopata. Estava sentindo um medo que nunca havia sentido em sua vida. O terror da morte iminente fazia isso. Era como se estivesse numa ribanceira de trezentos metros e qualquer movimento que fizesse a levaria a morte.

Se perguntava por onde Angelina estava. Ela deveria conhecer minuciosamente cada parte da casa. Devia conhecer o ranger de tábuas acima de sua cabeça e saber que estava em algum quarto, ouvir o movimento das maçanetas enferrujadas e até o som o sapato de Cecília.

Engoliu seco, tentando pensar em Margot e no quanto ela precisava de ajuda. Pensava no quanto deveria estar chateada, amedrontada e insegura. Olhou novamente para Michael, vendo agora uma pessoa em frente ao carro. Cecília manteve seus olhos frios diante dos de Angelina. Seus cabelos loiros voaram ao vento, dando a ela um ar gracioso, que contrastava com suas roupas manchadas de sangue e com o canivete em sua mão com sangue quase seco.

Ela queria que Cecília a visse. Queria que Cecília soubesse que esteve ali e que em breve estaria atrás dela também. Queria que soubesse que no final daquele dia seu corpo descansaria ao lado do de Michael.

Se encaravam fixamente, para talvez ver quem daria o primeiro passo e sairia no encontro da outra. Ou talvez estavam postergando aquilo para montar alguma estratégia. Mas antes que Cecília pudesse terminar a sua, viu Angelina correr rapidamente para casa, seus joelhos subiam tanto que parecia uma corredora olímpica. Conseguia ouvir seus trotes altos mesmo do segundo andar.

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